Apreciação do parecer preliminar, em desfavor do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Na foto, o Dep. Betinho Gomes (PSDB-PE)

Antonio Archangelo

Apreciação do parecer preliminar, em desfavor do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Na foto, o Dep. Betinho Gomes (PSDB-PE)
Apreciação do parecer preliminar, em desfavor do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Na foto, o Dep. Betinho Gomes (PSDB-PE)

Aos descrentes e céticos, o alvo da Câmara se limitaria à retirada da presidente Dilma (PT) do poder. No entanto, membros do parlamento brasileiro discordam dessa visão simplista.

O Jornal Cidade conversou nessa segunda-feira (18) com o vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Betinho Gomes (PSDB/PE), e membro titular do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que analisa denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), um dos principais articuladores do impeachment.

Com a votação da admissibilidade do impeachment da presidente da República, no domingo, 17, deputados pressionam pela celeridade no processo contra Cunha.

“Este é um processo que precisamos retomar com muita força. É claro que o debate sobre o impeachment dominou nos últimos dias e semanas, isso criou uma certa dificuldade em relação à visibilidade do assunto”, opinou o deputado.

“Que nós concentremos agora forças para que este processo vá adiante para tirarmos este assunto do Conselho de Ética e levarmos ao Plenário. Eduardo Cunha não pode ficar impune em relação às denúncias de que vem sendo acusado. É preciso que este assunto vá a Plenário, para que a Câmara se posicione rapidamente.

Considerando que Cunha é um adversário forte, tem conhecimento do regimento e politicamente dentro do Plenário da Câmara. Neste sentido vamos pressionar para que este assunto seja retomado o mais breve possível”, disse o deputado.

A situação jurídica do presidente da Câmara está complicada diante das acusações apresentadas contra ele em duas ações. Uma em que ele é acusado de exigir e receber US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras, e outra por ter ocultado contas bancárias na Suíça.

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