Um caso de maus-tratos contra um cachorro da raça Shih Tzu chamou a atenção pela crueldade e virou caso de polícia em Rio Claro. A princípio a Ong Anjos de Focinho foi acionada para realizar um resgate e pediu o apoio da Guarda Civil Municipal para ir até o local, uma residência no bairro Bom Retiro. Porém quando os voluntários chegaram no imóvel tomaram conhecimento do crime contra o animal.

De acordo com o GCM Maurício que atendeu a ocorrência junto com o GCM Botelho, a tutora afirmou que ela deixava sempre o cachorro sair sozinho para a rua e que um dia ele voltou com o olho machucado: “Ela disse que não tinha dinheiro para levar no veterinário e por isso deixou o ferimento como estava. Esse ferimento foi infeccionando e o cachorro pegou bicheira. Essas larvas foram comendo o globo ocular do animal, parte do cérebro e chegaram ao ouvido. Ela ainda relatou que o cachorro começou a cheirar mal e por isso o isolou nos fundos da casa”.

Diante da situação, os guardas elaboraram um boletim de ocorrência com Auto de Infração e a responsável pelo animal enquadrada em pelo menos quatro artigos de maus-tratos sendo aplicada em cada um desses artigos o máximo da Unidade Fiscal de Referência (Ufir). Em reais, a multa chega em torno de R$ 48.000,00.

ATENÇÃO IMAGEM FORTE

O Shih Tzu está sob os cuidados da ONG Anjos de Focinho e foi internado em estado grave em uma clínica veterinária. A tutora possui outrso quatro cachorros na residência e foi dado um prazo para que ela apresente comprovante de vacinação e comprove os cuidados. O caso será acompanhado pela Patrulha de Proteção Animal da GCM.

“A administração municipal de Rio Claro tem dado todo o apoio e respaldo para o nosso trabalho e é importante que as pessoas que tenham animais em casa saibam das responsabilidades. Outro ponto a ser ressaltado é que contamos com o apoio da população para que assim como nós sejam um agente fiscalizador e denunciem casos de maus-tratos. Estamos a disposição no telefone 153. Casos de violência e maus-tratos contra animais não serão tolerados e estamos trabalhando para isso”, alertou o GCM Maurício que neste caso fez questão também de agradecer a ONG Anjos de Focinho pelo trabalho em conjunto.

“O fato da tutora ter alegado que a princípio não tinha dinheiro para levar o animal no veterinário não pode ser considerado já que ela não procurou ajuda e o município oferece meios para isso. Essa tutora poderia ter procurado o Canil Municipal, o Departamento de Proteção Animal ou até mesmo uma ONG porém optou pela omissão e falta de socorro. Um caso que realmente chamou a nossa atenção. Nos comoveu ver as condições e toda a dor deste animal”, finalizou o GCM Maurício.

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