Luciano Bonsucesso (PL) pede vista de um dia a projeto que revoga atual Código de Defesa e Proteção Animal para substituir pelo novo Código de Proteção Animal

A maioria dos vereadores optou na sessão ordinária dessa quarta-feira (17) pelo adiamento da votação do projeto de lei do vereador Luciano Bonsucesso (PL) que prevê a criação de um novo Código de Proteção Animal em Rio Claro. A polêmica tomou conta do plenário com direito a bate-boca entre o parlamentar e a líder do Governo, Carol Gomes (Cidadania), que trocaram farpas a respeito da tramitação da proposta e ela disse, ainda, que foi desrespeitada pelo colega vereador.

O projeto de Bonsucesso havia sido aprovado em 2017 e deixado em ‘stand by’ após o então Governo Juninho enviar outro projeto contemplando maiores discussões, inclusive com a realização de audiências públicas junto à sociedade civil e entidades quanto à defesa dos animais. Agora, o vereador tentou colocá-lo para votação novamente argumentando que havia sido vítima de ‘politicagem’. Na coluna Farol, publicada ontem pelo JC, disse ainda que esse projeto teria sido discutido com a OAB Rio Claro e citou o mesmo na sessão. A instituição, no entanto, negou qualquer envolvimento no texto.

Ainda nos trabalhos em plenário, os vereadores se dividiram quanto à possível votação do projeto em si. O próprio grupo do Governo, do qual Bonsucesso faz parte, se dividiu. O parlamentar, então, apresentou ao presidente José Pereira (PSD) pedido de vistas de um dia, o que adia a votação da matéria. A líder Gomes articulou para que o pedido fosse recusado, assim, o projeto seria votado e correria o risco de ser derrubado.

Os vereadores mais próximos de Bonsucesso, como Hernani Leonhardt (MDB) e Rafael Andreeta (PTB), também debateram com os demais pares. Segundo eles, a intenção foi respeitar o acordo de Bonsucesso para adiar a votação do projeto. Gomes, Serginho Carnevale (DEM), Val Demarchi (DEM), Vagner Baungartner (PSDB), Paulo Guedes (PSDB), Júlio Lopes (PP), Adriano La Torre (PP) e Alessandro Almeida (Podemos) votaram contra o pedido de vista, mas foram derrotados pela maioria. Com isso, a matéria retorna para tramitação interna.

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