Moradora de 60 anos, com histórico de infarto, não consegue vaga para acompanhamento; Prefeitura diz que atendimentos seguem
Faltando dois meses e meio para acabar o ano, dona Ivonete Maria da Silva Vitória, 60 anos, afirma estar apreensiva. A moradora do bairro Floridiana tenta sem sucesso conseguir uma consulta com um cardiologista no Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico (Cead).
“Este ano ainda não consegui fazer meu acompanhamento. Com 43 anos sofri um infarto, já fiz ponte mamária, tomo medicamentos diários e preciso sim passar pelo médico. Já fui pessoalmente várias vezes no Cead, já liguei no 0800 e a resposta que recebo é que não tem agenda. A última atendente me repassou que tem que esperar o concurso público. Essa é uma realidade não apenas minha mas também da minha irmã que está aguardando e de muitos outros pacientes que se sentem desamparados e vivem só a espera. A saúde tem que ser prioridade. Já tentei até no postinho uma consulta com qualquer outro médico mas também não consegui”, lamenta.
O que diz a prefeitura
Em nota a administração municipal disse que os atendimentos cardiológicos seguem e orientou aos pacientes que procurem a coordenação do Cead para acompanhamento caso a caso. Confira a nota na íntegra: “A Fundação Municipal de Saúde esclarece que o Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico conta com atendimento de médico cardiologista. A prioridade dos atendimentos é definida por critérios clínicos. Nos casos de avaliação cardiológica para cirurgia, os atendimentos vêm sendo feitos pela Santa Casa, agilizando os procedimentos cirúrgicos.
A orientação da Fundação de Saúde aos pacientes citados pelo Jornal Cidade é que procurem a coordenação do Cead para acompanhamento de cada caso”.