ISABELA PALHARES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As escolas estaduais de São Paulo vão começar o ano letivo em 1º de fevereiro recebendo os alunos para até duas aulas presenciais por semana, independentemente da situação da pandemia.

Segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares, nos primeiros 15 dias de aula, as escolas vão receber até 35% dos alunos matriculados a cada dia. Será feito um rodízio para que os estudantes frequentem as unidades 1 ou 2 vezes por semana, de acordo com a organização adotada.

“Na primeira quinzena vamos fazer uma divisão para que todos possam ir à escola 1 ou 2 vezes para uma primeira recepção presencial. Mesmo que a região esteja na fase amarela, começamos com 35% dos alunos e depois aumentamos a frequência”, disse o secretário à reportagem.

Em dezembro, o governador João Doria (PSDB) decidiu que as escolas seriam classificadas como serviços essenciais para que possam continuar abertas mesmo nas fases de maior restrição do plano de controle da pandemia de coronavírus. Na ocasião, ele disse que a reabertura das instituições de ensino seria a prioridade deste ano.

A retomada das aulas presenciais nas escolas, no entanto, ainda depende da autorização dos prefeitos.

Na capital, Bruno Covas (PSDB) ainda não definiu se irá liberar o funcionamento regular dos colégios –desde agosto, a prefeitura já realizou três inquéritos sorológicos nas unidades escolares municipais, sem que houvesse uma decisão final do prefeito sobre a retomada das aulas.

Soares disse que está em diálogo com prefeitos e secretários de todos os municípios paulistas para que a reabertura das escolas seja possível no início de fevereiro. Segundo ele, as liberações parciais no fim do ano passado foram sinalizações importantes para a retomada.

Na capital, Covas só liberou que as escolas abrissem para aulas regulares no ensino médio e para atividades extracurriculares para as demais séries. “Foi um passo importante ter essa primeira volta, verificamos que não houve casos de contaminação”, disse Soares.

Pela nova regra, nas fases vermelha e laranja, as escolas podem funcionar com 35% dos alunos e as instituições de ensino superior devem permanecer fechadas. Já na fase amarela, os colégios podem funcionar com 70% das matrículas e as faculdades, com 35%.

Apenas na fase verde, as escolas poderão ter aulas com 100% dos alunos e as faculdades, com 70%.

Soares também defende que a volta às aulas seja obrigatória para professores e estudantes, exceto para aqueles que apresentarem um atestado de saúde impossibilitando o retorno presencial. A definição sobre a obrigatoriedade será discutida nesta quarta (13) pelo Conselho Estadual de Educação.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.