Prefeito Gustavo Perissinotto responde às críticas do Conselho Municipal da Educação de que chamamento das OSs é uma privatização indireta
“É exatamente pra enfrentar esse desafio (da terceirização) que estamos propondo um novo modelo, pra gente superar esse desafio, e pra gente, primeiro de tudo, melhorar a prestação do serviço”. Foi assim que o prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto, explicou a decisão de abrir o chamamento para as Organizações Sociais-OSs na Secretaria de Educação.
O prefeito explica que, do ponto de vista pedagógico, a rede está bem estruturada, com profissionais com sólida formação, e afirma que não pretende mudar a forma de contratação dos professores, que é feita através de concurso público. “O desafio histórico de Rio Claro é naquilo que é de suporte pedagógico, é a limpeza das escolas, é a auxiliar de cozinha, é a alimentação escolar, é o transporte da criança. E tivemos isso agora no meu mandato no primeiro semestre, eu reconheci essas falhas aqui, injustificáveis, que não poderiam ter acontecido, mas tivermos. E a partir daí fomos estudar modelos que funcionassem”, declarou.
Resposta ao Comerc
Na entrevista, o prefeito também comentou o posicionamento contrário ao chamamento das OSs definido pelo Conselho Municipal da Educação. “A questão da privatização é até assim uma coisa meio blasé, fora de moda, do século passado. A lei da PPP quem fez foi o Lula. O governo federal é o que mais privatiza, governo de esquerda (…) Concurso público? OK, então vamos fazer para coletor de lixo? Para motorista de ônibus? E comprar ônibus? Nós vamos colocar para dentro da prefeitura mais de duas mil pessoas. Sabe o que vai acontecer se a gente acolher a tese da presidente do Conselho? No ano que vem, por força da Lei de Responsabilidade Fiscal, a hora que a gente inchar essa máquina, o reajuste para o servidor vai ser zero. Será que é isso que essa pessoa defende?”.