Informação antecipada na edição dessa terça-feira (4), na coluna Farol do Jornal Cidade, se concretiza. O PSB Rio Claro está acionando a Justiça Eleitoral e a executiva estadual do partido para que o vereador Rogério Guedes seja expulso da sigla e seu mandato cassado na Câmara Municipal. Reportagem publicada no JC no último domingo (3) noticiou que Rogério Guedes é pré-candidato a prefeito de Rio Claro pelo PSDB, legenda à qual pretende migrar assim que a janela partidária para troca de partido for liberada.

“A executiva municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB) não compactua com essa articulação política e sorrateira do nobre vereador Rogério Guedes, colocando apenas sua ‘vontade política’, ao qual fomos surpreendidos com o fato”, informam o presidente local Carlos Klain e o secretário Erleson Pereira. A executiva municipal reuniu-se com o suplente a vereador do PSB, Fernando do Nordeste – que obteve 728 votos na eleição passada – para que sejam tomadas as devidas medidas legais cabíveis no tocante ao mandato e descumprimento do Código de Ética.

Segundo os dirigentes do PSB Rio Claro, a ação de Rogério Guedes, “que inclusive por três anos é líder de bancada do partido na Câmara Municipal, nos causa estranheza e aponta uma deslealdade ao interesse público e ético, além de infringir o Código de Ética do Partido (Art. 7º, Item IV), cabendo assim diretivas necessárias. Desta forma, o PSB Rio Claro, atendendo ao pedido do suplente Fernando do Nordeste, entrará na Justiça Eleitoral e Executiva Estadual apontando as ações realizadas pelo nobre vereador e que o mesmo responda junto à comissão de ética do PSB. Que sejam apurados e julgados os fatos, devendo acontecer sua expulsão por infidelidade partidária e, se julgado procedente pelo órgão competente eleitoral, que o nobre vereador perca seu mandato, o qual pertence ao PSB”, comunicam.

Na segunda-feira (3), em entrevista à Rádio Excelsior Jovem Pan News, no Grupo JC de Comunicação, Rogério Guedes chegou a declarar que “o PSB estava com a chapa inválida. Vou ter essa conversa com eles. Mas é uma nova fase na minha vida. O PSB me ajudou muito. Infelizmente aconteceram desencontros. Não tínhamos apoio em Rio Claro. Hoje tem a nominata. Ainda estou no PSB”, comentou o vereador.


Carlos Klein, presidente do PSB, Fernando do Nordeste (suplente) e secretário Erleson Pereira

O QUE DIZ O VEREADOR

Em nova nota enviada à reportagem nesta quarta-feira (5), o vereador Rogério Guedes afirmou que recebeu “com surpresa o anúncio de que membros do PSB local ingressarão na Justiça Eleitoral e pedirão a cassação do meu mandato na Câmara Municipal de Rio Claro, em razão de haver manifestado meu desejo em concorrer ao cargo de Prefeito Municipal pelo PSDB. Sou vereador há três anos e durante o meu mandato sempre honrei e defendi as cores, ideais e orientações do PSB. Defendi o interesse e a coisa pública, lutando pelo bem estar da população e pela melhora da qualidade de vida das pessoas. Assim agi porque era minha obrigação como Parlamentar e o fiz sob a bandeira do Partido pelo qual fui eleito. Agora, a pouco menos de um mês de abertura da janela partidária, que é o período que permite a todos os eleitos trocar de partido, manifestei minha intenção futura de concorrer ao cargo de Prefeito por outra agremiação. Contudo, minha fala não feriu a ética, o decoro, a fidelidade partidária e os bons costumes, até porque sempre prezei o compromisso que tenho com a população e também com o PSB”, declara.

O vereador prossegue: “O que pretendem os dignos membros do PSB é se apossar sem causa justa do meu mandato, utilizando razões que não estão abrigadas pela Lei Eleitoral, pela Lei Orgânica ou Pelo Regimento Interno da Câmara Municipal. Pelo contrário, ao assim agirem não fazem mais do que desrespeitar o meu direito de ter voz e de livre pensar a respeito do que eu acredito e não será a truculência, a ameaça ilegal de cassação ou qualquer outra injusta animosidade pessoal ou partidária que fará com que me afaste do caminho da correção e do bem servir. Repito. Até que seja permitido mudar, ainda pertenço ao PSB, Partido pelo qual fui eleito e que sempre honrei. Não deixei o Partido, verbal ou formalmente, não feri seus ideais e não contrariei suas orientações. Como Vereador, não pratiquei qualquer ato de improbidade, não quebrei o decoro e não desrespeitei a lei e a ordem. Sempre agi com decência, acatamento e respeito. Então, porque querem cassar o meu mandato?”, indaga.

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