Peças que compõem o acervo do museu estão guardadas em casarão na Rua 1 (foto arquivo)

Da Redação

Peças que compõem o acervo do museu estão guardadas em casarão na Rua 1 (foto arquivo)
Peças que compõem o acervo do museu estão guardadas em casarão na Rua 1 (foto arquivo)

Rio Claro guarda parte da história da Revolução Constitucionalista de 1932 por meio de artefatos utilizados pelos soldados. Capacete, cantil, granada, morteiro, um sabre, entre outros materiais doados por ex-combatentes e famílias, fazem parte do acervo do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga que atualmente está armazenado num casarão localizado na Rua 1 com a Avenida 2, próximo à antiga Estação Ferroviária.

Além dessas peças, o museu também preserva um livro com a assinatura de todos os voluntários rio-clarenses que participaram da revolução. Também há um relatório impresso na época pela Associação Comercial de Rio Claro com dados sobre o que ocorria no campo de batalha.

Esses objetos contam parte da história vivida pelos heróis rio-clarenses que, juntos com outros soldados, participaram do conflito na frente de combate. Três deles são lembrados com orgulho e tristeza durante as comemorações de 9 de julho, porque perderam a vida em batalha. São jovens da família Marques Teixeira, Brunini e Masulo.

A história da Revolução de 32 também tem fatos curiosos. Uma mulher rio-clarense se vestiu de homem para acompanhar o marido nos campos de combate. No entanto, ela logo foi descoberta, recebeu um vestido e foi enviado de volta a Rio Claro. Outro soldado da frente paulista presente na memória do município é o cidadão Laudomiro Telles, nascido e criado em Rio Claro.

Essas e outras histórias da participação de Rio Claro na Revolução de 1932 podem ser contempladas também por meio de fotos no acervo do Museu Histórico Pedagógico Amador Bueno da Veiga. A esperança é que estas e outras peças estejam novamente disponíveis para apreciação do público após a reconstrução do museu, destruído por um incêndio na madrugada de 21 de junho de 2010.

As obras de restauração começaram em 2011 e ainda estão em andamento. De acordo a prefeitura, a previsão é de que elas sejam concluídas neste segundo semestre.

Além dos artefatos da Revolução de 1932, o casarão da Rua 1 também guarda todo o acervo do museu. São mais dez mil peças como moedas, mobília, quadros, discos, filmes, pedras, estátuas e tantos outros itens que estão catalogados e acomodados à espera de voltarem à exposição. Das dez mil peças do museu, quatro mil são de propriedade do Governo do Estado.

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