Com o fim do Carnaval na terça-feira (1º), os vereadores da Câmara Municipal repercutiram na sessão realizada na Quarta-Feira de Cinzas (2) sobre a ausência de eventos públicos da festividade em detrimento às autorizações concedidas pela Prefeitura para a realização das festas privadas. Conforme o JC repercutiu, na segunda-feira (28) o titular da Secretaria Municipal de Turismo, Guilherme Pizzirani, lembrou que o Plano SP de enfrentamento à Covid autoriza a realização de eventos particulares atualmente.

O fato que gerou debate foi uma festa de Carnaval na Avenida Gurgel (antiga Via Kennedy), em via pública, mas com estrutura particular e fechada. A vereadora Carol Gomes (Cidadania) apoiou a realização, diante do retorno econômico para a cidade, mas ressaltou sobre a proibição das festas públicas. “Aconteceu o cancelamento do Carnaval precocemente. Não se trata de repudiar a festa particular que gera lucro, temos que apoiar os eventos. A questão é a gestão seletiva que a Secretaria de Turismo fez neste Carnaval. A cultura é um bem e para todos”, sugerindo que o imposto pago pela festa particular seja revertido à União das Escolas de Samba da Cidade Azul (Uesca) para investimento no setor.

O vereador Hernani Leonhardt (MDB) destacou que o evento na Gurgel poderia ter sido feito na Passarela do Samba, na região do Jardim América. “(…) não teria trânsito impedido, longe da Santa Casa”, pontuou. Alessandro Almeida (Podemos) afirmou que “Carnaval é simples, quem gosta vai e quem não gosta não vai”, disse. Rafael Andreeta declarou que “se os índices nas unidades de saúde estiverem dentro da normalidade, não vejo problema nenhum em fazer. (…) Causa impacto aos moradores, mas deve ser feito estudo de mobilidade com antecedência”, afirma.

O debate seguiu com Serginho Carnevale (Democratas), que afirmou “o problema não é quem fez, é quem autorizou. O Pizzirani disse que não foi dele a palavra final”, citando a proximidade da UPA da Avenida 29 e hospital Bezerra de Menezes. Por fim, Irander Augusto (Republicanos) declarou que o pedido de cessão do espaço foi em dezembro passado, indicando que a responsabilidade não é da atual gestão do Turismo.

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