Limeira registrou o segundo caso de feminicídio no ano de 2022. Na noite de quarta-feira (1°), a auxiliar de serviços gerais, Ivanete Santina Carvalho Candinho, de 52 anos, foi morta por seu ex-companheiro, um porteiro de 72 anos.

O crime aconteceu na Zona Rural de Limeira, na Fazenda Dierberg, no bairro do Parronchi, onde o autor matou a vitima à facadas.

Tanto o autor quanto a vítima moravam na fazenda, sendo que o homem morava em uma casa ao lado da portaria e a mulher algumas casas mais para baixo.

Após a morte de Ivanete, o jornalista Carlos Gomide, da Educadora, conversou com o autor do crime, que revelou ter a intenção de cometer suicídio após matar a mulher. (Confira a entrevista completa no áudio abaixo). Ele ainda disse que a vítima o provocou dizendo que estava esperando seu novo namorado.

“A gente estava separado há uns dois meses, era pra desquitar, mas não desquitamos ainda, estávamos casados. Ficamos vinte anos juntos e separamos. Ultimamente ela já estava com muita frescura, me deixando muito nervoso. Ela fazia coisa só pra me deixar nervoso, ela só queria me ferrar. às vezes eu estava fazendo almoço em casa e chorava de lembrar as coisas que ela vinha fazendo pra mim, eu não estava aguentando mais”, disse o porteiro à Educadora.

Além de falar sobre o que vinha sentindo anteriormente, o autor do feminicídio relatou o crime a Carlos Gomide: “Eu ouvi o cachorro latindo e fui ver ela estava saindo da fazenda. perguntei onde ela estava indo e ela disse que estava indo esperar um colega, que era seu novo namorado. Eu disse: eu tô namorando contigo, ainda estamos casados”.

Após uma longa discussão, o autor do crime acabou desferindo as facadas que mataram a vítima. “Agora tem que pagar pelo que eu fiz, né? Olha, só que eu vou pagar coisa que não tinha necessidade disso. Eu não acredito, não acredito, não acredito mesmo, vai ser duro, minha vida já era, não tem mais sentido, não tem.  Na hora que ela morreu, pensei se eu pegar a faca coloco no meu peito de uma vez, pra morrer mesmo. Eu ia fazer isso. Eu não eu não quero ir preso não, não nasci pra ficar na cadeia”.