A halitose, o popular e temido mau hálito, tem como causa, em 90% dos casos, os diversos problemas bucais

Murillo Pompermayer

A halitose, ou o mau hálito, gera desconforto aos que têm e àqueles que estão em volta, além do constrangimento de ambas as partes. Trata-se, porém, de algo bastante comum. De acordo com o dentista Bruno de Souza Batista Gomes, praticamente toda a população possui halitose que, conforme assevera, passa a ser um problema quando aparece constantemente e a pessoa tende a não percebê-lo.

A halitose, o popular e temido mau hálito, tem como causa, em 90% dos casos, os diversos problemas bucais
A halitose, o popular e temido mau hálito, tem como causa, em 90% dos casos, os diversos problemas bucais

O profissional faz menção a estudos mais recentes que indicam que mais de 90% dos casos de mau hálito são oriundos de problemas bucais. “Dentre eles, podemos destacar a saburra lingual e as doenças de gengiva, como gengivite e periodontite”, aponta. Segundo o dentista, saburra lingual é uma placa esbranquiçada, por vezes até amarelada, que fica no fundo da língua. “Sua formação consiste de restos proteicos, alimentares e salivares, bem como células que se descamam da mucosa intraoral e bactérias, as quais se ‘alimentam’ da saburra e acabam produzindo gazes que alteram o odor do hálito”, explica Gomes.

Ele aponta, também, outras causas de origem bucal que geram a halitose, no caso cáries, próteses mal adaptadas, diminuição da produção de saliva, abcessos de origem endodôntica e restaurações com infiltrações. Gomes menciona também a rinite, sinusite e amigdalite, nas quais bactérias se “alimentam” do muco secretado levando a uma liberação de enxofre, um gás responsável por um odor muito desagradável. “Também podemos incluir nas causas de halitose de origem extrabucal doenças tais como as hepáticas, broncopulmonares, digestivas, tabagismo, consumo excessivo de álcool, diabetes, estresse, refluxo e jejum prolongado”, enumera o dentista.

DIAGNÓSTICO
O especialista diz que é feito por meio de uma avaliação detalhada da boca, língua, dentes, próteses e implantes dentários.

TRATAMENTO
Gomes explana que é realizado embasado na causa do problema. Se gengivais, devem ser tratados com profilaxias e raspagens dentárias. Quando a causa é devido a restaurações e próteses com infiltração, estas devem ser trocadas.

PREVENÇÃO
Conforme o dentista, baseia-se, sobretudo, numa boa higienização – especialmente após as refeições – dos dentes e língua com escova e fio dental utilizados corretamente. A visita regular ao dentista também é essencial, segundo Gomes.

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