Em março deste ano, o governo Juninho da Padaria sinalizava rompimento com o hospital Santa Casa de Rio Claro. Divulgou texto oficial da Prefeitura, via assessoria, informando que entre as alternativas apresentadas aos vereadores, em reunião realizada no dia 8 daquele mês, “estaria a publicação de um edital de chamamento público para que hospitais particulares possam se credenciar a atender pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”.

Sete meses depois, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou em coletiva de imprensa que “o secretário de Saúde Djair Cláudio Francisco e o Hospital Santa Filomena assinaram contrato que credencia a instituição a realizar cirurgias eletivas pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”. Nessa quarta-feira (25), o JC entrou em contato com o secretário de Saúde, para que explicasse qual a atual relação da Prefeitura com a Santa Casa, que desde o início da nova gestão passou entre altos e baixos. Djair Francisco detalhou que, da subvenção (R$ 4 milhões) prevista em contrato assinado com a gestão anterior, resta ao município saldar o débito de R$ 1,2 milhão. No entanto, o secretário frisa que se trata de um compromisso institucional com o hospital, haja vista que o valor não foi liquidado pela gestão Altimari (PMDB). “Não é desse governo. Importante ressaltar que hoje administramos um PSMI que deveria ser do hospital, duas UPAs que se encontram com um enorme gargalo. Pacientes internados há uma semana e até casos de internação de 10 dias, já que o hospital [Santa Casa] não tem vagas”, pontuou. O contrato de renovação com hospital Santa Casa deve ser assinado ainda nesta semana. Mas a FMS estuda, na modalidade da subvenção, uma contrapartida do hospital. “Até hoje não foi vinculada a subvenção ao resultado”, comentou o presidente da FMS, informando ainda que não houve interesse da Santa Casa em atender ao “mutirão de cirurgias eletivas” pelo preço ofertado. Santa Filomena foi o vencedor do edital de chamamento público aberto pela FMS em abril deste ano visando ao credenciamento de entidades filantrópicas, entidades sem fins lucrativos e de empresas privadas para a realização dessas cirurgias.

“Dívida” Santa Casa

Contrato com validade de um ano assinado na gestão Altimari (PMDB) com hospital Santa Casa previa pagamento de subvenção de R$ 4 milhões. Deste total, resta à Fundação Municipal de Saúde efetuar o pagamento de R$ 1,2 milhão. A última parcela paga pela FMS referente a esta subvenção do contrato Altimari foi em agosto. Estão em aberto parcelas dos meses de setembro e outubro.

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