Espaços vazios mostram a falta de materiais que se destinariam ao trabalho dos cooperados

Laura Tesseti

A falta de material reciclável está prejudicando, há pouco mais de um mês, a vida dos trabalhadores da cooperativa Cooperviva em Rio Claro. Segundo a própria cooperativa, uma série de fatores está contribuindo negativamente para a queda do material, mas o principal deles é a rapidez com que os caminhões coletam os recicláveis pelos bairros.

“Os caminhões estão passando rápido pelos bairros, muitas vezes as pessoas ainda não colocaram o material para fora e, quando colocam, o pessoal da recolha já passou”, explica Inair Francisca da Rocha Marcelino, presidente da Cooperviva.

Outro ponto abordado é o horário de trabalho dos caminhões. De acordo com a presidente da cooperativa, os caminhões, contratados pela Prefeitura Municipal para apoiar a instituição, deveriam trabalhar das 7 às 16h45, mas isso não vem acontecendo.

Espaços vazios mostram a falta de materiais que se destinariam ao trabalho dos cooperados
Espaços vazios mostram a falta de materiais que se destinariam ao trabalho dos cooperados

“Infelizmente a recolha está sendo feita com muita rapidez, então os caminhões acabam ficando apenas meio período na rua. O pouco material que chega para nós é na parte da manhã, apenas”, conta.

Os cooperados explicam que a intenção não é prejudicar quem realiza o trabalho, mas que ele seja feito com competência, pois as 42 pessoas que ali trabalham dependem disso para poder sustentar suas famílias.

“Precisamos do material e precisamos de uma recolha eficiente, que nos traga os recicláveis. Tiramos nosso sustento daqui e também colaboramos com o meio ambiente, dando um destino muito melhor ao material reciclável”, pondera Inair.

Mas mudanças acontecerão. A partir do dia 1° de setembro, os catadores da própria cooperativa irão, juntamente com os caminhões, realizar a recolha do material, com mais tempo nos bairros, para que mais recicláveis cheguem até a Cooperviva.

“A coleta continuará acontecendo do mesmo jeito, os caminhões vão passar pelos bairros e iremos pegar os materiais que estiverem na frente das casas, faremos isso para que possamos passar mais tempo nos bairros e para termos a certeza de que tudo foi devidamente recolhido, assim o material chegará para nós e poderemos trabalhar e ganhar nosso sustento”, fala a responsável pela presidência da instituição.

Além da coleta nos bairros, a população pode deixar o material reciclável nos ecopontos espalhados pela cidade de Rio Claro, que a recolha também acontece e é encaminhada à cooperativa.

Inair fala que a Cooperviva recebe todo tipo de material reaproveitável. “Todo tipo de plástico, jornal, papelão, garrafas pet de qualquer tamanho, alumínio, caixas de leite, vidros, recebemos e reaproveitamos tudo isso, só não pegamos nenhum tipo de lâmpada e nem madeira, pois não temos como reaproveitar por aqui.”

Questionada sobre a Cooperviva, a Prefeitura Municipal de Rio Claro informou que a cooperativa de recicláveis é independente, mas recebe apoio, que o aluguel dos caminhões e motoristas utilizados na execução do serviço são pagos pelo órgão público, além disso a cessão da área onde está instalada a cooperativa também foi feita pela prefeitura. A área tem quase sete mil metros quadrados e poderá ser utilizada por 30 anos renováveis por mais 30 anos.

“A participação de todos é muito importante para nós”, finaliza a presidente.

O contato com a Cooperviva pode ser feito por meio do (19) 3536-5024, pelo e-mail [email protected], pela página no Facebook Cooperviva ou na sede da cooperativa, na Rua Meridian, sem número, no Distrito Industrial.

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