Fabíola Cunha

Capitão Daniel Scaranello fez pronunciamento sobre a contribuição durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Rio Claro

O Corpo de Bombeiros de Rio Claro pleiteia junto ao Legislativo municipal a criação de uma lei que institui a contribuição voluntária para um fundo destinado à aquisição de equipamentos mais sofisticados para atendimento à população. 

Segundo o capitão Daniel Scaranello, que falou aos vereadores e público presentes na sessão da Câmara do último dia 26, a ideia não é suprir os equipamentos básicos, que já existem: “Todos os equipamentos necessários para o trabalho em Rio Claro nós já temos, queremos o top de linha, o que há de mais avançado”.

Como exemplo ele cita um caminhão autobomba, cujo valor gira em torno de R$ 600 mil. Outra aquisição seria um caminhão cascata, que carrega cilindros de ar para que bombeiros entrem em locais com muita fumaça ou precisem fazer resgate de pessoas afogadas: “Esse é um trabalho complicado, pois muitas vezes o oxigênio acaba e precisamos trocar os cilindros, nesse caso o caminhão já teria outros para fazer a troca”, explica.

Scaranello enfatiza que não há déficit de estrutura ou pessoal no Corpo de Bombeiros de Rio Claro atualmente e que, como o próprio nome diz, a contribuição, caso seja aprovada em plenário, é voluntária: “São três valores distintos, para residências, comércios e indústrias, e a contribuição é anual”, explica.

O que for arrecadado será gerido pelo Fundo Especial de Bombeiros (Febom), comissão com envergadura jurídica formada por membros da sociedade que fazem a gestão dos recursos captados e depositados na conta bancária com exclusividade de gastos no serviço de Bombeiros.

Espontaneidade

Em Limeira, onde a lei já vale, os moradores receberam uma guia anexa ao carnê do IPTU de 2014, no valor de R$ 10. A adesão espontânea pode ser feita até o próximo dia 30 de junho.

No site da Prefeitura Municipal de Limeira, a expectativa é de que 50% dos 115 mil contribuintes colaborem com a iniciativa, o que totalizaria aproximadamente R$ 575 mil.

O valor seria suficiente para comprar nova viatura de resgate, um alicate usado para retirar acidentados de ferragens e equipamentos de mergulho.

Por sua vez, a iniciativa em Limeira inspirou-se em Porto Ferreira, onde a contribuição voluntária surgiu a partir de lei em 2008.

Scaranello acredita que não haja empecilhos para aprovação da lei em Rio Claro, e reforça o caráter espontâneo da contribuição: “Não é taxa, é contribuição voluntária. E não é porque é voluntária que será gasta de qualquer jeito, vai ser cuidada por comissão, que vai decidir se o uso do dinheiro é adequado ou não”, afirma.
Ainda não há data estabelecida para votação da lei em Rio Claro.

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