Ramon Rossi

Em Araras, professores e estudantes também realizaram uma paralisação em protesto contra o bloqueio de recursos na educação, que foi anunciado pelo MEC (Ministério da Educação) no fim de abril pelo Governo Bolsonaro. A ação começou na manhã desta quarta-feira (15), na Praça Barão, no Centro da cidade.

Na manifestação estavam alunos da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), campus Araras, Etec Prefeito Alberto Feres, das escolas estaduais Carlota Rodini, Cesário Coimbra, além das particulares Insa (Instituto Nossa Senhora Auxiliadora), e Anglo. Eles protestavam também contra a Reforma da Previdência.

A reportagem do JC conversou com a diretora do Cesário Coimbra, Daniele Conte Delbem e ela informou que na unidade, que fica na região central, 80% dos serviços foram paralisados.

“Fizemos inscrições em projetos e recebíamos algumas verbas anuais do Programa de Ensino Médio Inovador. Isso foi cortado tem um tempo já. Como gestora de escola pública, a justificativa dos cortes de verbas não foi convincente. O último lugar que se deve ter cortes é a educação. Depois vieram as baixas nas universidades. Sabe como isso atinge as escolas do Estado, como essa que sou diretora há mais de nove anos? Na questão do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e também no Prouni (Programa Universidade para Todos). Sem isso, como é que os alunos terão a oportunidade de ingressar numa faculdade, se a maioria depende desses importantes programas?”, disse ela.

No total, considerando todas as universidades, o corte é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 24,84% dos gastos não obrigatórios (chamados de discricionários) e 3,43% do orçamento total das federais.

Segundo o MEC, a medida foi tomada porque a arrecadação de impostos está menor do que o previsto, e o dinheiro pode voltar às universidades caso ela suba. Esse bloqueio de verbas se chama “contingenciamento”, atinge todos os ministérios e já foi aplicado em outros anos.

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