MARCEL RIZZO – SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e a Fifa decidiram adiar as duas rodadas de março das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022 no Qatar. A decisão foi tomada neste sábado (6) após reunião virtual entre os presidentes Alejandro Dominguez e Gianni Infantino -representantes das confederações nacionais também participaram.

A seleção brasileira enfrentaria a Colômbia, fora de casa, no dia 26 de março, e a Argentina na Arena Pernambuco no dia 30. Agora os jogos não têm data para acontecer. A reportagem apurou que essas duas rodadas serão distribuídas em datas Fifa futuras, criando períodos de três jogos, e não dois como usual.

A Conmebol vai decidir quais as melhores datas. Junho, por exemplo, que seria uma boa data porque os atletas que atuam na Europa estão de férias, sem problema de liberação de seus clubes portanto, é ruim porque tem a Copa América entre 11 de junho e 11 de julho. A Fifa sugeriu que as duas rodadas de março ocorressem uma em outubro e a outra em novembro, período que se espera que a pandemia esteja melhor.

O adiamento da quinta e da sexta rodadas vem após a piora da pandemia na América do Sul, principalmente no Brasil, e o aumento da restrição em países europeus de viagens ao continente. Clubes da Inglaterra e da Alemanha, por exemplo, não aceitaram liberar seus jogadores para viagens à América do Sul, já que esses países restringem a entrada de viajantes sul-americanos em seus territórios, como medida de combate à pandemia.

A manutenção das rodadas impediria a participação de vários jogadores, já que as regras atuais da Fifa desobrigam clubes a ceder jogadores a países em “zona vermelha” da pandemia, caso do Brasil. O Liverpool e o Manchester City, por exemplo, já haviam declarado que não permitiram seus jogadores viajar ao país para jogar as Eliminatórias.

A seleção brasileira também teria que vencer outra barreira já que a Colômbia, local da próxima partida, restringe a chegada de voos oriundos do Brasil. O governo colombiano já reafirmou que não haveria exceção para a delegação brasileira.

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