Uma reviravolta marcou o caso que era investigado como sequestro e estupro envolvendo uma rio-clarense.

De acordo com o boletim de ocorrência, na manhã de domingo (22), uma equipe da GCM foi acionada para ir até o pedágio que liga Cordeirópolis a Limeira e por lá encontraram uma rio-clarense de 26 anos que em depoimento afirmou que havia sido abordada próximo a sua casa em Rio Claro por um indivíduo, que teve a boca tapada e foi colocada dentro de um carro. Ela ainda contou que ficou desacordada e quando recobrou a consciência o motorista estava tirando a roupa. Assustada ela relatou ter entrado em luta corporal com o mesmo e conseguido escapar até chegar e pedir ajuda no pedágio, já que estava em meio a um canavial. Diante dos relatos os guardas fizeram uma busca pelas proximidades e localizaram um veículo Gol abandonado que foi apreendido no plantão policial de Limeira.

Até então o caso havia sido registrado como estupro, porém o rumo da investigação começou a mudar quando o proprietário do carro também chegou à delegacia seccional de Limeira. Por lá, de acordo com o jornalista colaborador Carlos Gomide, o homem alegou que havia se perdido durante a sua vinda de Rio Claro para Limeira, na madrugada do domingo. Ele estava preocupado, pois estava acompanhado de uma mulher, que havia desaparecido junto com o carro. Ele disse que procurou a delegacia pois estava desconfiado que poderia ter sido vítima de um furto. O rapaz disse que conheceu a moça em Rio Claro e que resolveu trazê-la para Limeira, mas, por desconhecer a cidade, havia se perdido e entrado no canavial. Ele teria pedido para que a mulher o esperasse que voltaria na sequência, após procurar por ajuda. Quando voltou, não encontrou mais nada.

Diante de todos os fatos, o caso foi encaminhado para DDM em Rio Claro, local onde a mulher que afirmava ser vítima disse que tudo começou sendo colocada à força pelo homem no carro. Em um novo depoimento, a mulher não conseguiu sustentar a versão apresentada em Limeira e confessou que havia mentido, não explicando as causas. O motorista foi ouvido e liberado e a mulher deve responder um processo por falsa comunicação de crime, artigo 340 do Código Penal. A pena é detenção de um a seis meses e multa.

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