Fiscais do Ipem-SP verificam brinquedos em loja durante a Operação Papai Noel (foto divulgação)

Ednéia Silva

O Natal se aproxima e muitas pessoas estão em busca de presentes para as crianças. A grande preferência dos pequenos é por brinquedos e jogos e é preciso ter muito cuidado na hora da compra. É necessário verificar se o brinquedo é adequado para a faixa etária da criança e não apresenta riscos de acidentes. Quem opta pela compra no mercado informal devido ao preço mais em conta deve redobrar os cuidados.

O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) concluiu na quinta-feira (10) a Operação Papai Noel que fiscalizou 290 lojas nas cidades de São Paulo, Araçatuba, Bauru, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José do Rio Preto e Taubaté. De acordo com o instituto, a operação culminou na apreensão de 1.874 brinquedos e 855 luminárias irregulares, além de 30 estabelecimentos autuados.

“Os brinquedos apreendidos não traziam o selo do Inmetro, além da classificação etária indicativa, o que garante ao consumidor que o produto atende aos requisitos de segurança, previstos pela legislação, e não representam riscos à saúde”, informou o Ipem-SP.

Fiscais do Ipem-SP verificam brinquedos em loja durante a Operação Papai Noel (foto divulgação)
Fiscais do Ipem-SP verificam brinquedos em loja durante a Operação Papai Noel (foto divulgação)

Segundo o Ipem-SP, antes de efetuar a compra, o consumidor deve verificar a presença do selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), a faixa etária indicada e as instruções de uso devem estar em português. “Nunca compre um brinquedo sem esses detalhes”, alerta o instituto.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) orienta o consumidor a não comprar brinquedos em cuja embalagem o fabricante não possa ser identificado ou que não tenha um telefone gratuito para atendimento aos consumidores, como os vendidos por ambulantes ou em lojas de pechinchas.

“Cuidado com brinquedos que contenham peças pequenas. Elas podem se destacar do produto e serem engolidas pelas crianças. Compre tais produtos apenas para maiores de seis anos”, recomenda o Idec. Além disso, o instituto observa que o uso do brinquedo também requer cuidado.

“Não deixe as crianças sem supervisão, principalmente quando estiverem brincando com produtos que contenham peças pequenas que possam ser engolidas.

Se peças pequenas ou ímãs se soltarem dos brinquedos, recolha essas peças e mantenha-as fora do alcance das crianças”, orienta. O instituto recomenda ainda que os consumidores relatem aos fabricantes e ao Inmetro quaisquer problemas com os brinquedos. “Qualquer informação nesse sentido é fundamental para que sejam tomadas as medidas adequadas e com rapidez”, afirma.

Para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os brinquedos devem ser apropriados à idade, ao interesse e ao nível de habilidade da criança. Conforme a entidade, crianças muito pequenas não podem ter acesso a bexigas e outros brinquedos que sejam feitos de borracha, plástico ou que possam ser engolidos e que deslizem facilmente da língua para a garganta.

O médico pediatra Álvaro Camarinha reforça a necessidade de comprar brinquedos com o selo do Inmetro. “Evite adquirir brinquedos sem procedência ou aqueles encontrados no camelô. Não há garantias de segurança nesses casos”, frisa.

Camarinha também ressalta que a tinta usada nos produtos pode ser tóxica e acarretar problemas de saúde. “Toda a atenção é pouca e por isso nenhum detalhe pode ser deixado de lado. É de suma importância ainda presentear a garotada de acordo com a faixa etária. Os fabricantes, via de regra, estipulam essas regras justamente para evitar ocorrências desagradáveis”, conclui.

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