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LEONARDO VIECELI
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) –

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 8,9% no trimestre até agosto, informou nesta sexta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O novo resultado veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam índice de 8,9% até agosto.
A taxa de desocupação marcava 9,8% no trimestre até maio, o mais recente da série histórica comparável da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). No trimestre móvel até julho, que integra outra série da Pnad, o indicador já estava em 9,1%.
O número de desempregados, por sua vez, recuou para 9,7 milhões de pessoas até agosto. O contingente somava 10,6 milhões até maio.
Segundo as estatísticas oficiais, a população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e seguem à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse cálculo.
A Pnad retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
Após os estragos causados pela pandemia, o mercado de trabalho foi beneficiado pela vacinação contra a Covid-19. O processo de imunização permitiu a reabertura de negócios e a volta da circulação de pessoas.
Às vésperas das eleições, o governo Jair Bolsonaro (PL) buscou aquecer a economia com liberação de recursos, cortes de impostos e ampliação em agosto do Auxílio Brasil. Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A queda do desemprego, contudo, foi acompanhada pela criação de vagas de trabalho com salários médios mais baixos. A renda ficou fragilizada em um contexto de inflação elevada.
Economistas veem chance de a taxa de desocupação ficar mais próxima de 8% até dezembro no Brasil. A reta final do ano costuma ser marcada por contratações temporárias em razão da demanda sazonal em setores como o comércio.
Em 2023, porém, essa retomada pode perder ímpeto, sob efeito dos juros elevados, que desafiam os investimentos produtivos de empresas e o consumo das famílias.

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