Funcionários da Elektro podem ser identificados por uniforme, crachá e veículo adesivado

Ednéia Silva

Uma aposentada foi vítima de um golpe e teve os documentos e cartões roubados por bandidos que se passaram por funcionários da Elektro. O fato aconteceu no dia 30 de setembro. Ela decidiu divulgar o caso para alertar a população sobre o golpe.

Tudo foi muito orquestrado. A aposentada conta que estava com problemas com a Elektro por causa do alto valor de sua conta de luz. O fato gerou o registro de vários protocolos na concessionária. Diante disso, a empresa enviou equipe à sua residência para verificar o relógio e foi constatada irregularidade na leitura.

No dia 30 de setembro, por volta das 12 horas, um rapaz chamou no portão dizendo que iria fazer a leitura da luz. A aposentada achou o fato estranho porque sabia que a leitura seria feita no dia 2 de outubro. Ao ser questionado, o rapaz informou que precisava verificar o relógio e os equipamentos elétricos, visto que a residência tinha uma conta de R$ 642,00 e a empresa queria saber o porquê do alto consumo.

Funcionários da Elektro podem ser identificados por uniforme, crachá e veículo adesivado
Funcionários da Elektro podem ser identificados por uniforme, crachá e veículo adesivado

A aposentada ameaçou ligar para a Elektro, mas foi convencida pelo bandido a não fazer a ligação. Ela conta que ele estava de uniforme, com crachá, rádio, equipamento de leitura e falava muito bem com sotaque carioca. Ela pediu para ver o crachá e ele mostrou um crachá da Light. A aposentada desconfiou e questionou o fato, mas foi informada de que a Elektro tinha contratado a Light por estar com muito serviço.

Ela foi convencida a abrir o portão e o bandido entrou, sempre falando com outra pessoa pelo rádio, fingindo ser alguém da Elektro. Ele abriu e retirou o lacre do relógio. Pediu água e foi levado para a sala. Depois disso informou que a aposentada, por ser sozinha, tinha direito à tarifa social de energia e pediu os documentos para preencher o relatório. Ela forneceu os documentos. O bandido chamou o amigo pelo rádio e o deixou entrar enquanto ela foi ao quarto guardar os documentos.

Enquanto ela ficou com um bandido na copa que fingia verificar a máquina de lavar roupa, o outro rapaz saiu e voltou com uma peça queimada dizendo que tinha sido retirada do relógio. Ela acredita que esse era o sinal entre eles, porque os dois disseram que iriam embora e retornariam às 16 horas para que ela assinasse o relatório.

Quando saiu ao portão, a aposentada estranhou porque não havia carro da companhia estacionado na rua. Questionado, o bandido informou que o veículo estava parado na esquina. A mulher foi até o local, não havia carro e quando percebeu o bandido estava fugindo. Ela correu de volta para casa e constatou o roubo de seus documentos, cartão de banco com senha, cartão de crédito, fotografias etc. Transtornada, ela foi auxiliada por uma vizinha que chamou a Guarda Municipal. No dia seguinte, foi informada pelo banco que os bandidos tinham sacado R$ 2.500,00 de sua conta e tinham tentado sacar mais, mas não conseguiram. O banco bloqueou os saques. Ela também foi ao INSS informar sobre o roubo e fez boletim de ocorrência. Seu medo agora é que eles tenham feito um empréstimo em seu nome.

A Elektro informou que “os serviços dos eletricistas são realizados até o padrão de entrada das residências onde fica o relógio de luz. Os eletricistas não entram nas casas de clientes”. A empresa destaca ainda que os colaboradores podem ser identificados pelos veículos, que possuem adesivos com a identidade da empresa, ou pelo uniforme e crachá. Além disso, não há recebedores domiciliares. A população pode denunciar visitas ou qualquer conduta ilegal praticada por falsos funcionários pelo telefone 0800-701-0102.

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