Na imagem, croqui do chamado “Solar da Baronesa de Dourados” após conclusão de restauro que se arrasta desde 2010

Antonio Archangelo

Na imagem, croqui do chamado “Solar da Baronesa de Dourados” após conclusão de restauro que se arrasta desde 2010
Na imagem, croqui do chamado “Solar da Baronesa de Dourados” após conclusão de restauro que se arrasta desde 2010

A assessoria da Caixa Econômica Federal confirmou esta semana que somente autorizou a segunda etapa do restauro do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga. “Este contrato teve início de obra autorizado no último dia 15, após aprovação do projeto e apresentação da licitação.

Os repasses dos recursos ao município ocorrerão conforme a obra for executada e vistoriada pela CAIXA (medições das etapas)”, concluiu a assessoria.

Os recursos fazem parte do convênio “Revitalização do Museu Amador Bueno da Veiga no Município de Rio Claro/SP- 2ª Etapa” e são estimados em R$ 1.469.500,00. Numa primeira etapa, verba a fundo perdido de R$ 3,9 milhões foi concedida pelo Ministério do Turismo e utilizada na primeira etapa do restauro para a recuperação e reforço das paredes e fachadas, novo telhado, renovação das instalações elétricas e hidráulicas e instalação do elevador, que já está funcionando.

No mês de setembro de 2015, o prefeito Du Altimari assinou convênio licitando um montante de mais R$ 1,4 milhão para o Ministério do Turismo. Conforme reportagem do jornalista Lucas Calore, no site da Caixa Econômica Federal, que faz o repasse, consta que até o momento nenhum valor foi liberado para a administração do município. O dinheiro deve ser usado na segunda etapa da obra.

Foi em 1962 que o Solar tornou-se Museu Amador Bueno da Veiga. O nome é em homenagem ao bandeirante. Do acervo constam mais de 50 mil imagens, arte sacra, coleção numismata com moedas e cédulas do Brasil Império, quadros, mobílias, documentos e livros antigos. O Museu estava em reforma para restauro desde o início da década de 2000, assim, a maior parte de seu acervo já estava fora do local, dentro de um casarão antigo na Rua 1, em frente à Estação Ferroviária, aonde a população não tem acesso. Foi em 2009 que parte da verba da restauração estava garantida por meio de um processo judicial envolvendo invasão de parque arqueológico na Rodovia Fausto Santomauro.

Amador Bueno da Veiga

Em SP, a Avenida Amador Bueno da Veiga é antiga e um dos primeiros caminhos entre SP e Rio de Janeiro. Amador Bueno da Veiga nasceu em São Paulo, em meados do séc. XVII. SP elegeu-o na Praça Pública para o Cabo Maior dos Paulistas, na Guerra contra os Emboabas. Serviu a Capitania desbravando sertões dos rios Mogi-Guassu e Pardo, em cujas margens faleceu em 1719, com 54 anos.

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