Assim como no muro da Estação Ferroviária, os atos de dano ao patrimônio por pichação são observados em diversos pontos

Wagner Gonçalves

Assim como no muro da Estação Ferroviária, os atos de dano ao patrimônio por pichação são observados em diversos pontos
Assim como no muro da Estação Ferroviária, os atos de dano ao patrimônio por pichação são observados em diversos pontos

Modelo de protesto ou baderna? Expressão artística ou depredação? Estas são algumas das questões acerca do que se vê em muros de propriedades públicas e privadas em localidades da cidade. Muitas das pichações estampadas causam espanto pelo conteúdo e repulsa a muitas pessoas. Mas a questão é que, para muitos, a linha que separa a arte Grafite do atentado aos patrimônios é muito tênue, quando não se confundem.

Conforme noticiado pelo JC, no fim de julho, as pichações na Estação Ferroviária repercutiram negativamente, dado o teor pejorativo das frases e o ato de vandalismo contra uma propriedade pública. Mas este não é apenas um caso isolado no município, pois é possível observar outras ocorrências em vários pontos.

Natalício Aparecido dos Santos Moro, conhecido com Libão, trabalha há pouco mais de 25 anos em um dos pontos da Rua 1 e atribui ao ato a falta de educação. “Isso é uma nojeira, porque deixa o muro feio. Quem não gostaria de ter uma cidade mais bonita?”, indaga Libão.

Para José Augusto, 21, a pichação, além de ser contra a lei, não contribui em nada, mesmo que haja ideais a serem defendidos a partir da ação. “Pichação é vandalismo”, repudia José Augusto. Ao olhar as marcas no muro da Estação, Elisabete Stein as descreve como uma visão desagradável e ressalta que “outras formas de protesto podem ser feitas, pois essa só demonstra falta de respeito para com as propriedades”. Ela exemplifica dizendo que o muro das antigas instalações da Ferrovia Paulista (Fepasa) recebeu grafites e contribuíram para, além de se transformar em uma obra, embelezar o local.

Neste caso, assim como em outros similares, o comandante da Guarda Civil, Wlademir Walter, explica que é preciso autorização dos proprietários para promover a arte. “Mas quando o que acontece são pichações, o munícipe pode ajudar informando pelo canal 153, em que será apresentado como dano ao patrimônio”, destacou o comandante. Ele comenta serem raras as vezes em que há o flagrante, e isso se deve ao período em que tais ações são feitas.

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