Vacina contra a febre amarela deve ser aplicada no mínimo dez dias antes da viagem, a fim de garantir a proteção (foto ABr)

Laura Tesseti

A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro afirmou na tarde de sexta-feira (3) que não existe nenhum caso suspeito de febre amarela no município. Em nota, a instituição fala sobre os procedimentos adotados e esclarece que Rio Claro não é área com a recomendação rotineira da vacina. “A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro, por meio do departamento de Vigilância Epidemiológica, esclarece que não há nenhum caso suspeito de Febre Amarela em Rio Claro. A Fundação estabeleceu novas diretrizes para a vacinação contra a febre amarela no município. A medida atende a recomendação da Fundação Oswaldo Cruz, que produz a vacina. O objetivo é evitar desperdício.”

Suzi Berbert, infectologista da Vigilância Epidemiológica, fala sobre a necessidade de se tomar a vacina. “A orientação é que a vacina seja tomada apenas por pessoas que pretendam viajar para áreas consideradas de risco. Do contrário, não há necessidade.”

A DOENÇA

A bióloga Lais Sommaggio, formada pela Unesp de Rio Claro e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular, fala sobre a doença e explica como acontece a transmissão do vírus. “A febre amarela é causada por um vírus, transmitida nas áreas urbanas pelo Aedes aegypti (o mesmo que transmite dengue, zika e chikungunya), e nas áreas silvestres (de mata) por outros vetores como o mosquito do gênero Haemagogus. Na cidade, a transmissão ocorre de uma pessoa para outra através da picada do mosquito Aedes, portanto uma pessoa necessita estar infectada com o vírus da febre amarela e ser picada pelo mosquito.”

Sommaggio explica que também há ciclo silvestre da doença, no qual a doença é transmitida pela picada do mosquito do gênero Haemagogus. “Nesse ciclo, os principais hospedeiros são animais que habitam as florestas, e os seres humanos podem adquirir o vírus quando residem ou entram na mata sem estarem vacinados e são picados por um mosquito infectado”, finaliza a bióloga.

Monitoramento

A Vigilância Epidemiológica do Município de Rio Claro está atenta para a ocorrência de casos em humanos e também o Centro de Controle de Zoonoses monitora a possível ocorrência de casos de Febre Amarela nos macacos da região.

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