De acordo com especialista, é preciso cuidar não só do corpo e mudanças de hábitos são necessárias

Laura Tesseti

De acordo com especialista, é preciso cuidar não só do corpo e mudanças de hábitos são necessárias
De acordo com especialista, é preciso cuidar não só do corpo e mudanças de hábitos são necessárias

A Sociedade Brasileira de Cirurgias Bariátrica e Metabólica registrou, no ano de 2015, a realização de 93,5 mil cirurgias bariátricas, sendo cerca de 90% delas feitas por videolaparoscopia. O Sistema Único de Saúde é responsável pela realização de 10% dos procedimentos registrados no ano passado.

Cristina Franceschini é psicóloga pós-graduada em Psicologia, Nutrição e Transtornos Alimentares, e fala sobre a importância das mudanças de hábitos após o procedimento. “Devemos entender e tratar a obesidade como os outros transtornos alimentares, ou seja, obesidade, bulimia e anorexia devem ser compreendidas a partir de um ciclo alimentar que se inicia por um desconforto emocional. Podemos entender como desconforto emocional a ansiedade, por exemplo, e no caso da obesidade o paciente procura a comida como forma de alívio para tal desconforto.”

A especialista ainda aborda a questão do acompanhando psicológico que o paciente deve ter. “O fato é que a cirurgia bariátrica é uma intervenção cirúrgica que se propõe à redução do estômago, mas que não modifica o funcionamento deste ciclo que continua a se repetir se não houver o acompanhamento psicológico necessário para o sucesso no tratamento da obesidade.”

Segundo a SBCBM, por resolução a cirurgia é liberada apenas para pacientes com IMC igual ou maior que 40 kg/m² e pode ser realizada em casos de IMC entre 35 kg/m² e 40 kg/m² desde que o paciente tenha comorbidades, como, por exemplo, o diabetes. O IMC é calculado a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado.

A psicóloga explica ainda que, após a cirurgia, o acompanhamento terapêutico deve continuar. “Neste segundo momento, o acompanhamento será voltado para a adaptação à nova fase que se inicia, considerando as mudanças na alimentação e no novo estilo de vida”, finaliza.

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