Av. 1, em Rio Claro, passa a ser iluminada com lâmpadas de led

Lâmpadas de led estão sendo instaladas em toda a extensão da Avenida 1, na região central de Rio Claro. A Avenida 1, no passado, era denominada Rua do Comércio e hoje é a principal referência para quem quer se localizar na cidade, já que se constitui no divisor entre os lados par e ímpar.

A substituição das lâmpadas da Avenida 1 está sendo realizada por equipes da concessionária Elektro num termo de cooperação técnica com a prefeitura para o desenvolvimento de ações que objetivam a eficiência energética no parque de iluminação de Rio Claro.

Pela parceria, o município de Rio Claro passará a ter lâmpadas de led em mais de 11% de seu sistema de iluminação pública. A informação foi confirmada pelo prefeito Gustavo, no início desta semana, quando acompanhou parte dos serviços realizados na Avenida 23. “Além da economicidade, a troca das lâmpadas deixará as vias públicas melhor iluminadas e mais seguras”, destacou o prefeito.

Além da Avenida 23 e da Avenida 1, a troca de lâmpadas também será feita nas avenidas 19, 21, 25 e 27, na região sul da cidade. Ainda serão atendidas nesta etapa a Avenida Conde Francisco Matarazzo, Via da Saudade, Avenida Ulysses Guimarães e Avenida Visconde do Rio Claro.

“Ao todo serão substituídas 3.006 lâmpadas de vapor de sódio por lâmpadas do padrão led”, informa o secretário municipal de Serviços Públicos, Ronald Penteado. “Considerando que temos aproximadamente 27 mil pontos de iluminação pública, a substituição será feita em mais de 11% da cidade”, observa Ronald.

Horário eleitoral é relevante e tem papel no debate público, diz cientista político

Então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) tinha apenas 16 segundos por dia no horário eleitoral em 2018. Hoje vice de Lula (PT), Geraldo Alckmin, na época postulante do PSDB, acumulava 11 minutos.

Bolsonaro terminou o primeiro turno com 46% dos votos válidos, e o ex-tucano, em quarto, não chegou a 5%. O resultado, seguido da vitória do agora candidato à reeleição no segundo turno, colocou em xeque a importância do horário eleitoral nas campanhas.

Não para para Sérgio Braga, cientista político, professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e pesquisador associado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital.

“O horário eleitoral e a televisão como um todo são muito relevantes na eleição. Boa parte da população brasileira ainda tem o hábito de assistir TV à noite”, afirma Braga, que defende a manutenção do espaço obrigatório por lei.

O horário eleitoral começara nesta sexta-feira (26) no rádio e na televisão, com dois blocos de 25 minutos cada um. Soma-se a isso 14 minutos de inserções ao longo da programação.

A propaganda no primeiro turno vai até o dia 29 de setembro. No segundo turno, serão mais três semanas, de 7 a 28 de outubro.

PERGUNTA – Com as mídias digitais e a democratização da internet ainda faz sentido ter horário eleitoral obrigatório na TV? Penso que sim. Embora não tenham a mesma importância que antes, penso que recursos de campanha como o horário eleitoral e os debates ainda têm um papel a desempenhar, por vários motivos.
SÉRGIO BRAGA – Em primeiro lugar, porque boa parte da população brasileira ainda tem o hábito de assistir TV à noite, após o trabalho, por exemplo, no intervalo entre o noticiário e as novelas, e ouvir rádio, especialmente quando estão dirigindo no trânsito. Em segundo lugar, porque os conteúdos produzidos são de maior qualidade e credibilidade, podendo ser facilmente replicado pelas redes digitais hoje em dia. É verdade também que com o impacto das tecnologias digitais as fronteiras entre período de campanha e os períodos ‘normais’ foram dissolvidas. Mas as mídias tradicionais ainda desempenham um papel muito importante no debate público.

P. – Como o senhor avalia a relevância desse espaço para a campanha?
SÉRGIO BRAGA – Elas servem para atingir um público que não é conectado às redes, tornando as campanhas mais inclusivas, e também para ‘calibrar’ a produção de conteúdo e as estratégias comunicativas das campanhas eleitorais. Não por acaso, apesar das tecnologias digitais, as elites continuam dando importância ao horário eleitoral, especialmente àqueles políticos que concorrem para cargos majoritários.

P. – Profissionais de marketing político argumentam que a eleição de 2018, onde o candidato quase sem espaço no horário eleitoral venceu o pleito, foi um ponto fora da curva. O senhor concorda?
SB- Concordo em parte. Na verdade, a internet e novas ferramentas de comunicação como a telefonia móvel, por exemplo, têm tido um papel crescente nas eleições e isso só aumenta de campanha para campanha. Além do mais, isso força os políticos a estarem o tempo todo online, envolvendo-se no que chamamos de ‘campanha permanente’. Bolsonaro não foi apenas um ponto fora da curva, embora as eleições de 2018 tenham de fato sido atípicas. Uma evidência disso é que ele [Bolsonaro] mantém grande parcela de seus eleitores. A internet tem um papel fundamental nessa manutenção de popularidade.

P. – A eleição de 2018 ficou marcada como a eleição do WhatsApp, com muita campanha e fake news compartilhadas na plataforma. O senhor vê outra plataforma com potencial para ganhar relevância na eleição?
SB – O YouTube já teve importância nas eleições de 2018. Existem estudos demonstrando que a principal fonte de material compartilhado pelo WhatsApp são vídeos do YouTube, inclusive de empresas de comunicação tradicionais. Como outros candidatos também aprenderam a utilizar a ferramenta, a vantagem competitiva do bolsonarismo nesse espaço se dissolveu um pouco. A bola da vez nessas eleições de 2022, penso eu, serão o Telegram e o TikTok, com amplo uso de impulsionamento pago, dado que o WhatsApp reduziu o alcance do compartilhamento de mensagens, inclusive campanhas de desinformação. Como o TSE também aumentou a fiscalização é provável que a qualidade dos conteúdos compartilhados melhore nessas eleições, pelo menos num período inicial, já que na reta final de campanha muitos candidatos em desespero adotam a estratégia do “vale tudo”.

Centro de ‘reforço’ na educação será implantado em Rio Claro

A Câmara Municipal aprovou em segundo turno o projeto de lei de autoria do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) que cria o Centro Integrado Multidisciplinar ambulatorial de apoio às crianças, adolescentes e adultos da rede municipal de ensino. O texto segue agora para sanção do próprio chefe do Poder Executivo para posteriormente se iniciar o processo de implantação, numa perspectiva de que seja inaugurado em 2023.

Segundo informações, a secretária Valéria Velis já determinou início das intervenções no prédio alugado na Rua 4, na Vila Operária, onde antigamente funcionou a Escola Municipal “Marina Cyrino” (hoje no Cidade Jardim). Trata-se de uma iniciativa intersetorial, mas que será comandada pela Educação, que ficará responsável por professores, psicólogos e assistentes sociais. A Fundação Municipal de Saúde deverá contratar fonoaudiólogos. As pastas do Desenvolvimento Social e da Administração também atuarão.

O vereador Moisés Marques (PP) levantou a necessidade da criação da unidade com a pasta da Educação. Na sessão de votação do projeto no Poder Legislativo, fez encaminhamento favorável à proposta. “É um projeto que vai ajudar a amenizar todo sofrimento de crianças, jovens e adultos da rede. Fizemos várias reuniões com a Valéria e a equipe desde o ano passado. Elaboramos o projeto de lei em parceria com a Educação e o prefeito. A criação do Centro é de extrema importância, principalmente levando em consideração o que as crianças vivenciaram nos últimos dois anos da pandemia”, afirmou.

A equipe será constituída por profissionais que desenvolverão ações voltadas para a qualidade do processo ensino-aprendizagem dos alunos que apresentarem dificuldades e transtornos no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Os encaminhamentos serão realizados pelos profissionais das escolas municipais e avaliados pelos profissionais do Centro, e serão inseridos no serviço ou reencaminhados aos serviços pertinentes à necessidade de cada um.

Política Pública

A implantação do projeto atende a uma demanda antiga do município na formação de políticas públicas para atendimento aos alunos.

Anvisa libera importação de vacina e medicamento contra varíola dos macacos

Folhapress

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a importação de uma vacina contra a varíola dos macacos e do medicamento Tecovirimat, antiviral usado no tratamento da doença. A aprovação ocorreu nesta quinta-feira (25) em decisão unânime da diretoria colegiada.

Nos dois casos, a dispensa temporária de registro tem prazo de seis meses, podendo ser revogada, e vale apenas para o Ministério da Saúde –o que, na prática, impede que empresas privadas importem e comercializem os produtos.

A autorização se aplica à vacina da empresa Bavarian Nordic A/S, fabricada na Dinamarca e na Alemanha. Apesar de ser o mesmo produto, o imunizante é chamado de Jynneos nos Estados Unidos e Imvanex na Europa.

O Ministério da Saúde havia pedido a liberação da vacina à Anvisa na terça-feira (23). Na semana passada, a agência aprovou a norma que prevê a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da varíola dos macacos.

O governo federal comprou 50 mil doses junto à Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) para a vacinação de grupos específicos, como profissionais de saúde que lidam diretamente com o vírus em laboratórios. A expectativa é de que 20 mil doses cheguem ao país em setembro e o restante em outubro.

Segundo a definição da Anvisa, a vacina da Bavarian Nordic deverá ser aplicada apenas em adultos com 18 anos ou mais. O prazo de validade é de 60 meses, quando conservada em condições adequadas.

Já o antiviral Tecovirimat poderá ser usado com concentração de 200 mg no tratamento de adultos e crianças que pesem no mínimo 13 kg. O medicamento é de uso oral.

O Brasil vai receber em um primeiro momento uma doação pequena da Opas, para apenas 50 pessoas.

No começo do mês, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o antiviral será destinado aos pacientes mais graves. “Há pacientes imunossuprimidos, jovens, com lesões em mais de 80% do corpo”, disse na ocasião.

De acordo com o balanço divulgado pelo ministério nesta quinta, o Brasil tem 4.216 casos confirmados de varíola dos macacos e investiga outros 4.858. Na quarta (24), a pasta anunciou o primeiro caso em animal doméstico no país, em Juiz de Fora (MG). Trata-se de um filhote de cachorro de cinco meses.

Floresta Estadual receberá investimento de R$ 3,3 milhões em infraestrutura

A Fundação Florestal, órgão responsável pela gestão da Floresta Estadual ‘Edmundo Navarro de Andrade’, em Rio Claro, confirmou nessa quinta-feira (25) que fará um investimento de R$ 3,3 milhões em obras para recuperação da unidade de conservação. Trata-se de uma articulação realizada em maio deste ano no Governo do Estado de São Paulo junto com a Prefeitura, a Câmara Municipal e o Ministério Público.

Segundo informou à reportagem do Jornal Cidade, a Câmara de Compensação Ambiental aprovou na quarta-feira (24) a liberação do recurso para reparo de água, energia e esgoto, além da reforma e adequações do Solar Navarro de Andrade, do Museu do Eucalipto e do alojamento do antigo Horto Florestal, que há exatos 20 anos se tornou Floresta Estadual.

“O projeto foi desenvolvido pelo setor de Engenharia e Infraestrutura da Fundação Florestal e a escolha do que seria revitalizado teve como base as áreas que mais impactavam o uso público e que estavam fragilizadas. O projeto será licitado nos próximos três meses e deve durar dez meses”, comunicou ao JC a autarquia vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.

Há anos que se espera um investimento de grande porte para a Feena, local turístico que recebe milhares de pessoas anualmente para visitações. No mês de maio, o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), a vereadora Carol Gomes (Cidadania) e o vereador Julinho Lopes (PP) estiveram numa visita técnica com o subsecretário de Meio Ambiente da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Eduardo Trani, o diretor executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, a promotora do Gaema do Ministério Público, Alexandra Facciolli, conselheiros e técnicos da prefeitura, quando discutiram a proposta que agora torna-se realidade.

O prefeito Gustavo firmou há pouco tempo um novo convênio de cooperação entre o poder público municipal com a Fundação Florestal para melhorias a serem implantadas na Feena. “Estamos muito felizes, a partir daí a Floresta passar a ter condições de receber mais eventos, pois hoje há problema de saneamento e se poderá ocupar o espaço com mais conforto”, comenta ao JC, destacando o papel do MP no apoio à tratativa.

A vereadora Carol, que também colaborou com a articulação, declarou que “após essas reformas, abriremos as permissões de uso e concessões para a iniciativa privada investir no local, tornando-o um espaço de referência de turismo ecológico”, disse. Já o vereador Julinho, que é membro do Conselho Consultivo da Feena, complementa que “são investimentos que resgatarão a importância histórica, cultural, ambiental, propiciando o desenvolvimento de projetos ambientais, recreação e lazer, importantes atrativos à população e aos visitantes”.

História

O Horto Florestal, desde 2002 como Floresta Estadual “Edmundo Navarro de Andrade”, foi criado em 1909. Edmundo Navarro de Andrade teve sua residência no horto florestal, fazendo do local centro de diversas pesquisas sobre o eucalipto, onde foram arquivados os resultados de seus trabalhos, dando origem ao Museu do Eucalipto em 1916.

No final do século XIX, havia uma escassez de matéria-prima para manutenção e construção de ferrovias. Com o intuito de suprir a demanda de madeira para dormentes e carvão, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro criou hortos florestais em diversas cidades do interior paulista. Dentre eles, o maior de Rio Claro, criado em 1909, cujo nome foi uma homenagem a Edmundo Navarro de Andrade que, em 1914, trouxe da Austrália 144 espécies de eucalipto para o local.

Ópera Pagliacci se apresenta com as orquestras Filarmônica de RC e Sinfônica de Americana no Ginástico

Acontece hoje no Grupo Ginástico, às 20h, a encenação completa da Ópera Pagliacci, de Ruggero Leoncavallo, com a Orquestra Filarmônica de Rio Claro e Orquestra Sinfônica de Americana.

A obra, que teve sua estreia mundial em 21 de maio de 1892 no Teatro dal Verme em Milão (Itália), viaja pelo interior de São Paulo desde agosto e, desde então, já foi assistida por mais de 12 mil pessoas.

O projeto “A Caminho do Interior” é do Consulado da Itália em São Paulo e do Instituto Italiano de Cultura e vai passar ao todo por 15 cidades em nosso Estado, abrindo espaço para novos artistas e envolvendo as comunidades locais.

A entrada é gratuita, com doação espontânea de 1kg de alimento não perecível, que será doado ao Abrigo São Vicente de Paulo.

Rio Claro tem 11 novos casos de dengue

Rio Claro registrou nesta semana 11 novos casos de dengue e totaliza 348 confirmações da doença neste ano. As informações estão em boletim da Vigilância Epidemiológica, divulgado nesta sexta-feira (26), e que também aponta que não há casos neste ano no município de chikungunya, zika vírus e febre amarela, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A Fundação Municipal de Saúde realiza trabalho preventivo nos bairros do município, que inclui visitas casa a casa, vistorias em pontos estratégicos e nebulização. Porém, este trabalho apenas não é suficiente para combater o mosquito. A comunidade também deve fazer sua parte.

O Aedes aegypti se reproduz em água parada. Por isso é essencial eliminar os recipientes e manter os quintais sempre em ordem, além de descartar corretamente os materiais.

Falecimentos: confira a necrologia de 26/08/2022

Apparecida de Goes Franco – 85 anos. Faleceu dia 25, à 01h30, em Rio Claro. Era viúva de Romildo Franco, deixou a filha Sandra e 1 neto. Foi sepultada no Cemitério São João Batista;

Benedita Ofélia Martins – 70 anos. Faleceu dia 24 em Rio Claro. Deixou os filhos Luiz e Joalison. Foi sepultada no Cemitério São João Batista;

Florentina Astolpho Bortolin – 97 anos. Faleceu dia 24, às 23h55, em Rio Claro. Era viúva de Angelo Bortolin, deixou os filhos José Maria c/c Marili, Maria Aparecida viúva de Darci, Sonia c/c Humberto, Edson c/c Evanilde, 7 netos e 5 bisnetos. Foi sepultada no Cemitério São João Batista;

João Camilo – 52 anos. Faleceu dia 24, às 13h00, em Rio Claro. Deixou viúva Ruth Roberto dos Santos Camilo, a mãe Ernestina Camilo Sobrinho, as filhas Tatiele c/c Leonardo, Mariele, Juliele c/c José Flavio, Rutiele c/c Manoel, e 4 netos. Foi sepultado no Cemitério Santa Terezinha, em Ipeúna;

Ruysdael Battistuzzi – 90 anos. Faleceu dia 24, às 09h50, em Campinas. Deixou viúva Ursulina Magalhães Battistuzzi. Foi sepultado no Cemitério São Joaquim, em Santa Gertrudes;

Frank Rodrigues, da antiga Uniroyal em Rio Claro, morre aos 91 anos

Faleceu nessa quinta-feira (25) aos 91 anos de idade, o empresário Frank Rodrigues. O falecimento ocorreu na cidade de New Smyrna Beach, na Flórida, Estados Unidos, onde estava morando nos últimos anos. Frank foi diretor geral da Uniroyal Química na década de 1970, indústria do setor de produtos químicos o qual ajudou a instalar em Rio Claro naquela época, e assim acabou se mudando para o município.

Segundo informações de amigos próximos de Frank, ele morou na Cidade Azul até o início da década de 1980. Em Rio Claro, fez muitos amigos e passou a integrar a entidade filantrópica do Rotary Club, onde também atuou. Sua esposa, a portuguesa Felismina Rodrigues (im memoriam), também integrava a Associação Das Senhoras dos Rotarianos. Não foi informada a causa da morte. Ele deixa dois filhos em vida e um im memoriam. Nas redes sociais, foram várias as manifestações de pêsames.

Só falas de empresários bolsonaristas sobre golpe não indicam crimes, dizem especialistas

Folhapress/ Angela Pinho

O caráter fechado do grupo de WhatsApp em que se defendeu golpe de Estado é secundário para a análise jurídica da operação policial contra empresários, realizada na terça-feira (23), dizem advogados ouvidos pela Folha de S.Paulo.

Para a maioria deles, as falas dos integrantes do grupo divulgadas até o momento não indicam crime ou incitação ao crime. Se houvesse algum indício nesse sentido, não importaria que tivessem sido ditas em âmbito privado, afirmam.

A operação contra os empresários foi deflagrada na terça-feira (23). A pedido da Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes autorizou buscas, quebra de sigilo bancário e telemático e bloqueio das contas dos investigados nas redes sociais.

Foram alvos da operação Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Sierra, Meyer Nigri, da Tecnisa, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

Nesta quinta-feira (25), a Folha de S.Paulo revelou que a decisão de Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal que tinha como base somente reportagem sobre as conversas. A decisão, no âmbito do inquérito das milícias digitais, não foi divulgada.

As mensagens foram reveladas pelo site Metrópoles.

Em uma delas, o empresário Koury disse preferir um golpe à volta do PT e declarou que “ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil” caso o país vire uma ditadura.

“A mera conjectura não é crime”, diz a criminalista Arianne Câmara Nery, que também é integrante do Pleb – Grupo de Pesquisa dobre Liberdade de Expressão da PUC-Rio.

Para ela, o fato de as mensagens terem circulado em grupo fechado reforça a ausência de incitação à quebra da ordem democrática e aumenta o caráter abusivo da operação.

“A quebra de sigilo implica uma invasão à esfera de privacidade, dá acesso a um número enorme de mensagens. As decisões para justificar busca e apreensão teriam que estar muito bem fundamentadas”, afirma.

Para o advogado e professor de processo penal da Faculdade de Direito da USP Gustavo Badaró, o embasamento da operação com base apenas em uma reportagem seria muito fraco -ele deu a declaração antes de a Folha revelar que foi justamente essa a base do pedido da Polícia Federal.

Para ele, as mensagens trazidas a público, embora lamentáveis, não trazem em si incitação ao crime.

Badaró avalia ainda que o bloqueio das contas bancárias e em redes sociais com base apenas no teor das conversas seria abusivo por não ter a finalidade de ajudar a colher elementos para investigação.

Criminalista e professor da FGV-Direito, Celso Vilardi também condena o teor das mensagens, mas não crê que elas tragam indício da execução de qualquer crime.

“Tem até uma frase que fala de financiamento de campanha, mas, se ela for considerada indício, seria caso para a Justiça Eleitoral, não para o STF”, afirma.

Ele se refere à sugestão de Koury, segundo o Metrópoles, de pagamento de bônus a funcionários que votassem seguindo a indicação dos empresários.

“Sou absolutamente favorável ao posicionamento do Supremo de que a liberdade de expressão encontra limites”, afirma Vilardi. “Se as conversas falassem em organizar ou financiar um golpe, estariam no campo da ilicitude, mas não é o caso pelo que se sabe até agora.”

Os crimes contra as instituições democráticas estão previstos nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal.

O primeiro diz: “Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”.

O segundo diz: “Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”.

Especialista em direito digital, Patricia Peck não entra no mérito sobre a legitimidade da operação, mas avalia que o fato de as afirmações terem sido feitas em um grupo privado de WhatsApp pouco importa.

Ela faz uma analogia com uma casa na qual se saiba que há um sequestro ou tráfico de drogas em curso.

Da mesma forma que não se pode praticar crimes numa casa, o mesmo vale para um grupo de WhatsApp.

Ela cita ainda que já há inclusive decisões judiciais que responsabilizam administradores de grupos por omissão em caso de crimes cometidos em mensagens por outros integrantes.

Para ela, se fosse um grupo muito pequeno, de uso familiar, haveria mais base para argumentar que o uso é doméstico. Mas, como o limite de um grupo de WhatsApp é de até 256 pessoas, a advogada avalia que o argumento de âmbito privado é mais fraco nesse caso.

Acidentes envolvendo caminhões são registrados na Fausto Santomauro

Dois acidentes envolvendo três caminhões foram registrados na Rodovia Fausto Santomauro, a SP-127, que liga a cidade de Rio Claro a Piracicaba, nesta quinta-feira (25). Na primeira ocorrência, o registro foi de uma vítima leve e na segunda, ninguém ficou ferido. As informações são da concessionária responsável pelo trecho.

O primeiro acidente aconteceu às 5h18, no quilômetro cinco + 600 metros e foi um tombamento de carreta, que estaria carregada com fardos de papel. Ainda de acordo com a concessionária, a carga não teria caído do veículo e o mesmo permanecia no canteiro central da pista aguardando o transbordo do material e a seguradora responsável.

Já o segundo foi uma colisão traseira envolvendo uma carreta e um caminhão, às 15h40, na altura do quilômetro 12, também sentido Piracicaba. Uma das faixas ficou interditada e um dos veículos envolvidos no acidente teria se evadido do local.

Em ambas as situações as vítimas envolvidas teriam assinado um termo de recusa de remoção.  

Jornal Cidade RC
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