Museu Amador Bueno da Veiga tem sala dedicada à Revolução Constitucionalista, aberta à visitação

A Revolução Constitucionalista de 32, relembrada neste feriado paulista de 9 de Julho, tem parte do acervo sob a guarda do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga, em Rio Claro. Na sala dedicada ao movimento, existem peças do armamento, fardas, capacetes, bandeiras e até máquina de costura utilizada pelas voluntárias, mulheres que se dedicaram a colaborar para a revolução, enquanto os homens foram para as trincheiras.

Na Revolução Constitucionalista, Rio Claro teve participação com envio de soldados para o conflito com as forças federais do então presidente da República, Getúlio Vargas. A cidade também chegou a ser alvo de bombardeio devido à localização da ferrovia, que era utilizada para transportar soldados, armas e alimentos.

ATO SOLENE

A Revolução Constitucionalista de 1932 será relembrada nesta quarta-feira (9) em Rio Claro com solenidade às 10 horas na sede da Associação Comercial e Industrial de Rio Claro-Acirc. A participação na homenagem é aberta à comunidade.

A realização do ato cívico é do Clube dos 21 Irmãos Amigos. Tradicionalmente, a solenidade era promovida pela Prefeitura. Na segunda-feira (7), porém, o clube foi informado de que o poder público não realizaria a homenagem.

Segundo o clube, diante da “data de grande relevância para o nosso estado e para o Brasil, decidimos organizar um ato cívico em homenagem ao 09 de Julho”. A Acirc fica na Rua 3, número 1636, esquina com a Avenida 12, no Centro de Rio Claro.

Data Magna

A data do 9 de Julho é considerada magna no Estado de São Paulo por ter marcado o conflito armado entre forças paulistas que tinham por objetivo derrubar o governo de Getúlio Vargas, que havia assumido a presidência do governo provisório nacional após um golpe de Estado decorrente da Revolução de 1930, contra o presidente eleito Júlio Prestes, representante da política paulista. Segundo a Agência Brasil, o dia tornou-se feriado estadual em 1997, com a aprovação da Lei 9.497 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e promulgada pelo ex-governador Mário Covas, que instituiu o 9 de julho como Data Magna de São Paulo. Segundo o historiador Francisco Quartim de Moraes, “o legado concreto de 1932 é a criação de um sentimento de identidade no povo paulista, o que hoje podemos chamar de paulistaneidade”, afirmou.

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