Após questionamentos do Jornal Cidade, o Ministério Público informou nesta quarta-feira (10) que o fato da autora do assassinato contra uma idosa ter uma filha de nove anos motivou o pedido de prisão domiciliar. “Conforme decisão proferida em audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, em regime domiciliar, acolhendo o pedido do Ministério Público. O pedido de prisão domiciliar se baseia no fato da investigada possuir uma filha de nove anos (fundamento no artigo 318, inciso V do CPP)”, diz o comunicado.

Conforme o Código de Processo Penal, poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos. A autora do assassinato de Marina Aparecida Grassi, de 75 anos, foi liberada ainda nesta quarta-feira (10). O caso foi registrado na manhã de terça-feira (9) na Avenida 24-A, na região central de Rio Claro, como homicídio e gerou grande comoção na cidade e impressionou pela crueldade, já que a vítima foi atingida com inúmeras facadas e quase degolada.

O crime
Consta no boletim de ocorrência que, quando os policiais militares chegaram à residência da idosa, a encontraram ensanguentada e morta no chão do quarto com os pés sobre a cama. Na cozinha se depararam com um comerciante contendo uma mulher que foi identificada como a autora do crime. Esse comerciante estava em seu estabelecimento que fica ao lado da casa da idosa e ouviu gritos de socorro. Ele se dirigiu até o portão e foi atendido por uma mulher que disse que a idosa tinha levado um tombo e que não queria ser incomodada. Desconfiado por ter sido impedido de entrar, chamou por um outro vizinho e também pediu ajuda para sua funcionária. Os três forçaram o portão e entraram no local, onde encontraram Marina morta.

A autora, ao ver que o comerciante pediu para os amigos chamarem a polícia, retirou uma faca da bolsa e tentou atingi-lo. Eles entraram em luta corporal e o comerciante conseguiu desarmar a criminosa até a chegada da PM.

O Jornal Cidade teve acesso ao interrogatório da criminosa que alegou que estava indo em uma loja de utilidades na Rua 1 quando passou na casa da idosa, cujo nome não sabia, mas a chamava de “Meu Anjo”, e pediu um copo de água e permissão para ir ao banheiro. Alegou que ambas se conheciam, pois ela já tinha vendido algumas trufas de maracujá para Marina. Que após isso sentou-se no sofá da sala e que a idosa teria vindo com uma faca na mão para matá-la, que apenas agiu em legítima defesa e que não tentou roubar nada da casa.

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