Empresa de transporte entrou em falência em 2007. Mais de 200 ex-funcionários serão contemplados (Foto: Lineu Carneiro Saraiva)

Cerca de 230 ex-funcionários que trabalharam por anos na antiga empresa José Alexandre Junior, responsável pelo serviço de transporte em Rio Claro décadas atrás, começaram a receber as indenizações da massa falida. Foram 15 anos de espera pela verba que está sendo paga após a administração da falência receber autorização da Justiça do Trabalho para distribuir recurso de R$ 2,5 milhões.

De acordo com o advogado Fábio Perin, que foi nomeado pelo Poder Judiciário para fazer a administração da massa falida, o processo de falência foi concluído em 2007. Na época, foram levantados todos os passivos e ativos da empresa, como a garagem na Rua 12, no bairro Santa Cruz, um apartamento, ônibus antigos, ferramentas e demais materiais. Um leilão foi realizado em 2018 e os bens foram vendidos. A Unimed arrematou o imóvel da garagem.

O valor arrecadado passou a ser distribuído há alguns dias para os ex-empregados. Conforme Perin, a prioridade é inicialmente para pagamento dos direitos trabalhistas. Após o término desta fase, será feito levantamento do valor que restou e em seguida se verificarão os recursos que serão destinados para débitos fiscais e de fornecedores.

Conforme relatório ao qual a reportagem teve acesso, as centenas de ex-funcionários estão recebendo valores que variam entre R$ 1,9 mil e R$ 64 mil. A empresa Alexandre Junior tinha um débito com fornecedores e a Justiça determinou o pagamento. Como na época não ocorreu, entrou em falência. Diversos leilões foram realizados ao longo do tempo para tentar arrecadar os recursos. Mais de 10 juízes passaram pelo caso no período.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Rio Claro teve participação na cobrança pelos direitos trabalhistas dos empregados. Segundo Waldemar Neuton da Silva, presidente da entidade, os ex-colaboradores precisam entrar em contato com seus advogados ou com a própria instituição para dar encaminhamento ao recebimento da verba. “Tinham pessoas que estavam precisando muito do dinheiro, realmente fizemos justiça”, disse, acrescentando que todos respeitavam muito José Alexandre Junior, fundador da empresa, e seu filho José Luis Alexandre, que comandou a empresa após a morte do pai.

A empresa iniciou atividades de transporte coletivo em Rio Claro ainda na época do prefeito Augusto Schmidt Filho, passando pelos governos Álvaro Perin e Oreste Armando Giovanni. Em seguida, também prestou serviços de transporte escolar em outras administrações municipais. No início dos anos 2000, diante da crise e dívidas, iniciou-se processo de paralisação até chegar à falência em 2007.

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