Adriel Arvolea

Cidade está com dezenas de quilômetros de ciclovia e ciclofaixa

São 143.998 veículos em circulação em Rio Claro. É um para cada 1,33 habitante. Automóveis somam 75.538 unidades, segundo aponta levantamento da Fundação Seade (2013). Nos horários de pico, o trânsito fica caótico. Na área central, a disputa por uma vaga de estacionamento é acirrada. Para quem trabalha no Centro e pretende estacionar fora da Área Azul com tranquilidade e mais próximo do trabalho, tem que chegar com 20-30 minutos de antecedência, numa rotina de segunda a sábado. De acordo com a diretoria municipal de Comunicação, são 980 vagas de estacionamento rotativo em Rio Claro. Quem busca por facilidade, são cerca de 40 estacionamentos particulares em funcionamento.

Apesar do conforto que um automóvel, por exemplo, oferece, há quem prefira os transportes coletivo e alternativo. Camila Prada mudou-se de São Paulo para Rio Claro em março de 2013. Na capital, conta que o uso de bicicleta se restringia a voltas pelo bairro – Vila Prudente, devido aos riscos no trânsito e de assalto. Já aqui adotou a ‘magrela’ como principal meio de transporte, influenciado por diversos fatores.

“A principal vantagem é de ordem econômica. Também, é um exercício que traz benefícios à saúde e, com o caos no trânsito, é mais rápido. Rio Claro favorece o uso da bicicleta por ser plana”, comenta Camila. Quando trabalhava, o transporte era feito de bike. Na realização de serviços bancários e outros afazeres, conta com a ajuda sobre duas rodas. “Meu marido tem carro, mas no dia a dia, em tarefas rápidas e que não exijam tanto deslocamento, opto pela bicicleta. Acredito que somos dependentes dos automóveis”, observa. Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, 37 mil pessoas pedalam todos os dias pelas ciclofaixas da cidade. No total, são 150 mil bicicletas em circulação por Rio Claro, que é plana e favorece o uso desse meio de locomoção.

Luciano Ferreira tem carro, mas só o utiliza aos finais de semana ou em ocasiões especiais. Mora no Jardim Novo I e trabalha no Cervezão. No deslocamento diário, ônibus ou bicicleta. Conforme avalia, o caos no trânsito traz estresse, perda de tempo e gastos, sendo favorável ao transporte coletivo. “As pessoas deveriam usar mais o ônibus. É uma pessoa por carro lotando as ruas da cidade, o que é um absurdo. Devemos desenvolver mais a consciência do coletivo”, reforça Ferreira.

Dessa forma, Camila e Ferreira fazem a sua parte. De bicicleta ou ônibus, têm a consciência do uso do transporte alternativo e coletivo, contribuindo não só para o bolso, mas para questões de tráfego, ambientais e à própria saúde.

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