A família Canhoni sempre viveu da terra e chegou a ser uma das maiores produtoras de alho da região

Favari Filho

“A crise, infelizmente, afetou todo mundo e já estamos sentindo aqui também.” Com esta frase que reflete a situação dos brasileiros depois da derrocada da moral e da ética no atual governo, que Geraldo Canhoni recebeu novamente a reportagem do JR. Momento bastante diferente das outras vezes em que foi entrevistado em reportagens com muita repercussão nas páginas do hebdomadário, quando o vinicultor esboçava planos de aumentar a produção caseira de vinhos. Mais diferente ainda do período anterior à década de 1980, quando a agricultura no Brasil era forte e os Canhoni eram os responsáveis por grande parte da distribuição na região.

A família sempre viveu da terra e até hoje continua plantando algumas espécies como quiabo, mandioca e abobrinha, porém “tudo sem agrotóxico; os nossos produtos são cem por cento naturais e a nossa clientela é bastante fiel; em São Carlos, por exemplo, distribuímos o que produzimos há trinta e sete anos”, lembrou o produtor que já figurou entre os maiores produtores de alho do País. Geraldo contou que a tradição de fabricar vinhos teve início com o avô, Pedro, que passou a técnica para o seu pai, Victor, que a transmitiu e que, há tempos, foi repassada para o filho João.

A família Canhoni sempre viveu da terra e chegou a ser uma das maiores produtoras de alho da região
A família Canhoni sempre viveu da terra e chegou a ser uma das maiores produtoras de alho da região

A produção é variada e, além do tradicional sabor uva, há os sabores de laranja e jabuticaba. De acordo com o produtor, o de laranja é feito com o suco da fruta espremida em uma máquina apropriada; já as jabuticabas são colocadas inteiras em sacos plásticos e amassadas para não perderem o sabor. As uvas, entretanto, são amassadas em um sistema que ganhou de um amigo, uma espécie de moinho que faz com que o caldo seja aproveitado cem por cento. Uma curiosidade é que as garrafas dos vinhos Canhoni podem ficar em pé sem azedar; o motivo, enfatizou o produtor, é devido ao processo de fabricação ser todo com ingredientes naturais. “A natureza do vinho umedece a boca da garrafa e não deixa a rolha secar, impedindo a entrada de ar”, finalizou.

PRODUÇÃO DE VINHO TEVE INÍCIO COM O AVÔ

Além dos deliciosos vinhos fabricados em Corumbataí, a família Canhoni produz também licores de jabuticaba, uvaia, anis, menta, amora, pitanga, folha de figo e umbu. Vale lembrar que todas as frutas são cultivadas sob os olhares atentos de João, Umbelina e Geraldo.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Notícias:

Programa combate lentidão na abertura de empresas

Brasil: número de mortes por ataques de cães cresce 27%