Felipe Rocha é natural de Rio Claro e autor premiado

Felipe Rocha é natural de Rio Claro e autor premiado

Autor rio-clarense já vendeu mais de 150 mil livros e acumula prêmios como um dos mais lidos entre jovens no Brasil

O rio-clarense Felipe Rocha, autor do perfil literário @tipobilhete no Instagram, tem se destacado nacionalmente como um dos escritores mais lidos do país. Formado em Engenharia Civil, Felipe descobriu o gosto pela escrita em 2016, após concluir o TCC com antecedência e buscar um novo hobby. O que começou como uma distração, logo ganhou corpo: em apenas um mês, o perfil no Instagram já contava com 10 mil seguidores. Hoje, são mais de 550 mil leitores nas redes e 150 mil exemplares vendidos de seus livros.

Com cinco obras publicadas, entre elas os títulos de destaque “Todas as flores que não te enviei” e “Nem todo amor tem um final feliz. E tá tudo bem”, Felipe se consolidou como best-seller nacional. Suas publicações figuraram nas principais listas de vendas do país, como a Lista Nielsen PublishNews, Lista da VEJA e Top 5 da Amazon. Além disso, o autor foi vencedor do Prêmio Árvore nas edições de 2023 e 2024, na categoria de autores mais lidos do ensino médio, ao lado de nomes consagrados como Mauricio de Sousa e Ziraldo.

Escrevendo sobre amores, desamores, recomeços e perdas, Felipe define sua produção como uma tentativa de abraçar com palavras e alcançar leitores que buscam acolhimento e identificação. Reconhecido nacionalmente, Felipe Rocha é ‘cria’ de Rio Claro, onde estudou em escolas públicas, como Victorino Machado, Sebastião da Silva, Joaquim Salles e Bayeux, e começou a desenvolver seu lado criativo, com apoio de professores e familiares

Para esta Reportagem da Semana, no Jornal Cidade, o autor fala da carreira e do seu trabalho que segue em crescimento, com participações em Bienais do Livro e novos projetos em andamento, como um livro dedicado ao amor e à sua noiva Mariane. Confira na entrevista a seguir e boa leitura!

OBRAS DE FELIPE ROCHA

“Todas as flores que não
te enviei.” (2018)

“Nem todo amor tem um final feliz. E tá tudo bem.” (2020)

“Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi.” (2021)

“Amores que deixei escapar.” (2022)

“O que restou do amor depois que você partiu.” (2024)

Como foi o início na escrita e a criação do Tipo Bilhete?

No dia 1 de setembro de 2016 me senti no auge do tédio. Após terminar o TCC do curso de Engenharia Civil um semestre adiantado, quis começar algum hobby diferente para ocupar o meu tempo. E foi isso. Criei o perfil @tipobilhete no Instagram pensando em ocupar o meu tempo e acabei descobrindo a minha paixão pela escrita com o passar do tempo. Comecei a escrever crônicas, poesias e prosas poéticas e, após um mês, a página já contava com 10 mil leitores/seguidores, então comecei a levar a brincadeira a sério. E cá estou, com aproximadamente 550 mil seguidores e 150 mil exemplares vendidos, sendo um autor best-seller nacional.

Em que medida sua vida cotidiana e suas experiências pessoais se refletem em suas histórias?

Não costumo escrever sobre a minha vida, mas estou em um momento onde está sendo especial escrever e colocar pequenas referências nos textos quando possível. Atualmente estou escrevendo um livro puramente sobre amor e será dedicado à minha querida noiva, Mariane.

Pode compartilhar um pouco sobre os temas recorrentes em seus livros e por que eles são importantes para você?

Os temas recorrentes sempre são amores e desamores. E dentro desses dois, percorro caminhos do início do amor, sempre tão bom, até um término desagradável. Traições, desconfianças, perda de autoestima e até mesmo de amor próprio. Todos os textos são como uma “chacoalhada” no leitor para cair na real e como eu digo: rasgar de uma vez o papel de trouxa! Esses temas na verdade mesmo se não acontecem diretamente conosco, sempre estão por perto, sejam em parentes próximos ou até mesmo naquela pessoa que pegamos chorando escondida pelos cantos no trabalho. O meu público alvo é a pessoa comum, mas que sente muito. E muitas vezes precisa apenas de um abraço em forma de textos. Ou do tal chocalhão para cair na real e seguir em frente.

Dentre os livros, existe um que seja seu preferido?

Sempre digo que o terceiro livro, “Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi.” é o meu preferido. Consegui entregar o meu melhor ali, com uma evolução nítida na escrita e nos temas abordados. Além disso, ele é um livro inteiramente ilustrado por mim, então esse livro tem um pedaço maior aqui em meu coração.

Alguma escola ou professor marcou sua trajetória?

Estudei no primário na escola Victorino Machado, depois passei para o fundamental na escola Antônio Sebastião, depois tive uma passagem pelo Joaquim Salles, COC e, por fim, me formei no ensino médio na ETEC Bayeux. Me lembro de receber apoio da professora que me deu aulas na 1ª e 2ª série na escola Antônio Sebastião, a Prof. Claudia Degli Exposti Fontana que na época me incentivava a focar em meu lado artístico e simplesmente criar. Até hoje a professora me acompanha nas redes e novas criações.

Já ouviu alguma história marcante de alguém impactado pelo que você escreveu?

Muitas. Mas uma que nunca me esqueço foi de uma leitora que me contou que saiu de um relacionamento abusivo depois de ler um dos meus textos sobre amor-próprio e recomeço. Ela disse que se enxergou ali e decidiu que merecia mais. Foi quando entendi, de verdade, o poder que as palavras têm quando encontram o coração certo.

Quais são seus projetos literários para o futuro?

Atualmente estou escrevendo um livro puramente sobre amor e será dedicado à minha querida noiva, Mariane. Pretendo também iniciar outros projetos ligados ao público infantil.

Existe algum gênero que você ainda quer explorar?

O gênero infantil pode trazer à tona a minha paixão por ilustrações e artes visuais.

Qual é o seu maior sonho como escritor?

Hoje digo que alcancei tudo o que eu desejava e além. Hoje o sonho é de longevidade como autor e poder ter a capacidade de criar até ficar bem velhinho.

Que conselho você daria para quem está começando a escrever agora?

Escreva, mesmo que ache que ninguém vai ler. Escreva como se estivesse desabafando com o único alguém que te entende – você mesmo. Não espere o texto perfeito, muito menos a palavra certa. Escreva com verdade. A escrita nasce do que transborda, não do que está pronto. E se doer, melhor ainda. É na dor que a literatura ganha coragem.

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