Chuva começou a cair por volta das 15h30 dessa segunda-feira (3) na região central

Adriel Arvolea

Chuva começou a cair por volta das 15h30 dessa segunda-feira (3) na região central
Chuva começou a cair por volta das 15h30 dessa segunda-feira (3) na região central

Alívio vindo dos céus. Maio registrou 105,4 milímetros de chuva em Rio Claro, segundo dados do Centro de Análise e Planejamento Ambiental (Ceapla). O resultado é quase o dobro da média para o período, estimada em 56,1 mm. Também, é o melhor índice desde 2013, quando foram registrados 139,5 mm.

No acumulado do ano, de janeiro até três de junho, choveu 748 mm no município, sendo o esperado 860 mm. Foram 61 dias de chuva. Apesar da precipitação abaixo do esperado, supera os míseros 405 mm de chuva em 2014. Um ano crítico para a crise hídrica.

Já nos três primeiros dias de junho choveu 17 mm. Um índice que pode até assustar, mas nada comparado aos 2,1 registrados no mês inteiro de 2014. A média é de 45,4 mm. Apesar de sensível melhora, a ordem é economizar água. “Até esta segunda-feira (8) não há previsão de chuva”, afirma Carlo Burigo, do Ceapla.

Entre o outono e inverno, verificam-se mudanças rápidas nas condições de tempo, maior frequência de nevoeiros e registros de geadas em locais serranos das regiões Sudeste e Sul. Nota-se uma redução das chuvas em grande parte do País. De acordo com o Climatempo, nos meses de outono-inverno, os eventos de chuva especialmente sobre o Sudeste e no Centro-Oeste ficam cada vez mais dependentes da passagem das frentes frias.

“A redução natural da chuva vai fazer com que os reservatórios para geração de energia e para abastecimento de água para as populações voltem a baixar naturalmente, até chegarmos ao novo período chuvoso, que será o verão de 2015/2016”, explica.

De acordo com a professora doutora Maria Aparecida Marin Morales, do departamento de Biologia da Unesp – Rio Claro, se a estiagem perdurar, haverá problemas sérios. “Outro problema é que não adianta ter água se não estiver condizente com a saúde. Ou seja, o que bebemos precisa ter qualidade. Dessa forma, precisamos exigir alta qualidade nos tratamentos”, aponta a professora.

Consumo

Baseado em estudos, na década de 50 ocorreu uma estiagem drástica. No entanto, os efeitos que estamos enfrentando no momento são, ainda, mais drásticos, porque a necessidade por água é maior. A população cresceu, o consumo aumentou e, com isso, exige-se maior quantidade de água. Na década de 50, a situação foi normalizada em cinco anos.

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