Após o plantio das árvores, aposentado deu início à construção de casinhas e bancos para embelezar o canteiro da Rua 17-I

Vivian Guilherme

Após o plantio das árvores, aposentado deu início à construção de casinhas e bancos para embelezar o canteiro da Rua 17-I
Após o plantio das árvores, aposentado deu início à construção de casinhas e bancos para embelezar o canteiro da Rua 17-I

Por três vezes, em 2006, Marcos Antonio de Godoy esteve na Prefeitura de Rio Claro pedindo um caminhão de terra para que pudesse cobrir uma vala no canteiro da Rua 17-I, com a Avenida 67, no Jardim Itapuã. Cansado de esperar, com um carrinho de mão em punho, foi de obra em obra pedindo um pouco de terra.

Depois de cobrir o espaço, deu início ao plantio de árvores e arbustos no local, sempre em companhia da esposa Odete. Os dois preparavam as mudas de Pingo de Ouro, goiabeira, pitangueira e plantavam com muito carinho. Alguns vizinhos ajudavam com mudas. Hoje, apenas Marcos continua a cuidar da poda e da pintura do meio-fio, além do cuidado com os gatos do bairro. “O câncer de mama levou a minha esposa em 2011”, lamenta o aposentado.

Atualmente, a distração de Marcos é se dedicar ao bairro e aos animais. “Muita gente abandona os gatos em terrenos baldios, eu fico com dó”, conta o pintor aposentado que encontrou um novo ofício para ver passar a tarde em Itapuã. “Eu fiz essas casinhas para os gatos e agora estou construindo uma de dois andares”, diz lembrando que as casas precisaram ser chumbadas, depois de uma delas ter sido roubada.

Ao todo, são 17 gatos na parte externa e seis que Marcos cuida dentro de casa. Todos são cuidados com ração e foram castrados. “Gasto um saco de ração por semana, os vizinhos também ajudam.” O cuidado com os animais é grande e cada abrigo recebe atenção especial. “A casinha tem que ter duas portas, porque senão eles não entram. A nova que estou fazendo tem uma área de lazer no primeiro andar, eles adoram”, exclama.

Os jovens Gabriel Henrique de Oliveira, de 14 anos, e Lueder Narciso Claudiano Junior, de 12 anos, aprovaram o espaço. “Ficou muito bonito”, valoriza Gabriel, que diz morar na rua detrás e sempre passear de bicicleta pelo local. Satisfeito, Marcos cita o nome dos pais dos garotos e diz conhecer muita gente do bairro, sem esconder a paixão em cuidar do jardim que o abrigou.

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