Viaduto que liga dois bairros em Santa Gertrudes é alvo de reclamações

Laura Tesseti

O viaduto Ruy Ribeiro de Almeira, que liga os bairros Jardim Bom Sucesso e Jardim Parque Industrial, em Santa Gertrudes, não agrada à população que diariamente utiliza a passagem. Para os motoristas, a subida é extremamente íngreme e a descida, perigosa.

“A estrutura do pontilhão é ruim, deveriam ter estudado uma maneira melhor de fazê-lo”, falou Marcelo da Silva Melo, morador há 20 anos do bairro Bom Sucesso.

Diversos acidentes já foram registrados no local. Um ônibus com passageiros não conseguiu subir o viaduto, um trator caiu do local, assim como um caminhão carregado de equipamentos.

Desde que foi construído, diversos acidentes já aconteceram no viaduto, caminhões, ônibus e até um trator já caíram do local
Desde que foi construído, diversos acidentes já aconteceram no viaduto, caminhões, ônibus e até um trator já caíram do local

“Muitos acidentes acontecem aqui, sem falar na rotatória feita, que não é uma rotatória, e sim um triângulo, não funciona, é preciso uma reforma”, comentou José Ferreira de Freitas, que mora no Parque Industrial e vende laranjas próximo à subida do viaduto.

O tráfego de veículos é intenso, o que deixa o local ainda mais perigoso. Mas a tarefa é ainda mais árdua para quem precisa subir ou descer a pé ou de bicicleta. A Redação do JC esteve no local e conversou com alguns pedestres, que reclamaram da falta de estrutura e do cansaço causado pelo trajeto.

A situação da calçada que contorna o Viaduto Ruy Ribeiro de Almeida não é das melhores, não apresenta muitas deformidades, mas a falta de um corrimão ou qualquer contenção torna o local extremamente perigoso, principalmente para crianças e idosos.

“É muito ruim passar por aqui, ficamos cansados, mas precisamos, pois é o acesso de um bairro ao outro, então temos que enfrentar e tomar bastante cuidado”, disse uma moradora que estava no local.

Alguns pedestres e ciclistas arriscam-se pela linha do trem, que passa embaixo do viaduto. “Fazem isso pois cansa menos”, finaliza o vendedor de laranjas.

A grande maioria dos vereadores pediu ao prefeito municipal melhorias no local, como calçamento adequado e também uma contenção para que nenhum acidente mais aconteça no trecho.

Segundo moradores, a calçada foi reformada e esse problema resolvido, mas o fato de ainda ser muito perigoso para pedestres e ciclistas passarem pelo local ainda não foi solucionado.

Falta de material reciclável prejudica trabalho de cooperativa em Rio Claro

Laura Tesseti

A falta de material reciclável está prejudicando, há pouco mais de um mês, a vida dos trabalhadores da cooperativa Cooperviva em Rio Claro. Segundo a própria cooperativa, uma série de fatores está contribuindo negativamente para a queda do material, mas o principal deles é a rapidez com que os caminhões coletam os recicláveis pelos bairros.

“Os caminhões estão passando rápido pelos bairros, muitas vezes as pessoas ainda não colocaram o material para fora e, quando colocam, o pessoal da recolha já passou”, explica Inair Francisca da Rocha Marcelino, presidente da Cooperviva.

Outro ponto abordado é o horário de trabalho dos caminhões. De acordo com a presidente da cooperativa, os caminhões, contratados pela Prefeitura Municipal para apoiar a instituição, deveriam trabalhar das 7 às 16h45, mas isso não vem acontecendo.

Espaços vazios mostram a falta de materiais que se destinariam ao trabalho dos cooperados
Espaços vazios mostram a falta de materiais que se destinariam ao trabalho dos cooperados

“Infelizmente a recolha está sendo feita com muita rapidez, então os caminhões acabam ficando apenas meio período na rua. O pouco material que chega para nós é na parte da manhã, apenas”, conta.

Os cooperados explicam que a intenção não é prejudicar quem realiza o trabalho, mas que ele seja feito com competência, pois as 42 pessoas que ali trabalham dependem disso para poder sustentar suas famílias.

“Precisamos do material e precisamos de uma recolha eficiente, que nos traga os recicláveis. Tiramos nosso sustento daqui e também colaboramos com o meio ambiente, dando um destino muito melhor ao material reciclável”, pondera Inair.

Mas mudanças acontecerão. A partir do dia 1° de setembro, os catadores da própria cooperativa irão, juntamente com os caminhões, realizar a recolha do material, com mais tempo nos bairros, para que mais recicláveis cheguem até a Cooperviva.

“A coleta continuará acontecendo do mesmo jeito, os caminhões vão passar pelos bairros e iremos pegar os materiais que estiverem na frente das casas, faremos isso para que possamos passar mais tempo nos bairros e para termos a certeza de que tudo foi devidamente recolhido, assim o material chegará para nós e poderemos trabalhar e ganhar nosso sustento”, fala a responsável pela presidência da instituição.

Além da coleta nos bairros, a população pode deixar o material reciclável nos ecopontos espalhados pela cidade de Rio Claro, que a recolha também acontece e é encaminhada à cooperativa.

Inair fala que a Cooperviva recebe todo tipo de material reaproveitável. “Todo tipo de plástico, jornal, papelão, garrafas pet de qualquer tamanho, alumínio, caixas de leite, vidros, recebemos e reaproveitamos tudo isso, só não pegamos nenhum tipo de lâmpada e nem madeira, pois não temos como reaproveitar por aqui.”

Questionada sobre a Cooperviva, a Prefeitura Municipal de Rio Claro informou que a cooperativa de recicláveis é independente, mas recebe apoio, que o aluguel dos caminhões e motoristas utilizados na execução do serviço são pagos pelo órgão público, além disso a cessão da área onde está instalada a cooperativa também foi feita pela prefeitura. A área tem quase sete mil metros quadrados e poderá ser utilizada por 30 anos renováveis por mais 30 anos.

“A participação de todos é muito importante para nós”, finaliza a presidente.

O contato com a Cooperviva pode ser feito por meio do (19) 3536-5024, pelo e-mail [email protected], pela página no Facebook Cooperviva ou na sede da cooperativa, na Rua Meridian, sem número, no Distrito Industrial.

Américo Valdanha e Peres se unem para compor novo Partido da República em Rio Claro

Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa

O ex-diretor da Secretaria Municipal de Esportes, Américo Valdanha Neto, e o diretor da Fundação Ulysses Guimarães, Marco Peres, se uniram para formar a nova comissão provisória do Partido da República. Américo é oriundo do Partido Comunista do Brasil; já Peres era interventor do Partido Humanista da Solidariedade, o PHS.

A aproximação indica que Américo deve ser pré-candidato a prefeito pela sigla, apesar de, aparentemente, fazerem parte do bloco governista que apoia o prefeito Du Altimari (PMDB).

Certidão de composição partidária disponibilizada pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Certidão de composição partidária disponibilizada pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

O Partido da República, pela estimativa de tempo de televisão, já que possuía no início do ano 35 deputados federais, sendo a 7ª força do Congresso à frente do DEM, PTB, PDT, entre outros, era alvo de uma forte disputa nos bastidores.

Aliados do deputado Aldo Demarchi (DEM), além do presidente local do PRP, André Miranda, e do líder comunitário e chefe da portaria da Câmara Municipal, Edson Locatelli, disputavam o comando o partido.

COMISSÃO PROVISÓRIA

De acordo com o TSE, a Comissão Provisória do partido em Rio Claro teve vigência iniciada no dia 25/08 e por tempo indeterminado. Além de Marco Peres – presidente; Américo Valdanha – vice-presidente; compõem a Comissão: Tayná de Azevedo (tesoureira); Paulo Sérgio Demarchi (secretário); Athie José Fuzaro (membro); e Iuri David Antonio (membro).

PR

O partido criado em 2006 nasceu após a fusão que uniu o Partido Liberal e o PRONA (Partido de Reedificação da Ordem Nacional) do caricato candidato a presidente Enéas Carneiro (in memoriam).

Pelo Estado de São Paulo, foram eleitos deputados federais Capitão Augusto; Márcio Alvino; Miguel Lombardi; Milton Monti e Paulo Freire; além do grande puxador de votos: Tiririca.

Grupo de Teatro Pingo d’Água homenageia o Poeta do Sertão

Vivian Guilherme

Foi no início dos anos 40 que todo o interior de São Paulo enfrentou uma grave seca, com preocupante falta de água. A situação em muito se assemelha à encontrada hoje em muitas cidades do Estado, sobretudo Cordeirópolis. O município continua com racionamento do precioso líquido desde o ano passado.

Há 75 anos, histórias contam que quem trouxe a chuva para o interior foi João Pacífico, o músico e poeta cordeiropolense passou a ser considerado “milagreiro” depois de cantar a música ‘Pingo d’Água’ na Rádio Record. A composição de 1944 versa: “Eu fiz promessa/ Pra que Deus mandasse chuva/ Pra crescê a minha roça/ E vingá a criação”.

Grupo de Teatro Pingo d’Água, que em seu nome homenageia o cordeiropolense João Pacífico, comemora 10 anos de fundação com o espetáculo musical “Pacífico na Terra como no Céu”
Grupo de Teatro Pingo d’Água, que em seu nome homenageia o cordeiropolense João Pacífico, comemora 10 anos de fundação com o espetáculo musical “Pacífico na Terra como no Céu”

De fato, Cordeirópolis tem precisado – e muito – dos feitos milagrosos de seu filho ilustre. Enquanto clama por muita chuva para recuperar seus reservatórios, o município cede espaço a quem, com muito amor, faz manter viva a memória de João Pacífico.

O grupo de Teatro Pingo d’Água, que leva o nome não em vão, desde 2005 faz justas homenagens ao poeta do sertão. Neste mês de agosto, deu início a mais um espetáculo sobre o músico, intitulado “Pacífico na Terra como no céu”, com direção do conceituado diretor Roberto Vignati.

A montagem é um musical com 35 canções incluindo composições inéditas, especialmente compostas por Emanuel Massaro em cima de poemas de Pacífico. São 13 composições inéditas que, em breve, devem compor um CD. Vignati explica que foram escolhidas músicas praticamente desconhecidas do grande público. “A ideia é mostrar canções que não fizeram sucesso e até questionar o porquê de não terem feito sucesso”, comenta o diretor, que lembra que Pacífico tem composições em diversos estilos e não somente música raiz, como choro e bolero.

As apresentações começaram no dia 14 de agosto e terminam no dia 12 de setembro, na Subestação Cultura de Cordeirópolis João Pacífico. As sessões acontecem sempre às sextas e sábados, a partir das 20h30. Os ingressos custam R$ 20 e as entradas antecipadas R$ 10. Mais informações e ingressos pelo 99652-7306.

Mudança no transporte coletivo amplia horário de atendimento no terminal

Wagner Gonçalves

A tendência de muitas companhias de transporte coletivo tem sido a de contar apenas com motoristas para conduzir passageiros. Em muitos casos, assim como em Rio Claro, os condutores são os que recebem o valor da tarifa e liberam a catraca. No município, está em andamento a troca dos cobradores por validadores eletrônicos.

Emerson Roberto de Lima, que costuma usar o ônibus poucas vezes, diz já ter visto alguns motoristas que recebem a tarifa nos veículos que não têm cobradores. “É algo perigoso, creio que, com esse novo formato, as coisas possam melhorar”, comentou, dizendo que sua mulher utiliza com mais frequência e, como paga em dinheiro, poderá ver vantagem na prática.

Na próxima semana, os usuários do transporte coletivo contarão com horário estendido na central da empresa de ônibus
Na próxima semana, os usuários do transporte coletivo contarão com horário estendido na central da empresa de ônibus

Durante o mês de agosto, a empresa responsável pelo transporte coletivo do município de Rio Claro vem efetuando mudanças no sistema de cobrança dos passageiros. A empresa Rápido São Paulo já começou a colocar em operação alguns veículos sem cobradores, em período de teste, para verificar a demanda de usuários por linha.

Atualmente os ônibus possuem catracas com validador eletrônico, mas ainda há os auxiliares de viagem que têm por função receber o valor das tarifas em dinheiro ou mesmo para liberar a passagem após o pagamento.

A partir do novo formato, haverá autonomia do passageiro ao pagar com o passe eletrônico. O prazo inicial para a entrega era até o fim de agosto, mas, devido a um atraso da empresa que fornece os validadores, a Rápido São Paulo informou que a troca começará a ser feita na primeira quinzena de setembro e a conclusão até o fim do referido mês.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Rio Claro, Waldemar Neuton da Silva, este é um caminho sem volta no que diz respeito à aplicação dos validadores. “Este é um reflexo da modernização dos sistemas, via esta que a maioria das empresas está tomando”, comenta o presidente, dizendo que o maior problema seria o fechamento dos postos de trabalho.

VENDAS AVULSAS E HORÁRIO ESTENDIDO

“Torcemos para que isso não ocorra”, destacou, informando, no entanto, que os atuais cobradores estão em processo de realocação de função. Conforme a gerência operacional da Rápido São Paulo, os cobradores serão transferidos para função de orientadores e vendedores de créditos, seja no terminal central ou nos pontos finais, onde haverá as vendas avulsas de créditos.

As vendas serão feitas, além de no terminal, em dos postos credenciados nos bairros, contando com mais de 200 estabelecimentos, como pontos comerciais e bancas de jornal. “Também será vendido o bilhete unitário com um crédito somente, sem custo do cartão, sendo que, quando o usuário passar pela catraca, o validador reterá o cartão unitário”, informou a nota da empresa de transportes.

O horário de funcionamento do terminal central será ampliado, a partir do dia 1º de setembro, passando a atender das 7h15 às 22h, de segunda a sábado, e aos domingos e feriados das 8h às 16h.

Praça no Santa Cruz reúne população e boa música

Laura Tesseti

A praça vereador Sylvio Cassavia Filho, localizada na Rua 14, entre as avenidas 12 e 14, no bairro Santa Cruz, é há pouco mais de um ano um novo ponto de encontro para rio-clarenses que gostam de aproveitar uma boa música todo domingo de manhã.

Duplas sertanejas e outros artistas costumam animar o local e a comunidade aproveita para curtir uma boa música. “A praça fica cheia de gente, as músicas são boas e deixam o bairro ainda mais gostoso de morar”, comentou um morador da região.

Bandeirinhas ainda decoram a praça após festa de um ano dos shows que acontecem aos domingos
Bandeirinhas ainda decoram a praça após festa de um ano dos shows que acontecem aos domingos

Há cerca de três semanas, os shows realizados durante as manhãs de domingo completaram um ano e uma festa foi feita na praça, com bandeirinhas, comes e bebes, tudo cedido pelo comércio do entorno. As bandeiras que foram espalhadas pelas árvores ainda marcam presença no local e deixam tudo mais colorido.

Mesmo estando ao lado de uma via bastante movimentada, que é a Rua 14, a praça é conservada e os moradores costumam passar as tardes sentados nos bancos, debaixo de grandes árvores, aproveitando a sombre e colocando a conversa em dia.

Um ponto negativo do local são algumas pessoas que ficam nos semáforos pedindo dinheiro. A atitude incomoda a população muitas vezes. “É ruim, sabemos que eles não vão fazer mal, mas muitos idosos e mães com crianças ficam com medo de utilizar a praça como local de recreação, pois muitas vezes os pedintes estão por ali”, explicou um comerciante.

Outro ponto negativo visto pelos frequentadores da praça é a sujeira na grama. Em visita ao local, a reportagem do JC pôde observar algumas embalagens descartadas no chão, mesmo havendo lixeiras no local.

Avenida sem acostamento com carros em alta velocidade assusta moradores

Wagner Gonçalves

A via que divide os bairros Mãe Preta e Vila Industrial vem sendo criticada por moradores dos arredores, sob a justificativa do perigo que se enfrenta no simples ato de atravessá-la. A Avenida dos Estudantes possui curvas sinuosas, além da ausência de acostamentos para carros ou calçamento para pedestres.

Charlene Marques de Brito Vieira, moradora do Bairro Mãe Preta, vinha caminhando pelas beiradas da via, para evitar o perigo de ser surpreendida por um carro, antes de conversar com a reportagem do JC. “Sempre caminho por aqui, para não ser atropelada, acabo andando no mato, pois os carros passam beirando e não tem espaço”, contou.

Dara Cristina da Silva e Thaís Helena Cardoso tentam atravessar a via, mesmo com a faixa de pedestres quase apagada
Dara Cristina da Silva e Thaís Helena Cardoso tentam atravessar a via, mesmo com a faixa de pedestres quase apagada

Um pouco mais próximo a uma escola naquelas proximidades, Dara Cristina da Silva tentava atravessar a rua com filho e contou sobre o dilema diário: “não tem por onde os pedestres passarem, ou é pelo mato com bichos, machucando o pé ou pela rua”.

Ao seu lado, Taís Helena Cardoso diz que é inevitável utilizar o caminho para ir ao médico ou à escola, e por isso pede por melhorias. Ela diz que, “no horário de almoço, o movimento é ainda mais intenso e, por isso, muito perigoso para as crianças”.

Na direção da escada, há uma faixa de pedestres, em que as duas estavam tentando atravessar. O morador Daniel Aparecido Dionísio destacou ser um perigo, pois muitos não respeitam a sinalização. “Apesar do Pare, muitos passam correndo e causam acidentes”, disse Dionísio. Outro morador, Rubens Valdir Scopin, disse ser preciso criar mecanismos para controlar a velocidade, como lombadas ou radares.

Em nota, a Secretaria de Mobilidade Urbana e Sistema Viário informou que mantém as vias devidamente sinalizadas, inclusive com fiscalização eletrônica para aumentar a segurança no trânsito.

Conforme a prefeitura, existe a contínua fiscalização e, em cumprimento à lei que obriga a construção e manutenção de calçadas na área urbana, informou que fará a verificação da situação do local citado. Quanto ao mato, a Secretaria de Manutenção e Paisagismo realiza corte e limpeza periódicos em toda a cidade.

A secretaria informa que os serviços de reforço da pintura das faixas de pedestres são realizados anualmente ou, quando necessário, em intervalos mais curtos.

VÍDEO – Seu bairro no JC: Batovi

Vivian Guilherme

Rio Claro possui cinco distritos, um deles é Batovi. Historicamente conhecido por Batovy, o pequeno distrito fica no extremo oeste do município. Seu povoado começou a se formar em torno da pequena estação ferroviária, que segue como um ponto de referência no local e hoje abriga a subprefeitura.

Localizado no extremo oeste do município, o Distrito de Batovi ainda apresenta alguns resquícios dos tempos áureos da ferrovia
Localizado no extremo oeste do município, o Distrito de Batovi ainda apresenta alguns resquícios dos tempos áureos da ferrovia

São poucas ruas e poucos moradores no distrito que tem ainda uma escola – a E. M. Prof. Dennizard França Machado, um posto dos Correios e um Centro Comunitário. Ponto de referência no local é uma pequena estação ferroviária que mantém algumas de suas antigas características.

Lenice Francisco, que mora no distrito há 44 anos, diz que gosta muito de morar no local, mas se queixa de maior assistência nos serviços relacionados à saúde. “Eu sinto falta de um postinho de saúde, de uma farmácia, que facilitaria bastante”, comenta a moradora.

João Pereira, um dos mais antigos moradores, reside ali há 63 anos e não esconde sua paixão pelo distrito. “Eu gosto de ver as crianças da escola brincarem ali na estação, acho muito bonito”, diz o aposentado.

Clique para ampliar:

Entretanto, ele se queixa das vias que dão acesso ao distrito. “Está precisando melhorar a ponte, pois há três anos está naquela situação. Aquele caminho pelo Rio Corumbataí é mais perto para chegar à cidade e não dá pra passar por ali não”, observa, reclamando também da falta de limpeza nas ruas de Batovi.

De forma geral, os moradores também reclamam do asfaltamento, que está bastante precário, em boa parte pelo excesso de caminhões que transitam no local.

VÍDEO: Antonio Corrêa é símbolo da taxidermia

Vivian Guilherme

É com muita atenção que o biólogo Antonio Corrêa Filho atende à porta e recepciona a reportagem do JC em sua residência. Aparentemente uma casa normal, o lar do senhor Corrêa está longe de ser convencional.

Logo na sala de entrada há uma onça e uma lagosta. No escritório, um leão, uma coruja, um tucano, araras e muitos pássaros. Em outra sala há um aquário seco, uma parede repleta de peixes, polvos etc.

Ao longo de seus 85 anos, Corrêa dedicou quase 60 deles à ciência da taxidermia. Piracicabano, mas morador da Cidade Azul e rio-clarense de coração, o biólogo é referência mundial no assunto.

Conhecida por poucos, a taxidermia é a arte de preparar animais mortos utilizando técnicas especiais. A despeito do que pensam os defensores dos animais, a taxidermia obedece às leis naturais e não sacrifica os bichos, pelo contrário, trabalha com animais que já morreram.

Com sua técnica, Antonio Corrêa Filho aprendeu a “construir” animais, como o tiranossauro pendurado em sua parede
Com sua técnica, Antonio Corrêa Filho aprendeu a “construir” animais, como o tiranossauro pendurado em sua parede

Corrêa exemplifica mostrando exemplares de animais que morreram em zoológicos e são encaminhados para que ele faça o tratamento e que possam ser estudados. “Essa onça, por exemplo, morreu no parto”, relata o estudioso mostrando a cabeça de um bicho pendurado na parede do escritório.

Apaixonado pela arte, o biólogo lembra que pessoas de vários cantos do país o procuram para aprender as técnicas ou para pedirem o embalsamento de algum animal. Segundo calcula, já embalsamou mais de duas mil cabeças de boi.

Autodidata, Corrêa se interessou pela profissão ainda pequeno, quando seu pai trabalhava como guarda no Museu da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo. “Eu via tudo aquilo e achava muito interessante, também queria fazer e então comecei”, revela.

Suas técnicas foram compiladas em um livro, “As Técnicas Modernas de Taxidermia”, referência para qualquer pesquisador no mundo. Com tiragem esgotada, o livro foi traduzido também para o espanhol e distribuído por toda a América Latina.

Clique para ampliar:

“Fui convidado a vir para a Unesp em Rio Claro e permaneci um tempo até o doutor Zeferino Vaz dar uma aula inaugural aqui e ficar bastante interessado em saber quem montava aqueles esqueletos que eram tão brancos. Ele pediu para que eu fizesse um esqueleto humano e me mandou os 112 ossos. Eu montei e mandei. Ele ficou vibrando”, relata o professor que diz que logo após o reconhecido médico o convidou para trabalhar e participar da fundação da Universidade de Brasília (UNB).

Com muitos anos de trabalho na UNB, Corrêa retornou para São Paulo na década de 60, novamente a pedido de Vaz, para lecionar taxidermia na Unicamp. Em sua trajetória, colaborou com a criação de um guia de aves e até deu nome a um inseto.

“Eu fui o primeiro a pegar este inseto, ele não estava classificado, a família não era conhecida. Como meu nome é Corrêa, passou para o latim e ficou Coreidae. Fizeram uma homenagem para mim”, revela mostrando a imagem de um dos insetos da Família Coreidae, o percevejo-do-maracujá.

Judocas se destacam em Campeonato Paulista

Vivian Guilherme

Judocas 2

Foi com muita alegria que três atletas rio-clarenses subiram ao pódio na primeira fase do Campeonato Paulista de Judô, no último dia 1º de agosto. Os judocas João Victor Justino, Vitória Aparecida Dias, Julia Aparecida Gonzaga e Patrícia Baungartner Diniz conquistaram medalhas e foram classificados para a segunda fase do Campeonato, que ocorreu no dia 15 de agosto, no município de Amparo.

Na primeira fase participaram sete atletas da cidade, nas categorias sub-11, sub-13 e sênior. No sub-11: Pedro Barcelos Vazzoler (meio-pesado); no sub-13: Vitória Aparecida Dias (médio), Julia Aparecida Gonzaga (leve), João Victor Justino (meio-pesado), Eduardo Henrique Barcelos Vazzoler (meio-pesado), Matheus Felipe de Freitas Carvalho (pesado); no sênior: a professora e atleta Patrícia Baungartner Diniz (meio-médio).

Dos atletas que conquistaram medalhas, João Victor, que treina no polo “Uadi Mubarac”, ficou com o bronze, assim como Vitória e Julia, que treinam no Mãe Preta, também com o bronze. A professora Patrícia ficou com a prata.

Patrícia comenta que, em virtude da não participação na segunda fase, agora os atletas devem somente participar de amistosos, já que o Campeonato Paulista é o único realizado agora neste segundo semestre. Entretanto, ressalta que auxílio de qualquer tipo é bem-vindo, pois as disputas trazem custos aos atletas. Interessados em auxiliar os judocas podem entrar em contato na academia do Mãe Preta.

Alunos do projeto de judô da associação ACBD Rio Claro/SEME conquistaram medalhas no Campeonato Paulista de Judô
Alunos do projeto de judô da associação ACBD Rio Claro/SEME conquistaram medalhas no Campeonato Paulista de Judô

Não conheço pesquisa que aponte que os jovens estão mais violentos, diz professora

Antonio Archangelo

Em visita ao Brasil para desempenhar atividades acadêmicas junto ao Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro em relação ao desenvolvimento de um projeto com o grupo de pesquisa “Educação, jovens e violência”, a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Cambridge, Hilary Cremin, visitou na última semana o Jornal Cidade, junto com a professora do Departamento de Educação da Unesp de Rio Claro, Joyce Adam. Confira a entrevista:

Hilary ao centro ao lado da professora Joyce Adam. Ednéia Silva e Matheus Pezzotti (como intérprete) participaram da entrevista
Hilary ao centro ao lado da professora Joyce Adam. Ednéia Silva e Matheus Pezzotti (como intérprete) participaram da entrevista

JC – Como se iniciou o projeto, esta espécie de intercâmbio Brasil/Inglaterra?

Joyce – Em 2014, fizemos um projeto conjunto, e fomos conhecer o trabalho dela. Com a possibilidade de fazer esta parceria. Apresentamos edital para a reitoria da UNESP, que deu recurso para desenvolver o trabalho. Hilary, alunos de doutorados e professores que irão para lá. Em novembro, faremos um seminário em Cambridge, em Liverpool.

JC – A pesquisa acontece em Rio Claro?

Joyce – Estamos fazendo uma pesquisa na Escola Januário Pezzotti, estamos utilizando a metodologia do Visual Voice. E vamos levantar os tipos de conflitos no ambiente escolar e como eles são abordados pelos alunos e pelos professores.

Esta abordagem já existia, Paulo Freire, que também trabalha com imagens. Estamos utilizando o instrumental “I peace”, elaborado.

JC – O que é violência escolar?

Hilary – Esta questão é subjetiva, tem que se trabalhar com estes dados que estamos colhendo. Precisamos saber o que é violência. Ou seja, depende da relação dos alunos com alunos, alunos com professores. Percebe-se que não têm muitos relatos de violência do professor para com o aluno. Juntando todos os aspectos sociais. Muitas vezes, estamos compreendendo a violência, se concentramos na violência que está acontecendo entre alunos com alunos, alunos com professores. Esquecemos da violência de professores com alunos. Um tipo de violência estrutural. Uma discriminação cultural bem forte.

JC – As crianças e os jovens estão mais violentos hoje em dia?

Hilary – Não conheço pesquisas acadêmicas que tenham concluído que as crianças e os jovens estão mais violentos. O que acontece é que a sociedade está mais preocupada. Na Inglaterra, por exemplo, os dados estão mostrando que os crimes violentos entre os jovens estão caindo. Os jovens estão ficando mais tempo em suas casas, por causa do computador. E, muitas vezes, consomem álcool dentro das residências.

JC – Mas muitos autores questionam o papel das redes sociais. O que pensa sobre isso?

Hilary – É uma questão diferente. As ferramentas do bullying, no ambiente virtual, são diferentes, mas o problema continua. É importante que não demonizemos as redes sociais, temos que reconhecer que elas possuem um papel importante de mobilização social.

JC – Em suas pesquisas, existe um conceito de ensinar a mediação como uma forma de resolver conflitos de forma racional. É isso?

Hilary – Hoje estivemos num curso com professoras mediadoras de escolas estaduais. Assim como as escolas estão alfabetizando, estamos precisando alfabetizar a comunidade escolar na questão de resolução de conflitos. É muito importante que as escolas compreendam que abordagem punitiva é importante às vezes. Porém em diferentes tipos de contexto de conflitos é melhor ter uma abordagem da justiça restaurativa. As pessoas mesmas constroem a resolução deste conflito. Em geral, o papel do professor, nestes casos, é identificar qual é o tipo de conflito. Os professores possuem a tendência de aplicar castigos, eles precisam identificar qual ferramenta utilizar para cada contexto.

JC – Existe uma tendência de se aplicar a estratégia de humilhar quando o conflito aparece?

Hilary – Esta estratégia perpetua a violência. Pode parar por um momento e vai explodir em outro momento, em outro lugar. Estamos somente reproduzindo violência. Tenho conhecido professores bem legais no Brasil. Só pelo castigo, só reproduziremos violência.

Estrada na Zona Norte requer melhorias

Vivian Guilherme

São apenas 2,8 quilômetros que ligam o final da Rua 6 à Rodovia Wilson Finardi (SP-191), mais especificamente ao km 71. Este pequeno trecho é conhecido como Estrada Velha de Brotas. O percurso pode não ser longo, entretanto as dificuldades encontradas no trajeto tornam a viagem complicada e, acima de tudo, perigosa.

Bastante utilizada como retorno pelos motoristas que trafegam pela SP-191, a via, além de não contar com asfalto, apresenta outros problemas. Antonio Sabino, que mora na zona norte do município, costuma passar pela estrada para ir a Ipeúna e reclama não somente da falta de asfalto. “É um lugar perigoso, com pouca iluminação e, quando chove, não dá para andar ali não”, comenta.

Trecho entre o final da Rua 6 e o km 71 da SP-191 tem apenas 2,8 quilômetros, mas conta com imensas dificuldades de acesso
Trecho entre o final da Rua 6 e o km 71 da SP-191 tem apenas 2,8 quilômetros, mas conta com imensas dificuldades de acesso

A via também é utilizada para o descarte incorreto de lixo, ao longo de toda a sua extensão é possível verificar o abandono de móveis, entulho de construção, lixo residencial, entre outros dejetos.

Questionada sobre melhorias previstas para a estrada, a prefeitura de Rio Claro encaminhou resposta informando que o município apresentou pedido ao governo estadual para a pavimentação do trecho. “A troca de solo faz parte do projeto de pavimentação”, expõe.

De acordo com informações prestadas pela administração, as melhorias da Estrada Velha de Brotas fazem parte do projeto funcional de duplicação da SP-191, entre Rio Claro e Araras. Segundo a nota: “o projeto também prevê o melhoramento de outro dispositivo de retorno, na Estrada Velha de Brotas, que dá acesso à zona rural e ao bairro Cervezão”.

Entretanto, segundo relação de obras previstas para o trecho da rodovia apresentadas pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), não consta a discriminação específica de quais melhorias serão implantadas.

Procurado pela reportagem do JC, o deputado estadual Aldo Demarchi afirmou que tenta no âmbito da Comissão de Transportes e Comunicações antecipar o cronograma original das obras na Rodovia Wilson Finardi, que prevê o início das ações apenas para o mês de fevereiro de 2017, com duração de dois anos, ou seja, com finalização prevista para o ano de 2019.

Jornal Cidade RC
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