Sem votos, João Zaine (PMDB), para tentar aprovar a revisão o Plano Diretor, suspendeu a sessão exclusiva para votação do projeto

Antonio Archangelo

O rótulo de ‘golpista’ execrado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Rio Claro não foi suficiente para eliminar apoio que o PMDB ofereceu à revisão do Plano Diretor de Rio Claro. O projeto arquitetado pela vice-prefeita Olga Salomão (PT), signatária de documento com críticas do PMDB, o qual elencou como partido “golpista”, teve a votação adiada em sessão exclusiva realizada na noite de segunda-feira (16).

O pedido de vistas com assinatura das bancadas do Democratas, Partido Verde, PTB, PSDB e PP uniu uma nova oposição ao governo municipal de partidos majoritariamente contra o PT.

Do outro lado, tentaram derrubar o pedido de 120 dias o PMDB, PDT e o PT. Em manobra avalizada pelo presidente da Casa, João Zaine, o grupo “pró-PT” suspendeu a sessão com a expectativa de que o promotor Gilberto Porto Camargo pressionasse os vereadores contra o pedido de vistas ao Plano Diretor.

Sem votos, João Zaine (PMDB), para tentar aprovar a revisão o Plano Diretor, suspendeu a sessão exclusiva para votação do projeto
Sem votos, João Zaine (PMDB), para tentar aprovar a revisão o Plano Diretor, suspendeu a sessão exclusiva para votação do projeto

Sem efeito, não restou aos governistas assistirem à primeira derrota do governo Altimari neste ano eleitoral. E de quebra carimbar os vereadores e partidos que deram sustentação à tentativa do PT de deixar o plano como legado ao município de Rio Claro.

“Lamento e encaminho voto contrário ao pedido de vistas, mesmo não podendo votar”, disse o presidente João Zaine. “Voto contrário, esse pedido de vistas deveria ter sido definido no momento das reuniões”, disse a líder do PMDB, Maria do Carmo Guilherme.

“A sociedade está em estado de espera. Sem estas regras, deixarão de investir na cidade”, argumentou Agnelo Matos (PT). “Em reunião, todos assumiram o compromisso de estar votando em primeira, como em segunda discussão”, balbuciou Raquel Picelli (PT).

“Foram tantas e várias discussões”, discursou contra o pedido de vistas o vereador e pastor Anderson Christofoletti (PMDB). A votação da revisão do Plano Diretor deve acontecer no próximo ano, já que novo pedido de vistas por mais 120 dias deve ganhar força até o pleito deste ano.

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