Nessa segunda-feira (12), em Araras, foi a júri popular o agente penitenciário Cláudio Pereira da Silva, de 35 anos. Ele foi julgado por dois homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) em acidente que provocou a morte de um casal de Rio Claro, na Rodovia Wilson Finardi (SP-191), em 7 de março de 2015.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado à época, o réu tentou uma ultrapassagem por um caminhão na altura do quilômetro 157. A manobra não foi bem-sucedida e o motorista bateu, primeiramente, de frente com um Kadett com dois ocupantes, que tiveram ferimentos leves, e, na sequência, atingiu o Fiesta ocupado pelo casal Laila (grávida de quatro meses) e Fernando Hebling. As vítimas foram socorridas no Hospital São Luiz. Laila morreu horas depois do acidente. Fernando ficou 15 dias internado e, também, veio a óbito.

O motorista que causou o acidente na ultrapassagem chegou a fazer o teste do bafômetro que acusou 0,72 mg de álcool por litro de ar alveolar, o que é considerado crime. Após nove horas de julgamento, o réu foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, por dolo eventual. O júri condenou Cláudio Pereira por unanimidade.

De acordo com Lenita Hebling, mãe do Fernando, a decisão traz alívio à família, mas não apaga a dor provocada pela tragédia ocorrida há mais de três anos. “A decisão não vai trazê-los de volta, mas não deixa de ser uma vitória. Ou melhor, uma grande vitória”, comenta a mãe do jovem.

Mesmo diante do acontecido, Lenita deixa uma mensagem aos motoristas. “Que este caso sirva de exemplo a todos que quando forem beber, por favor, não dirijam. A dor da perda é imensa e eu não desejo esse sentimento para ninguém, em hipótese alguma”, conclui.

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