Foto: Fernando Maia / Riotur

Folhapress

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou na manhã deste sábado (4) que as comemorações de Réveillon na cidade estão canceladas.


“Tomo a decisão com tristeza, mas não temos como organizar a celebração sem a garantia de todas as autoridades sanitárias”, disse ele, em publicação no Twitter.


“Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O comitê da prefeitura diz que pode. O do estado [do Rio de Janeiro] diz que não”, justificou.


A algumas semanas do Réveillon, a festa ainda não tinha patrocínio formal. Segundo a Riotur, órgão municipal responsável pelo evento, as empresas esperavam uma decisão da prefeitura para confirmar a verba.


Paes já tinha afirmado que analisaria o cenário epidemiológico e que tomaria uma decisão sobre a manutenção ou não da festa até o dia 15.


O anúncio deste sábado acontece em meio ao avanço da variante ômicron do coronavírus pelo país.


Até agora, o Brasil registra seis casos de pacientes infectados com a cepa. Nesta sexta-feira (3), o governo do Rio Grande do Sul confirmou a primeira ocorrência no estado. Antes, São Paulo e Distrito Federal já haviam atestado a presença da variante em cinco amostras.


No Rio, ainda não há nenhum caso confirmado. Ainda nesta sexta, a prefeitura da capital fluminense descartou um caso suspeito, o de uma mulher de 29 anos que chegou ao Brasil no dia 21, depois de uma viagem à África do Sul.


Após a suspeita, a gestão de Eduardo Paes ampliou a exigência de comprovante de vacina contra Covid para estabelecimentos que queiram acomodar os clientes em área interna ou coberta.


Inicialmente, a medida foi estendida a hotéis, shoppings, serviços de transporte de passageiros, como táxis e carros de aplicativo, bares e lanchonetes. Mas, nesta sexta, Paes cancelou a exigência para o ingresso em táxis e shoppings -para os outros locais, o decreto continua valendo.


Antes do Rio, outras cidades do estado já tinham cancelado os eventos de fim de ano, entre elas Niterói e Campos dos Goytacazes.


Na última segunda (29), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), também decidiu não realizar a queima de fogos na cidade. Na ocasião, ele citou, além do surgimento da variante ômicron, o aumento de casos que atinge o continente europeu nas últimas semanas.


“Sei da importância do evento para economia da nossa cidade, mas seguimos colocando a vida das pessoas em primeiro lugar”, escreveu Reis nas redes sociais.


Florianópolis e Belo Horizonte já haviam tomado decisão semelhante. Em Santos, no litoral paulista, não haverá queima de fogos. A orla terá acesso liberado para as pessoas circularem, mas a prefeitura proibiu a montagem de barracas ou tendas particulares.


“Espero poder estar em Copacabana abraçando a todos na passagem de 22 para 23. Vai fazer falta, mas o importante é que sigamos vacinando e salvando vidas”, afirmou ainda Paes.

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