Antonio Archangelo

Rio Claro voltou a ocupar o noticiário nacional. Desta vez, a água localizada na região do município pode ser utilizada para amenizar a crise hídrica que assola o Estado de São Paulo. O Consórcio PCJ, que gerencia as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, localizou cerca de 30 cavas de mineração com disponibilidade hídrica na região, além de cavas localizadas em Campinas e Bragança Paulista. De acordo com a imprensa paulistana, as cavas dariam para abastecer uma cidade de 20 mil habitantes por cerca de dois meses, sendo a identificação confirmada graças ao rastreamento aéreo que foi realizado este mês.

De acordo com José Cézar Saad, coordenador de projetos do Consórcio PCJ, ainda não foi feito um quantitativo exato de toda essa água, mas realmente daria para servir de abastecimento. Entretanto, caberá ao interessado procurar o dono da área onde está a cava e negociar com ele. Também será necessário fazer análises para atestar a qualidade da água e ver como poderia ser captada e distribuída.

“Quem tiver interesse terá de procurar o consórcio para saber da localização e poder negociar”, falou à reportagem. Segundo ele, tudo dependerá do resultado da análise da água e do acerto com o proprietário da área. Os mais de 40 municípios e as 27 empresas consorciadas estarão sendo informados sobre o resultado desse mapeamento com a localização das fontes.

O custo para viabilizar o bombeamento da água e todo o tratamento fica por conta dos interessados. Saad explicou que essas cavas não resolvem a crise hídrica histórica enfrentada na região, mas pode amenizar a situação de muita gente. “Levando em conta o momento que vivemos, é uma descoberta muito importante.”

O secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse nessa quinta-feira, 25, que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro, se o índice de chuvas na região dos reservatórios permanecer como está.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março do ano que vem sem adotar racionamento oficial.

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