A capa do livro foi criada por Rita Lee, com uma foto de seu primeiro e único RG, de 1966

Laura Tesseti

A capa do livro foi criada por Rita Lee, com uma foto de seu primeiro e único RG, de 1966
A capa do livro foi criada por Rita Lee, com uma foto de seu primeiro e único RG, de 1966

Rita Lee, uma das artistas mais importantes e significativas para a cultura e principalmente para a música nacional, lançou no mês de outubro, em uma importante livraria, localizada na Avenida Paulista, em São Paulo, a autobiografia.

Com muitas histórias para contar, a roqueira abre seu baú e narra importantes passagens de sua vida, como alguns momentos vividos por seus pais na cidade de Rio Claro, onde se conheceram em um baile de carnaval no Grupo Ginástico Rioclarense.

Romilda Padula, mãe de Rita Lee, nasceu e cresceu na Cidade Azul. Já seu pai, Charles Fenley Jones, filho de imigrantes norte-americanos, nasceu em Santa Bárbara d’Oeste e, quando jovem, após formar-se dentista, veio para Rio Claro.

“Conheceram-se num baile de carnaval no clube Ginástico de Rio Claro, interior de São Paulo. Chesa, a esfuziante colombina italianinha, caçula de nove irmãos, avistou Charles, o desajeitado arlequim gringo, dentista recém-formado e novo morador da cidade. O que se sabe é que no fim da noite sobrou o papel do pierrô abandonado para Ulysses Guimarães, moço rio-clarense que também paquerava Chesa e sua amiga Dalva de Oliveira, com quem minha mãe dava canjas em festas e recitais da cidade. Diziam os italianos que Ulysses teria conseguido conquistá-la, não fosse a repentina chegada no pedaço do vilão americano”, conta Rita, em seu livro.

E engana-se quem pensa que as memórias saudosistas ficaram apenas com a cantora. Do Di Candilo, jornalista e escritor, nascido e criado em Rio Claro e que há anos mora no Rio de Janeiro, fala sobre o livro e as lembranças.

“A Rita foi parte muito importante da minha adolescência. Do início dela e de parte da infância, também. Era um tempo diferente, quando nós todos brincávamos na rua, ouvíamos Rita Lee, ela embalava nossas vidas, era nossa trilha sonora”, conta.

Sobre o livro, o jornalista explica que estava em uma livraria e rapidamente procurou Rio Claro em meio as páginas. “Corri as páginas procurando Rio Claro, as histórias dela aí, as pessoas daí, lugares. Sabia que essa similaridade das nossas histórias me transportaria. Voltei no tempo”, finaliza.

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