Jornal Cidade

Lourenço Favari

Será realizado nesta quinta-feira (20), a partir das 19 horas, na Sechiisland República Corporal, em Rio Claro, mostra de vídeo-performance, com trabalhos do argentino Gabriel Sasiambarrena, e palestra com a artista visual de Campinas, Cecilia Stelini. A entrada é gratuita e o evento é aberto ao público.

Logo depois das exibições, a artista vai abordar a performance-arte enquanto suporte para a produção artística contemporânea. “Ela vai falar sobre a performance-arte e pode utilizar os elementos dos vídeos por se tratar da mesma temática”, explica o curador do evento José Roberto Sechi sobre a dinâmica da atividade.

De acordo com Sechi, a artista campineira é uma das principais figuras da retomada da performance-arte no Brasil, que tem como marco o ano 2000. “A performance teve um primeiro momento na década de 70, com artistas como Paulo Bruscky. Depois a performance-arte ficou meio perdida. Em 2000 teve uma retomada. Desde então, Cecilia realiza um trabalho importante como performer, mas também como organizadora de eventos internacionais de performance. Dentro desse movimento ela é uma das principais figuras”, enfatiza.

Sechi adianta que antes da palestra serão exibidos quatro vídeo-performances do artista argentino Sasiambarrena. “É um evento duplo. Teremos a mostra de vídeos e a palestra”, explica.

STELINI

Cecilia Stelini é formada pela FAAP/SP e teve em seu trabalho inicial forte orientação conceitual que a levou a participar das JAC de Walter Zanini no MAC USP.

Atua como artista experimental produzindo projetos de intervenções artísticas urbanas e performances. É membro-fundadora do Grupo Paralelo de Arte Contemporânea. Em seu ateliê, AT | AL | 609 – lugar de investigações artísticas, ministra cursos voltados para a produção prática, tais como Desenvolvimento de Processos Criativos e Orientação de Projetos.

É também responsável por organizar, no espaço, programas de residência para artistas brasileiros e estrangeiros, cursos e workshops ministrados por outros artistas com assuntos relacionados às artes.

ESPAÇO

A Sechiisland República Corporal, que fica localizada na Avenida M-29, 2.183, no Jardim São João, é um espaço alternativo de pesquisa em arte contemporânea.

Fundada em 2003, mantém a Sechiisland Micro Gallery (galeria de exposições e performances), a Sechiisland International Library (com cerca de seis mil publicações de arte contemporânea), e a Edições 100 (editora responsável há quinze anos pela publicação da revista alternativa Pense Aqui, além de livros alternativos e catálogos). Informações podem ser obtidas no (19) 3524-9629.

Antonio Archangelo

Na manhã de quarta-feira (19),  o Corpo de Bombeiros de Rio Claro foi acionado para combater um incêndio de grandes proporções em um canavial que faz limite com a Fazenda Santa Gertrudes, no município de Santa Gertrudes.

O Corpo de Bombeiros confirmou que mais de 10 hectares foram consumidos pelas chamas.  O incêndio começou em um canavial e teria se espalhado, sendo necessário a intervenção de um avião pulverizador, além de diversos caminhões pipas de cerâmicas da região.

Até as 20h, as chamas ainda não tinham sido controladas, entretanto, de acordo com as informações oficiais,  a situação está sobre controle e não existe risco de as chamas atingirem a propriedade. A suspeita é de ação criminosa.

Moradores demonstraram preocupação com a fumaça avistada do perímetro urbano.

Por volta das 20h, desta quarta-feira (19), o Corpo de Bombeiros de Rio Claro também foi acionado para conter um incêndio, que seria de pequenas proporções, na altura do Km-5, no Distrito de Assistência.

Confira a reportagem completa na edição impressa do JC desta quinta-feira, 20.

Agência Brasil

O total de pessoas empregadas na indústria brasileira caiu 1% em junho deste ano, em comparação a maio. Essa é a sexta queda consecutiva do indicador, que acumula perda de 4,1% no ano, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários (Pimes), divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com junho do ano passado, houve perda de 6,3% dos postos de trabalho. O emprego industrial acumula quedas de 5,2% no ano e de 4,6% no período de 12 meses.

A queda de 6,3% na comparação com junho do ano passado foi provocada por recuos nos 18 ramos de atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-11,8%), máquinas e equipamentos (-8,9%) e alimentos e bebidas (-3%).

O número de horas pagas aos empregados também apresentou queda nas quatro comparações temporais, de 0,6% na comparação com maio deste ano, de 6,3% na comparação com junho de 2014, de 5,8% no acumulado do ano e de 5,3% no acumulado de 12 meses.

Já a folha de pagamento real teve aumento de 1,3% na comparação com maio, mas apresentou quedas nas outras três comparações: com junho de 2014 (-7,1%), acumulado do ano (-6,1%) e acumulado de 12 meses (-4,7%).

Favari Filho

No início do mês de agosto, a prefeitura da Cidade Azul reduziu a carga horária dos funcionários da administração no intuito de diminuir os gastos e conter a crise que toma o País.

A medida, instalada em boa hora, reflete os ajustes que estão tendo de ser tomados em diversos setores da sociedade, inclusive na esfera pública, para manter a economia razoavelmente estável. Porém, qual a expectativa de economia – em termos reais, ou seja, em porcentagem de alívio na receita – com a mudança de horário e redução dos custos com horas extras, energia e materiais, por exemplo?

O Jornal Cidade ouviu o secretário municipal de Economia e Finanças, Japyr de Andrade Pimentel Porto, que estimou que a redução com custo de energia elétrica, que uma das maiores despesas da administração, pode chegar em torno dos 20%.

“Vale ressaltar que esta redução de custos não representa alívio na receita, e sim nas despesas”, elucidou Pimentel. Quanto ao maior montante economizado com a nova medida, o secretário aponta para a manutenção e outros custos “como hora extra, insumos, combustível e materiais de expediente, com aproximadamente 25% de redução”. Com relação ao prazo de duração dos ajustes econômicos implantados, informa que “as medidas são temporárias e válidas até o dia 31 de janeiro de 2016, podendo ser revistas”.

SOBRE O FATO

Quando a medida foi anunciada na segunda quinzena do mês de julho, o chefe do Executivo Du Altimari (PMDB) enfatizou que a decisão minimizaria também os efeitos da crise econômica na Prefeitura Municipal. “Queremos garantir a normalidade nos serviços oferecidos à comunidade, manter o emprego e o pagamento dos salários dos servidores”, afirmou em nota à imprensa.

Já na primeira semana do mês de agosto, o JC ouviu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal, Tu Reginato, que esclareceu que havia uma pequena parcela dos servidores que aceitou bem a nova medida, principalmente aqueles que não realizavam horas extras, contudo a grande maioria, segundo Reginato, saiu prejudicada, porque desfrutava de um padrão de vida diferenciado em decorrência da renda complementar.

Wagner Gonçalves

A história de um príncipe que saiu de seu pequeno planeta para encontrar um amigo. Esta ideia talvez sintetize, de certa forma, um dos clássicos da literatura que rompeu as fronteiras do território francês e ganhou os corações de leitores do mundo todo.

A obra completou 70 anos, em 2013, desde que foi escrito pelo ex-piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, e publicado durante a Segunda Guerra Mundial. Com um discurso em que o amor e, principalmente, a amizade são destacados, o título atrai leitores de todas as idades, os que são ou já foram crianças algum dia.

O sucesso atemporal continua a inspirar artistas e motivou a criação de uma nova versão do filme, que será lançada oficialmente no próximo dia 20 de agosto nas telas dos cinemas brasileiros.

Para se ter noção da grandiosidade, O Pequeno Príncipe é o terceiro livro mais traduzido do mundo, atrás apenas de A Bíblia Sagrada e O Peregrino. O título já foi traduzido para mais de 250 idiomas e continua a encantar com mensagens e as aquarelas, feitas pelo autor, mantidas em todas as edições.

Na França são vendidos atualmente 5 mil exemplares por semana. Além disso, no Brasil, segundo o PublishNews, foi o 9° livro mais vendido em 2014. Nas livrarias de Rio Claro, a versão original é muito procurada para presentear amigos, entes e familiares. “Esse é um clássico que faz sucesso entre crianças e adultos, são poucos os que não conhecem, mas os que já leram, recomendam”, disse a vendedora trainee Alice Picelli.

É possível, ao andar pela loja, ver novas adaptações do livro, como a história contada pela Turma da Mônica, além de jogos e uma versão para colorir, semelhante aos títulos que vêm fazendo sucesso, principalmente entre adultos.

Na ocasião em que foi lançado o caderno para colorir, Johnny Landgraf ficou curioso ao ouvir os comentários. “Como seria possível um livro com mais de 70 anos fazer tanto sucesso assim?”, perguntava a si mesmo. No mesmo dia em que adquiriu a obra original, começou a ler e não conseguia parar.

Ele comenta que o fato de o principezinho cativar as pessoas de todas as idades se dá por algo simples, e justifica com uma das passagens mais famosas: “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. No contexto em que foi escrito, em meio aos embates mundiais e às guerras que resultaram em um exorbitante número de mortos, o autor trouxe uma proposta de mensagem que exaltaria a amizade.

“Isso mostra o quanto o amor e o carinho são importantes”, afirmou Landgraf, destacando o apreço pelas mensagens transmitidas nas entrelinhas da história. Nas aventuras do príncipe viajante é possível perceber a sensibilidade com que se trata o simples fato de cativar as pessoas, criar laços e consolidar amizades, mensagens que se aplicam em qualquer época, e podem ser adaptadas a qualquer que seja a cultura.

Ednéia Silva

A estrada vicinal que liga Rio Claro a Ipeúna, que dá acesso aos bairros Bonsucesso, Bom Retiro e Novo Wenzel, registra tráfego intenso de caminhões com carga pesada. Por causa disso, os veículos precisam reduzir a velocidade quando pegam parte da via com aclive. É nesse momento que crianças e adolescentes de bicicleta seguram na “rabeira” dos caminhões para pegar carona, aumentando o risco de acidentes.

A brincadeira, apesar de perigosa, tem se tornado comum na vicinal. Na última semana, o vereador Juninho da Padaria flagrou três adolescentes pegando “rabeira” em um caminhão que transportava argila. O parlamentar alertou para o risco da prática que já matou um garoto no local. Juninho se refere ao menino de 12 anos que morreu em 17 de novembro do ano passado na vicinal após ser atropelado por um caminhão. O jovem pegava “rabeira” no veículo quando se desequilibrou e caiu sob as rodas.

Além desses, outros tipos de acidente de trânsito são registrados na vicinal, que não tem acostamento e ciclovia. Com isso, pedestres e ciclistas disputam espaço na via com os veículos, aumentando o risco de acidentes. Em janeiro deste ano, um motociclista de 21 anos perdeu a vida ao colidir com um veículo na estrada.

Devido a isso, os moradores da região reivindicam a duplicação da vicinal ou melhorias na segurança do trânsito no local. O assunto já foi discutido nas esferas municipal e estadual, sem que providências fossem tomadas. Questionado sobre a previsão de alguma obra na estrada, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), por meio de sua assessoria de imprensa, informou que as vicinais são de responsabilidade dos municípios.

A prefeitura, por sua vez, alega que “a estrada Antonio S. Pedreira, que liga Rio Claro a Ipeúna, é de responsabilidade do governo estadual, por intermédio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER)”. Em matéria anterior sobre a estrada, a administração municipal disse que já havia feito pedidos ao Governo do Estado para melhorar as condições de segurança no trânsito do local.

Em fevereiro deste ano, moradores do bairro Bonsucesso fizeram uma manifestação de protesto pedindo a duplicação da vicinal. Para que isso aconteça, é preciso realizar estudos para verificar o fluxo de carros na via.