O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

1- A Reforma Tributária, que está sendo discutida no Congresso, nos termos em que foi colocada, segundo especialistas, trará muito mais perdas do que ganhos para a população como um todo. E, mais uma vez, essas perdas se refletem na vida da classe média e dos mais pobres.

Vários tributaristas afirmam que os Estados e municípios, em sua maioria à beira da falência, sofrerão perdas que variarão de 23 a 30 bilhões de reais.

Essa reforma tributária está sendo ensaiada já há um bom tempo, mas, ao que parece, foi mal elaborada. É como um edifício, que depois de construído, apresenta falhas na estrutura e também no alicerce. Não para em pé. E cai sobre aqueles que não têm anteparo para escapar do desastre.

Não é hora de taxar mais  produtos e empresas, em um momento em que a economia está começando a sair do buraco. Não se pode aceitar calado uma reforma que mais deforma o sistema do que o melhora.

Quando pensamos em reforma, é necessário focar em uma simplificação na cobrança de impostos, sem se esquecer dos benefícios para a população. Mais malefícios, não dá para encarar. Chega!!

Quanto mais penalizado estiver o brasileiro, menos poder de compra terá. E, consequentemente, a economia continuará atrofiada, com alguns espasmos de recuperação, que não se firmarão a médio e a longo prazo.

2- Se o prestígio do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello já estava em baixa, agora, com o vídeo vazado, em que ele demonstra interesse em comprar vacinas da Coronavac, utilizando intermediários, por um preço três vezes superior ao oferecido pelo fabricante, cai mais ainda, de uma maneira veloz e devastadora.

Como justificar o injustificável? Quando compareceu à CPI para depor, Pazuello disse com todas as letras que negociar preços da vacina não era da alçada do comandante da Pasta.

O escândalo da compra de vacinas e de negociações bastante suspeitas só tende a crescer nos próximos meses, quando retornarem os trabalhos da CPI.

Quem ganha com isso? Quem perde é mais uma vez a população, em um momento de grande sofrimento daqueles que ainda não tiveram acesso às vacinas ou que perderam parentes próximos nessa tragédia que parece não ter fim.

Bom domingo.

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

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