Os servidores municipais voltaram a pressionar os vereadores pela rejeição do reajuste de 1%

Antonio Archangelo

Completando a manobra anunciada, o PMDB aliado a Du Altimari conseguiu desmembrar projeto de lei que reajustará em 1% os salários dos servidores municipais, na manhã de sábado, 2. Para isso, o projeto inicial foi retirado da pauta e dois outros projetos deram entrada: um estabelecendo o reajuste supracitado e outro aumentando para R$ 280 o valor do vale-alimentação. O projeto que garantirá 10,36% de reajuste aos servidores da Câmara foi aprovado em duas discussões.

Os servidores municipais voltaram a pressionar os vereadores pela rejeição do reajuste de 1%
Os servidores municipais voltaram a pressionar os vereadores pela rejeição do reajuste de 1%

Agora, com prazo final de segunda-feira, 4 de abril, o desafio do PMDB e do PT é conseguir a aprovação do reajuste como quer o Executivo: 1%. A sessão extraordinária fora convocada para este domingo, 3, às 8h. Em caso de aprovação, os projetos voltam para ser analisados em nova extraordinária marcada para a manhã de segunda-feira, 4 de abril.

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Nos bastidores, a justificativa política é que a Reforma Administrativa com a digital de Altimari engessou as finanças municipais. Além de garantir a progressão da carreira e outros benefícios, o conjunto de leis também criou pequenos feudos de poder dentro da administração, ao nomear chefes e gerentes concursados para gerenciar determinadas áreas. Este inclusive foi o tema de crítica feita por uma psicóloga municipal na sessão de sexta-feira, 1º.

De acordo com ela, “os servidores ficaram entre o sindicato e os gerentes que trabalham para o governo, uma massa de servidores espremida, nestes tempos em que virou moda a polarização entre dois grupos”. Para ela, o projeto pleiteado pelo Executivo de 1% vai além do valor financeiro. “A questão não é o 1%, e sim a falta de autoestima dos servidores municipais”, disse ao comentar tal impasse.

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