As obras estão paralisadas há mais de três meses, segundo moradores do bairro; local virou abrigo para usuários de drogas

Laura Tesseti

A situação em que se encontra a obra da Unidade Básica de Saúde que atenderá os bairros Vila Verde e Mãe Preta não está agradando nenhum pouco aos moradores da região.

Segundo informações recebidas pelo JC, as obras estão paralisadas há mais de três meses e a situação só piora no local, com o aparecimento de animais, mato alto e a presença constante de usuários de drogas. Localizada na Avenida 19, entre as ruas 11 e 12, a construção inacabada tem se tornado perigosa para muitas pessoas.

“Esses dias vi duas meninas saindo dali, completamente drogadas, é muito triste vermos um local, que era para tratar da saúde, sendo usado desse modo, sem falar nas situações de medo que enfrentamos no dia a dia por viver próximos a uma construção inacabada”, relatou uma moradora bastante preocupada.

Outro morador, revoltado, fala sobre a situação atual da saúde no país. “Infelizmente isso é um retrato da saúde do nosso país, aqui em Rio Claro é revoltante ver uma obra de tão grande valia ser deixada de lado desta maneira, não podemos aceitar, é nosso povo, nossos vizinhos, nossa saúde, precisamos de uma solução o mais rápido possível”, diz um homem que preferiu não se identificar, com medo de represálias.

As obras estão paralisadas há mais de três meses, segundo moradores do bairro; local virou abrigo para usuários de drogas
As obras estão paralisadas há mais de três meses, segundo moradores do bairro; local virou abrigo para usuários de drogas

Contatada para falar sobre o problema, a prefeitura municipal de Rio Claro respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que as obras da UBS Vila Verde e Mãe Preta serão retomadas assim que a situação financeira da prefeitura estiver regularizada. E que o canteiro de obras é de responsabilidade da construtora.

Em nota, a prefeitura afirma ainda que recentemente a Fundação Municipal de Saúde emitiu uma circular para todas as construtoras, orientando-as para os cuidados sanitários em cada canteiro.

Sobre os usuários de drogas no local, o poder público pede que os moradores da região acionem a Polícia Militar por meio do telefone 190 e notifiquem o problema para que as providências cabíveis sejam tomadas.

O custo total da obra é de R$ 766.000,00, sendo R$ 266.667,00 em recursos do Governo Federal e R$ 499.333,00, contrapartida da prefeitura de Rio Claro. A data para a entrega do prédio, segundo anúncio na própria obra, era para o mês de agosto deste ano.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.