Grupo de especialistas se encontram na região para discutir os rumos e traçar metas para a ampliação e aprimoramento da produção de cachaça no Brasil

Vivian Guilherme

Grupo de especialistas se encontram na região para discutir os rumos e traçar metas para a ampliação e aprimoramento da produção de cachaça no Brasil
Grupo de especialistas se encontram na região para discutir os rumos e traçar metas para a ampliação e aprimoramento da produção de cachaça no Brasil

Desde sexta-feira (23), acontece a terceira edição da Cúpula da Cachaça. Por três dias, os integrantes do grupo formado por especialistas de diferentes formações e atividades que compõem a “Cúpula” estarão em volta da mesa da pousada e cachaçaria Chalé Macaúva, em Analândia, dissecando os tópicos mais importantes do universo da cachaça.

Temas relativos a métodos de produção, marketing, comercialização, exportação e entraves para o desenvolvimento do setor também estarão sobre a mesa, numa troca de experiências que tem o sentido de compartilhar informações e orientar as atividades dos 12 membros da Cúpula e a atuação institucional do grupo. À noite, das 19 às 22 horas, os integrantes da Cúpula estarão na Cachaçaria Macaúva, interagindo com o público em geral e com todos os interessados nos temas do universo da cachaça.

Milton Lima, proprietário da Cachaçaria Macaúva e colecionador e especialista em cachaça há 20 anos, conta que a Cúpula surgiu da necessidade de se ter um grupo não ligado a nenhuma empresa do setor, para discutir tudo o que seja relacionado a cachaça. “Nasceu há três anos e hoje temos uma cadeira na Câmara Setorial da Cachaça em Brasília”, ressalta Milton, que também é autor do livro ‘Cachaça do Brasil S/A – Da Senzala à Casa Grande’, que originou o site “cachacas.com”.

Milton também destaca que o intuito do grupo é “valorizar a nossa história, a nossa cultura através do primeiro produto feito em nosso país, que é a cachaça”. Ele acrescenta ainda que durante o evento será discutido o II Ranking Cúpula da Cachaça, com previsão de lançamento para junho próximo e que, novamente, será composto de três fases – votação popular, seleção dos especialistas e a degustação às cegas, que definirá as 50 Cachaças do Ano, a se realizar na IV Cúpula da Cachaça, em janeiro de 2016.

Atualmente, a Cúpula é formada por: Cesar Adames; Erwin Weimman; Dirley Fernandes; Glauco Mello Jr; Leandro Batista; Leandro Marelli de Souza; Manoel Agostinho Lima Novo; Maurício Maia; Milton Lima; Nelson Duarte; Peter Carl Armstrong; e Sidnei Maschio.

A CACHAÇA NO BRASIL
Segundo informações da Cúpula, a cachaça vive um grande momento, conquistando espaços no Brasil e no exterior e tem, até 2016, uma janela de oportunidade para se desenvolver ainda mais. Mas, para isso, precisa vencer desafios e estruturar melhor a sua cadeia produtiva. E é com esse objetivo que o grupo se reúne neste final de semana.

De acordo com dados de 2012 do do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), o Brasil conta com 4 mil marcas do produto e 40 mil produtores, que geram 600 mil empregos diretos, sendo que, 99% são pequenos negócios e, apenas, 1% dessa cachaça é exportada. Ao todo, são produzidos 1,4 bilhões de litros de cachaça por ano no Brasil.
A Alemanha, Paraguai, Estados Unidos, Portugal e Bolívia são os que mais importam a cachaça brasileira.

NA REGIÃO
O Estado de São Paulo só perde para Minas Gerais na produção de cachaça. Na região de Rio Claro são diversos os empreendimentos dedicados a essa produção. Há marcas em Rio Claro, Analândia e Ipeúna, além de cidades próximas como Araras, São Pedro, Pirassununga entre outras.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Notícias:

Programa combate lentidão na abertura de empresas

Brasil: número de mortes por ataques de cães cresce 27%