Poste de iluminação foi removido do centro da praça, o que colabora para a situação de insegurança
A região do Santana agrega várias praças públicas, cuja estrutura oferece condições para o lazer e de socialização à comunidade. No entanto, a falta de manutenção tem afastado frequentadores do espaço localizado na Rua 10, entre Avenidas 28 e 30.
Há anos, a praça enfrenta problemas de iluminação. O poste central foi removido sem substituição. Os que, ainda, estão em pé têm lâmpadas queimadas. Por ser uma área arborizada, torna-se escura e com riscos à vizinha e pedestres no período noturno.
No momento, o local encontra-se com o mato cortado.Ocorre que populares têm despejado lixo, como garrafas e materiais plásticos. Uma das queixas para essa ocorrência é a falta de lixeiras para o descarte correto dos resíduos.
Além disso, para o frequentador Paulo Ferreira, a praça tem recebido cuidados, mas o que preocupa é a permanência de indivíduos suspeitos. “Vários delitos são registrados no Santana, principalmente assaltos a residências e pedestres. Acredito que a praça é outro ponto que tem contribuído para as ações dos marginais. Sem iluminação adequada, os riscos aumentam”, comenta.
A reivindicação é para que o serviço de limpeza e manutenção da praça seja ampliado, bem como melhorias na iluminação e a realização de rondas ostensivas para inibir delitos à noite, já que a área concentra vegetação e árvores de grande porte. Com essas medidas, traria mais frequentadores aquele espaço, principalmente aos finais de semana.
Segundo a Secretaria de Manutenção e Paisagismo, nova limpeza da área será feita em breve. Quanto à iluminação, a Secretaria de Obras tem realizado melhorias, no momento, no Bairro do Estádio e São Benedito. A do Santana está no cronograma.
Protesto reúne multidão na praia de Copacabana – ReproduçãoTV GLOBO
Os brasileiros estão tomando conta das ruas das principais capitais do país na manhã deste domingo (15). A onda de manifestações tem como objetivo protestas contra o governo de Dilma Roussef.
No Rio de Janeiro, cerca de 15 mil pessoas estão aglomeradas na orla da praia de Copacabana, principal cartão-postal carioca. 850 policiais militares participam do esquema de segurança.
Em Brasília, capital do país, organizadores estimam 30 mil manifestantes no ato. Os protestantes estão reunidos na Praça do Museu Nacional.
No estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, a PM estima 20 mil pessoas no protesto. Em Fortaleza, a estimativa da Polícia Militar contabiliza quatro mil pessoas.
Manifestantes se reúnem em Piracicaba (Foto: Denise Amgarten)
No interior de São Paulo, além de Rio Claro, também há protestos em Piracicaba, Campinas, São José do Rio Preto, Valinhos, Franca, Ribeirão Preto, entre outras.
As manifestações também estão acontecendo em cerca de outros 20 estados do país. Brasileiros que vivem no exterior também organizaram protestos.
Assim como milhares de brasileiros em diversas regiões do país, os rio-clarenses também saíram às ruas na manhã deste domingo (15) em protesto contra o governo de Dilma Rousseff.
Manifestantes vestiram suas roupas verde e amarelo e levaram cartazes para exibirem no trajeto que saiu de forma pacífica do Jardim Público, na Rua 3. O ato reuniu quatro mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Não há ocorrência de vandalismo ou violência.
Famílias saíram às ruas de Rio Claro
O protesto foi organizado pelo Grupo Rio Claro “Vem Pra Rua” que convocou a comunidade rio-clarense para participar da mobilização local. O objetivo, segundo o grupo, é “conscientizar sobre a insatisfação em relação à política nacional, desgoverno e contra a corrupção no país”.
Rio-clarenses tomaram conta da Rua 3, no Centro
A manifestação contou com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM). Também foi solicitada ajuda da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, do Corpo de Bombeiros e da Fundação Municipal de Saúde para eventuais necessidades do uso do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).
A equipe de Malha de Rio Claro, campeã do Torneio Início, começa a disputar o Campeonato Intermunicipal
A equipe de Malha de RC, da Secretaria Municipal de Esportes (Seme), conquistou o título de campeã do Torneio Início no último domingo (08), na cidade vizinha de Santa Gertrudes e disputa o Intermunicipal.
O Torneio Início reuniu equipes de sete cidades, além de Rio Claro, a anfitriã Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Araras, Limeira, São João da Boa Vista e Piracicaba. Estas mesmas equipes estiveram na disputara na manhã de domingo (15), às 9h15, da edição do Campeonato Intermunicipal de Malha. As partidas aconteceram no CSU João Redher Neto, no Alto do Santana em Rio Claro, com acesso gratuito para o público interessado.
“A conquista em Santa Gertrudes no Torneio Início, demonstrou que nossa equipe está afiada, que já tem ritmo”, afirma o coordenador do Clube de Malha do CSU João Redher Neto, Pedro Miranda de Mello. Ele disse que as disputas do Campeonato Intermunicipal serão bem acirradas, até porque estará em jogo a classificação para o Campeonato Estadual, que deverá ser realizado no início do segundo semestre de 2015.
No Estadual, o nível da competição é muito alto e cidades tradicionais irão tentar o título. Na região de Campinas, Americana, Sumaré e Nova Odessa têm equipes fortes, o que acontece na região de Ribeirão Preto, com a de Franca.
Plataformas do Grupo JC trarão orientações à comunidade no combate à doença
A partir deste domingo (15), o Grupo JC de Comunicação inicia campanha de conscientização na luta contra a dengue. Por meio de suas plataformas – Jornal Cidade, Jornal Regional, Rádio Excelsior Jovem Pan AM 1.410 e Portal JC -, materias de orientação serão divulgados para que a comunidade tenha as informações necessárias no combate à doença.
Rio Claro, assim como outros municípios, enfrenta epidemia de dengue, que deve se estender até meados de junho. Desta forma, o objetivo do Grupo JC é criar canais de comunicação com a comunidade, para apontar soluções e como evitar focos da doença.
“Sabe-se que 80% dos criadouros estão no interior das residências. Se uma família pega dengue, o vizinho, também, está sujeito. Então, elaboramos um material especial trazendo dicas, orientando e alertando as pessoas para que façam sua parte e, ainda, colaborem com a saúde do amigo, do vizinho e da cidade”, comenta o diretor do Grupo JC, Luís Eduardo Magalhães.
A Excelsior Jovem Pan terá boletins diários orientando sobre cuidados contra a dengue, na programação local. No Jornal Cidade, artes ilustrativas como principal objetivo para reforçar as ações de comunicação social, com foco na educação e mobilização da comunidade.
O Jornal Regional, que circula às sextas-feiras, reforça a campanha. O material em áudio e visual estará, ainda, disponível aqui o Portal JC.
O Rio Claro F.C. marcou seis gols até o momento, mas nenhum foi feito pelos atacantes
Rio Claro F.C. e São Bernardo disputam, neste domingo (15), às 18h30, no estádio 1º de Maio, o ‘jogo de seis’ pontos, pela 10ª rodada do Paulistão.
Adversários diretos na briga contra o rebaixamento, a vitória é tratada por ambos como essencial para seguir com chances de permanecer na elite. O Galo Azul e o Bernô possuem a mesma campanha (2 vitórias, 2 empates e 5 derrotas), somando 8 pontos e estão separados na tabela pelo saldo de gols (-4 a -6), pelos dois gols a mais (chegando a seis) que o Azulão marcou neste estadual. Os times, também, vivem outro incômodo: o Rio Claro F.C. não vence há seis jogos e o time do ABCD Paulista, há cinco.
O jogo marca a estreia de Estavam Soares no comando do Galo Azul e a escalação é uma incógnita, tendo apenas como desfalque o atacante André Luiz, que segue tratando de uma lesão na coxa, já que o zagueiro Luiz Eduardo e o volante Matheus Galdezani cumpriram suspensão na derrota por 1 a 0 para o Red Bull, em casa, e estão à disposição do novo treinador.
“Estamos começando um trabalho e o torcedor pode ter certeza de que vamos trabalhar 24 horas em prol do clube, porque o campeonato chegou num momento em que não pode mais falhar e não há jogo fácil. A prioridade é o trabalho, o dia a dia, treinamento e autoconfiança do grupo e a definição do time. Pelo que eu vi, por meio de informações, tem uma oscilação muito grande, sem manter uma equipe padrão para jogar. Esse campeonato é terrível. Em duas partidas o time saiu do purgatório ao inferno. A partir de agora, é jogo a jogo. Vamos nos dar como satisfeitos quando a primeira fase terminar, seja com classificação, série D ou manter o clube na primeira divisão. Tem que ter entrega. Não tem mais brincadeira nesse resto de campeonato que não dá sequer para piscar, quanto mais dormir”, afirma.
Já o São Bernardo aposta no entrosamento para voltar a vencer e a tendência é que o técnico Edson Boaro repita o mesmo time que perdeu para o Corinthians por 1 a 0. A única dúvida é o meia argentino Cañete, que pode voltar ao time titular.
“O que nos faltou em alguns jogos foi entrar mais na área do adversário e fazer mais jogadas de linha de fundo. Independente de ser um meia, um atacante ou um segundo volante, nós temos que insistir nisso. Ter uma postura mais confiante e invadir a área do adversário”, comenta Boaro.
Ciente do mau momento do time, o goleiro e capitão Daniel falou sobre o confronto. “Nosso campeonato não é contra os grandes. Agora voltaremos para nossa realidade, vamos enfrentar o Rio Claro com o olho na série D, mas principalmente buscando a vitória para nos afastarmos dos últimos lugares. Não vencemos o São Bento por um capricho do futebol. Contra o Corinthians, o resultado mais justo seria o empate. Queremos impor a mesma intensidade para conseguirmos a vitória, mesmo sabendo que não será um jogo fácil”, afirma.
A partida terá transmissão da rádio Excelsior Jovem Pan AM1.410.
TENHA CAUTELA: alguns acidentes podem ser evitados. Para isso, basta observar e respeitar as leis de trânsito. Colabore para um trânsito mais seguro
O trânsito é feito por todos nós, mas alguns preferem ignorar as leis e, por isso, os acidentes ainda continuam. Em Rio Claro, segundo o comandante da Guarda Civil Municipal, Wlademir Walter, a situação não é diferente da do resto do País, mas com um dado que chama a atenção.
“Aqui, cerca de 80% das ocorrências atendidas pela corporação envolvem os motociclistas. Boa parte não respeita a sinalização e avança o sinal de ‘PARE’ e o sinal vermelho dos semáforos”, observa.
Entretanto, ele ressalta que, felizmente, há uma parcela de motociclistas que não pode ser colocada no mesmo ‘balaio’. “É bom deixar claro que, por outro lado, muitos respeitam as regras e jamais cometem irregularidades como passar no sinal vermelho ou trafegar em alta velocidade. Isso é bom, mas, infelizmente, é uma minoria”, acrescenta.
Na última semana, o motorista João Fernandes da Fonseca se envolveu em uma batida no cruzamento da Avenida 11 com a Rua 10, no bairro Boa Morte. Lá, um motociclista avançou a sinalização existente no cruzamento atingindo em cheio sua camionete. “Foi um baita susto, mas apesar da violência do impacto, o rapaz já está em casa ao lado da família se recuperando dos ferimentos”, comenta o homem. Segundo ele, naquela região os acidentes são constantes e geralmente ocorrem por conta da imprudência.
A prefeitura informa que a equipe do departamento municipal de Trânsito substitui, em média, 100 placas por mês. A revitalização da sinalização de solo, também, é feita de maneira constante no Centro, Centro expandido e nos bairros. As substituições são feitas quando as placas estão desgastadas pelo tempo ou são danificadas em virtude de acidentes de trânsito ou por vandalismo. Em 2014 (de janeiro a setembro), foram substituídas 914 placas por desgaste natural, vandalismo ou acidentes que danificaram a sinalização.
Já em 2013, foram substituídas 451 placas por desgaste natural, vandalismo ou acidentes que danificaram a sinalização. Conforme as mesmas informações, a próxima intervenção viária será executada na Rua 6-A com Avenida 50-A. “O projeto para a remodelação e ampliação da rotatória já está pronto, foi discutido e aprovado pela comunidade e as obras deverão ser iniciadas em breve”, finaliza.
Pontos de ônibus com mato e alagados em dias de chuva dificultam a rotina de quem depende do transporte coletivo
O Jornal Cidade tem recebido fotos de leitores que apontam para as condições dos pontos de ônibus de Rio Claro. Na Rua 3, esquina com Avenida 1, Residencial dos Bosques, o mato toma conta do espaço. Já a estrutura instalada na Avenida Francisco Matarazzo, em frente ao centro de compras, fica alagada nos dias de chuva.
Para Alex Carlos dos Santos, as condições do ponto do Residencial dos Bosques oferecem insegurança. “O problema é à noite. Uma pessoa pode se esconder no mato e atacar um passageiro. Além disso, no local, as sete lâmpadas dos postes estão queimadas. É inseguro pegar ônibus ali”, comenta Santos.
Há outros, ainda, sem coberturas. Usuários do transporte coletivo que utilizam a linha Boa Vista tem que enfrentar sol e chuva à espera do ônibus. Acontece que no ponto da Rua Jacutinga, com Avenida 68, não há cobertura. Existe apenas uma estrutura improvisada em concreto, cercada por lixo e sujeira.
A Secretaria de Obras informa que fará a limpeza para desobstruir a rede de galerias, localizada na extensão da Avenida Francisco Matarazzo, em frente ao shopping. “A medida deverá dar vazão à água da chuva que ficou empoçada em um trecho da via”, explica em nota.
Também, reforça que tem feito, gradativamente, a substituição de alguns abrigos, principalmente nos bairros mais distantes da região central. As secretarias de Obras e de Mobilidade Urbana fazem periodicamente a substituição, limpeza e manutenção dos pontos de ônibus instalados no município. O munícipe pode entrar em contato com a Secretaria de Mobilidade Urbana pelo telefone (19) 3522-1919 ou pela linha 156 da prefeitura.
O município tem, aproximadamente, 140 pontos de ônibus com cobertura. Os pontos de ônibus pertencem ao município e são fabricados pela Fábrica de Artefatos de Cimento e Usina de Asfalto (Facua). As secretarias de Obras e de Mobilidade Urbana fazem periodicamente a substituição, limpeza e manutenção desses pontos.
WhatsApp
As fotos da matéria foram enviadas por leitores ao Jornal Cidade via WhatsApp, que disponibiliza o aplicativo de mensagens como um canal de comunicação. Basta adicionar o celular da Redação – (19) 99942-4100 para enviar denúncias e sugestões. Todas as mensagens são respondidas pela equipe do JC.
Foto postada por um internauta nas redes sociais (Imagem: reprodução)
Uma blitz realizada a noite de sábado (14) na Avenida Visconde do Rio Claro deixou motoristas em alerta. O fluxo de veículos na região ficou intenso.
O Detran de São Paulo em Rio Claro em parceria com a Guarda Civil e a Polícia Militar fizeram uma operação para uma campanha de trânsito seguro.
Viaturas e oficiais das corporações ficaram durante horas no trecho da Avenida próximo à Rua 14 e abordaram motoristas para verificar se haviam sinais de embriaguez ao volante.
Nas redes sociais o caso repercutiu e centenas de internautas comentaram sobre o ocorrido e postaram fotos. Alguns usuários afirmaram ter visto um carro do IML no local, o que não foi confirmado.
Mais detalhes sobre essa operação você confere nas páginas do JC.
Mapa do itinerário do protesto em Rio Claro, que terá início às 9h30 no Jardim Público
Milhares de brasileiros prometem sair às ruas neste domingo (15) para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Os organizadores prometem levar às ruas mais de 100 mil pessoas em mais de 200 municípios. Rio Claro também fará parte desses números com manifestação que terá início no Jardim Público.
O protesto está sendo organizado pelo Grupo Rio Claro “Vem Pra Rua” que convoca a comunidade rio-clarense para participar da mobilização local. A concentração terá início às 9h30 no Jardim Público, na Rua 3, em frente a agência do Banco Itaú. O objetivo, segundo o grupo, é “conscientizar sobre a insatisfação em relação à política nacional, desgoverno e contra a corrupção no país”.
Os participantes vão fazer passeata pelas ruas do Centro. O trajeto terá início na Rua 3, em frente ao Jardim Público, e depois seguirá pela Avenida 2, pela Rua 4, Avenida 1 até a Rua 6, sobe a Rua 6 sentido à Avenida 5, contornando a Praça da Liberdade e retornando pela Avenida 3 até a Rua 3, no Jardim Público, onde será encerrado o movimento.
Os organizadores fazem questão de frisar que o “movimento será familiar, apartidário, pacífico e respeitará a ordem pública”. Para garantir que isso aconteça, a manifestação contará com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM). Também foi solicitada ajuda da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, do Corpo de Bombeiros e da Fundação Municipal de Saúde para eventuais necessidades do uso do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).
Bandeiras de partidos e movimentos sociais não serão aceitas. Os organizadores solicitam que os participantes se vistam com as cores da bandeira nacional: azul, amarelo, verde e branco. Eles recomendam ainda que em caso de infiltração de eventuais baderneiros, os manifestantes sentem-se no chão e identifiquem os elementos.
As manifestações anti-Dilma foram organizadas pelas redes sociais e rapidamente ganharam a adesão de milhares de pessoas que “curtiram” os posts e confirmaram presença nas mobilizações. Os principais organizadores são os grupos Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados Online.
Neste sábado, artistas e celebridades divulgaram vídeos apoiando o movimento e convocando a população brasileira para sair às ruas neste domingo (15). Os atores Humberto Martins, Caio Castro, Kadu Moliterno, Marcio Garcia, Malvino Salvador, os cantores Roger Moreira (Ultraje a Rigor), Lobão, o colunista Diogo Mainardi e a atriz Christine Fernandes são alguns dos que publicaram vídeos em apoio aos protestos.
Enquanto isso, a equipe do governo monitora os protestos na internet e tenta descaracterizar o movimento comparando-o a golpe. Na segunda-feira (16), a presidente Dilma Rousseff deverá se reunir com os ministros da cúpula do governo para avaliar os efeitos das manifestações deste domingo (15).
As manifestações contra o governo de Dilma Rousseff tiveram um prelúdio no último dia 8 durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e televisão. Moradores de várias cidades do país saíram às janelas e às ruas e demonstraram seu descontentamento através de protestos com gritos, vaias, bateção de panelas e buzinas. A manifestação foi chamada de “panelaço”.
Depois disso, e diante da mobilização planejada para este domingo, a CUT (Centra Única dos Trabalhadores) organizou uma manifestação pró-Dilma e em defesa da Petrobras. O governo tentou impedir o movimento com medo de um fracasso, mas ele foi realizado em várias cidades brasileiras, inclusive na Avenida Paulista em São paulo (foto abaixo).
Lourenço Favari, Lucas Calore, Marcos Cardoso Junior, Kal Machado e Agnelo Matos durante o programa “Na Roça”
Os convidados do programa “Na Roça”, da Excelsior Jovem Pan AM, discordaram em relação ao motivos que poderiam levar ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Para o petista Agnelo Matos, ex-presidente da Câmara Municipal, grande parte dos juristas apontam a ausência de arcabouço jurídico para um processo de impeachment da governante. “Falta argumento jurídico em relação ao impeachment. Agora em relação às manifestações, somos favoráveis. Esta semana aconteceram manifestações sem nenhum incidente. Desejamos que as manifestações de domingo aconteçam na paz”, argumentou Agnelo Matos, que também apontou índices e programas de governo da presidente visando amenizar as críticas dos ouvintes que pediam, na maioria, a renúncia de Rousseff.
já o tucano Kal Machado, coordenador regional do PSDB na região, se baseou em análise feita pelo jurista Ives Gandra, onde aponta que “a luz deste raciocínio, exclusivamente jurídico, terminei o parecer afirmando haver, independentemente das apurações dos desvios que estão sendo realizadas pela Polícia Federal e Ministério Público (hipótese de dolo), fundamentação jurídica para o pedido de “impeachment” (hipótese de culpa). Não deixei, todavia, de esclarecer que o julgamento do impeachment pelo Congresso é mais político que jurídico, lembrando o caso do Presidente Collor, que afastado da presidência pelo Congresso, foi absolvido pela Suprema Corte”.
Seja contra ou à favor da saída da presidenta, para ambos os participantes, a noção de cidadania tem avançado recentemente. E que protestos como os registrados nos últimos anos sejam frequentes para conduzir a população às decisões políticas do Brasil.
Prefeitos da região falam sobre os efeitos da crise, as manifestações e analisam a atual conjuntura política
Neste fim de semana está marcada para acontecer uma manifestação contrária ao governo e a corrupção, convocando inclusive, entre outras coisas, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A data foi marcada através das redes sociais e a dúvida que acomete a todos, inclusive os políticos partidários, é com relação à participação das pessoas comuns. Diversos endereços em cidades de todo o País foram divulgados pela internet, contudo as opiniões se dividem ainda nas redes sociais entre o que acreditam no fato de que podem comparecer uma infinidade de pessoas, e os que acreditam na organização do evento como um golpe da “elite branca” que quer “disputar um terceiro turno”.
Pensando em trazer o assunto à baila, o Grupo JC ouviu alguns prefeitos da região, inclusive de Rio Claro, para saber o que pensam sobre o novo e ainda desconhecido Brasil, que aflora com os jovens que parecem não se prender a ideologias. Para a Geração Z – que tem a internet não como um privilégio, mas um direito – o impeachment de Collor é apenas uma história arquivada na Wikipédia, diferente do que representou aquele momento, por exemplo, para os caras-pintadas, que têm o processo todo como parte de vida, ou seja, passado.
Muitos dos que reivindicaram contra Collor ocuparam e ou ocupam cargos públicos, mas o que há de diferente entre as atuais manifestações e a ocorrida há pouco mais de vinte anos? O mundo mudou muito durante todo esse tempo, contudo a maneira de externar a indignação para com os ‘mandos e desmandos’ dos governantes parece continuar a mesma, as manifestações. Não obstante, parece que os protestantes encontraram mais um aliado, a internet. Por isso, a incerteza diante desse introito ao novo mundo.
Nenhum dos três entrevistados concorda com o impedimento da presidente e todos têm mais ou menos o mesmo modo de pensar em relação ao tema. O prefeito de Rio Claro, Du Altimari, enfatizou que sempre defendeu e vai defender tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. Altimari acredita que “as manifestações são legítimas desde que praticadas dentro dos princípios do Estado Democrático de Direito”.
Com relação ao impeachment acrescenta: “Acredito que essa solução seria antidemocrática, uma vez que não vejo base legal para o impeachment da presidenta”. Já com relação aos rumos da crise apontou: “Esse momento do Brasil deixa clara a necessidade de uma reforma política. Acredito que o financiamento público de campanha, o fim da reeleição e a adoção de mandatos de cinco anos são vitais para recompor a confiança na classe política do país”.
O prefeito de Analândia, Rogério Ulson, vê as manifestações como um direito da população. “As pessoas têm direito de cobrar e de expor seus pensamentos. A onda de protestos é o sintoma de uma sociedade descontente”, disse. Sobre o impeachment segue na linha de Altimari. “Não acredito que o impeachment possa ajudar o Brasil. Muito pelo contrário. Agravar a crise política que vivemos tende a piorar a crise econômica e institucional”. Para Ulson, o melhor caminho seria a presidente Dilma tentar melhorar o relacionamento com o Congresso e, principalmente, com a sociedade. “Desde os protestos de junho de 2013, que o governo vem perdendo popularidade e enfrentado essa crise. A população descontente cresce cada dia mais porque suas demandas não são compreendidas. O Brasil precisa de uma reforma política que aproxime o cidadão da administração pública”, explica.
Da mesma forma, o prefeito de Santa Gertrudes, Rogério Pascon, vê as manifestações como algo legítimo ‘desde que dentro da ordem pública’. Pascon também não enxerga com bons olhos o impedimento: “Acredito que o impeachment não seria uma boa alternativa nesse momento”. Analisando o cenário atual constata que o problema no País é crônico. “Não é de agora que estamos vivenciando essa situação nos meios políticos. Há alguns anos que vem se formando e se tornando um ciclo, agora a situação está visível. O descontrole das contas públicas federais está notório nos últimos dois anos e isso tinha que acontecer, tínhamos que passar por isso, vejo que ainda vamos passar por momentos difíceis”, finaliza.