Iluminação pública: como deve ficar a cobrança da taxa?

Favari Filho

BREU - Área central da Cidade Azul ainda conta com diversos pontos de extrema escuridão
BREU – Área central da Cidade Azul ainda conta com diversos pontos de extrema escuridão

A taxa de iluminação cobrada dos munícipes da Cidade Azul desde a sua implantação vem causando a insatisfação dos “contribuintes” e impondo uma atitude assertiva dos governantes. O consumidor Matias Martinez conseguiu através da Justiça uma decisão provisória para a cobrança separada do tributo, que vem sendo cobrado no mesmo código de barras que a tarifa de energia elétrica.

Conforme deferiu a juíza Drª Cyntia Andraus Carretta, a requerida deve promover “a cobrança da contribuição de iluminação pública em código de barras distinto daquele utilizado para pagamento da energia elétrica, discriminando de forma clara os valores de cada um dos débitos, com emissão de novas contas, em 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00”.

A decisão data de 4 de setembro de 2015 e autoriza, ainda, o depósito mensal da taxa de iluminação pública em Juízo até a decisão final. Procurada pela reportagem do Jornal Cidade, a prefeitura de Rio Claro foi sucinta na resposta e informou “que a cobrança da contribuição de iluminação pública é feita pela Elektro”.

O JC procurou também a assessoria de imprensa da Elektro, que informou à reportagem que a concessionária ainda não foi notificada acerca da nova deliberação. “Não recebemos a cientificação oficial da decisão; quando recebermos, iremos defender os interesses da empresa.”

IMPASSE

Desde que a Resolução Normativa nº 414 – que obrigou os municípios a assumirem os projetos de ampliação, manutenção e modernização dos pontos de iluminação pública – foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma série de problemas começaram a afetar a população, que vinha convivendo com ruas cada vez mais escuras em um constante crescente de postes apagados que multiplicavam a insegurança dos cidadãos rio-clarenses.

No início do ano, entretanto, em meio ao embate entre Elektro/prefeitura, a concessionária obteve da Aneel autorização para retomar temporariamente os serviços de manutenção de iluminação pública, até que a administração concluísse o processo de licitação e contratação de uma empresa especializada, fato que aconteceu no fim do primeiro semestre de 2015 com a contratação da Selt.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Em relatório datado do início da semana, a Secretaria de Obras de Rio Claro divulgou os mais recentes trabalhos da terceirizada no que diz respeito à recuperação da iluminação pública da cidade. Entre o dia 28 de agosto a 3 de setembro foram recuperados, aproximadamente, novecentos pontos em todas as regiões do município.

Os números, de acordo com a assessoria, incluem serviços emergenciais e atendimento às solicitações da comunidade. A Selt é a responsável pela execução dos serviços que, nesta primeira etapa, são concentrados na troca de lâmpadas queimadas. A população pode fazer reclamações na Ouvidoria do Município através do telefone (19) 3526-7145.

PELA INTERNET

A administração local acaba de lançar mais um serviço para que o cidadão solicite a manutenção na rede de iluminação. Projetado para promover respostas rápidas, utilizando os recursos da internet, o Sistema de Gestão de Iluminação Pública em Rio Claro já está disponível no site oficial da prefeitura no endereço: www.rioclaro.rc.sp.gov.br.

O SERVIÇO

Ainda que a taxa já esteja sendo cobrada desde o mês de maio de 2015, o serviço segue moroso devido à grande demanda. Depois do temporal ocorrido na última terça-feira (8), diversos bairros da cidade continuam, até o fechamento desta edição, sem energia elétrica, fato que também foi registrado nas ruas do Centro.

Prefeitura diz que está dentro do prazo para o pagamento IPRC

Antonio Archangelo/ Coluna Politika

Em foto de arquivo, o superintendente do Instituto de Previdência de Rio Claro, Lineu Viana, na Câmara Municipal
Em foto de arquivo, o superintendente do Instituto de Previdência de Rio Claro, Lineu Viana, na Câmara Municipal

Em nota enviada à Coluna Politika, a Prefeitura de Rio Claro disse que “está dentro do prazo para o pagamento ao IPRC dos valores que foram descontados dos servidores municipais”. Na quarta-feira (9), o superintendente do IPRC, Lineu Viana, além do Conselho Deliberativo e Fiscal, denunciaram a “manobra” ao Ministério Público. De acordo com Lineu, “a parte descontada dos servidores tem que ser paga”. “A parte patronal vinha sendo paga com atraso.

A parte dos servidores referente a julho com vencimento em agosto não foi repassada. Então representei o caso ao Ministério Público. Aguardamos a apuração. O valor da parte descontada do servidor é cerca de R$ 1,1 milhão. Cabe lembrar que, além da parte patronal, de que estão devendo quatro meses, cerca de R$ 12 milhões, com a próxima parte que vencerá amanhã (dia 10), somando neste valor de R$ 2,3 milhões e mais R$ 1,1 milhão da parte dos servidores de agosto”, disse ao somar o total da dívida do município com o Instituto.

“Para mim, a negociação feita foi perdida, pois, além da parcela da negociação, teriam que honrar os pagamentos. No próximo dia 23 vence a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP) e o município não terá a mínima condição de renová-la, e uma vez perdida é muito difícil tê-la novamente”, lembrou o superintendente, recordando que em 2014 a prefeitura já havia adotado o procedimento de descontar dos servidores e não repassar imediatamente ao IPRC.

Em nota, o Conselho Deliberativo, pelas redes sociais, disse que “os Conselhos Deliberativo e Fiscal não foram informados desse atraso, só ficaram sabendo na reunião mensal para aprovação dos balancetes. Essa informação deve ser repassada aos Conselhos pelo Superintendente. Ao Superintendente cabe encaminhar a cobrança imediatamente após o atraso, pois atrasar esse repasse caracteriza-se CRIME – apropriação indébita – de acordo com o artigo 168-A do Código Penal, sujeito a prisão de dois a três anos.

Imediatamente os dois Conselhos solicitaram ao Superintendente que apresentasse a cobrança realizada. O Superintendente apresentou ofício com cobrança com data de 03 de setembro e nos informou que deu à prefeitura prazo até dia 04 de setembro para quitar esse débito de cerca de 1,100 milhão de reais descontados dos servidores no pagamento referente ao mês de julho recebido no mês de agosto.

Nessa terça (8), como não houve a quitação do débito, o Superintendente, o Conselho Deliberativo e Fiscal fizeram a representação dessa dívida ao Ministério Público. Além disso, os Conselhos Deliberativo e Fiscal fizeram notificação de crime no CPJ – Conselho de Polícia Judiciária. Agimos dentro da Lei para resolução do problema, agora vamos aguardar a justiça resolver a situação”, disse.

Já o promotor de Justiça André Vitor de Freitas cita que denúncia de crime contra o prefeito será encaminhada para avaliação do desembargador de Justiça em São Paulo.

Rio Claro Basquete perde para o América por 84 a 78

Matheus Pezzotti

O ala Dedé Stefanelli, do Rio Claro Basquete, foi o cestinha da partida com 25 pontos (Foto: Arquivo JC)
O ala Dedé Stefanelli, do Rio Claro Basquete, foi o cestinha da partida com 25 pontos (Foto: Arquivo JC)

Depois de sete jogos, o Rio Claro Basquete voltou a perder no Paulista. Na noite desta quarta-feira (9), o time comandando pelo técnico Marcelo Tamião foi superado pelo América/UNIRP/Rodobens/SMEL/3M fora de casa, em jogo válido pela nona e penúltima rodada da primeira fase, no Grupo A.

Mesmo com a derrota, o Rio Claro Basquete segue líder, agora com 16 pontos, com sete vitórias e duas derrotas e não corre o risco de perder a primeira colocação da chave. O América, que tem um jogo a menos, vai a 12 pontos, com quatro vitórias e quatro derrotas e deixa a lanterna para o time de Bauru.

Com as parciais 19 a 19, 19 a 17, 24 a 22 e 22 a 20, o cestinha foi o ala Dedé Stefanelli, do Rio Claro Basquete, com 25 pontos. Pelo time do América, o maior pontuador foi o armador norte-americano, Corderro Bennett, com 24.

A equipe rio-clarense volta a jogar no próximo sábado (12), às 18h, no ginásio Felipe Karam, contra o Basquete Osasco, pela última rodada da primeira fase.

“Deixamos o América jogar, principalmente no início. Tivemos uma arbitragem péssima, assim como a quadra, mas isso não é desculpa. Mas para você ter uma ideia, estamos indo para outro lugar para tomar banho, porque não tem água no ginásio. Tudo isso somado, é uma derrota que a gente sente, mas seguimos em primeiro. Não conseguimos imprimir a intensidade defensiva que vínhamos fazendo. Temos consciência disso e no que temos que melhorar para o próximo jogo”, disse Tamião ao final do jogo.

RESULTADOS
Ainda nesta rodada, no Grupo A, Basquete Osasco 83 x 68 Bauru e Limeira 93 x 80 Franca. Os jogos do Grupo B serão disputados nesta quinta-feira (10), a noite.

Prefeitura é denunciada por descontar de servidores e não repassar ao IPRC

Antonio Archangelo

O superintendente do Instituto de Previdência de Rio Claro, Lineu Viana
O superintendente do Instituto de Previdência de Rio Claro, Lineu Viana

O Superintendente do Instituto de Previdência de Rio Claro (IPRC), Lineu Viana, além do Conselho Fiscal e Deliberativo denunciaram nesta quarta-feira (9) ao Ministério Público, o prefeito Du Altimari e o presidente da Fundação de Saúde, Geraldo Barbosa, por descontarem cerca de R$ 1,1 milhão da folha de pagamento dos servidores e não repassarem os valores ao IPRC.

Em comunicado, o Conselho Deliberativo disse que “todo dia 10 de cada mês a Prefeitura, Autarquias e Fundação realizam o repasse da parte previdenciária descontada dos servidores na folha de pagamento. No mês de agosto a Prefeitura e Fundação Municipal de Saúde deveriam ter repassado ao IPRC os 11% descontados no holerite do pagamento do mês de julho. Os Conselhos Deliberativo e Fiscal não foram informados desse atraso, só ficaram sabendo na reunião mensal para aprovação dos balancetes. Essa informação deve ser repassada aos Conselhos pelo Superintendente. Ao Superintendente cabe encaminhar a cobrança imediatamente após o atraso, pois atrasar esse repasse caracteriza-se CRIME – apropriação indébita – de acordo com o artigo 168- A do Código Penal, sujeito a prisão de dois a três anos. Imediatamente os dois Conselhos solicitaram ao Superintendente que apresentasse a cobrança realizada. O Superintendente apresentou ofício com cobrança com data de 3 de setembro e nos informou que deu à prefeitura prazo até dia 4 de setembro para quitar esse débito de cerca de 1,1 milhão de reais descontados dos servidores no pagamento referente ao mês de julho recebido no mês de agosto. Nessa terça, dia 8 de setembro, como não houve a quitação do débito o Superintendente, o Conselho Deliberativo e Fiscal fizeram a representação dessa dívida ao Ministério Público. Além disso, os Conselhos Deliberativo e Fiscal fizeram notificação de crime na CPJ – Conselho de Polícia Judiciário. Agimos dentro da Lei para resolução do problema, agora vamos aguardar a justiça resolver a situação”, disse através das redes sociais.

O Jornal Cidade aguarda o posicionamento oficial da prefeitura sobre o ocorrido.

Confira reportagem completa na edição impressa do Jornal Cidade de quinta-feira (10).

De pai para filho: música é profissão para a família Barreto

Vivian Guilherme

O gaiteiro sydney barreto é um dos artistas mais emblemáticos de rc, com muitos discos lançados e participações ao lado de grandes músicos
O gaiteiro sydney barreto é um dos artistas mais emblemáticos de rc, com muitos discos lançados e participações ao lado de grandes músicos

Um dos artistas mais emblemáticos de Rio Claro, Sydney Barreto não deixará apenas a sua obra como legado para a Cidade Azul, mas também deixará uma nova geração de músicos. Foi ao som da gaita do pai que Denise, Sylvio, Newton, Gilbert e Edson cresceram e também se apaixonaram pela música.

Dos cinco filhos, três seguiram a carreira profissional na música. Hoje, Edson mora em São Paulo atuando como baixista do cantor Leonardo; Gilbert mora em Taiwan e dá aulas de percussão; e Newton está na China também trabalhando com música.

“Apenas a Denise e o Sylvio que não seguiram a música profissionalmente, mas a Denise chegou a cantar quando criança e o Sylvio tocou violão”, conta Edson, que ressalta o envolvimento de toda a família com a música. “A música sempre esteve em nosso sangue, não teve como ‘fugir’”, brinca o músico.

Newton conta que, no caso de sua família, muitos fizeram e fazem bastante barulho. “Tios, primos, vários deles profissionais, além é claro do meu pai e irmãos. Sempre ouvi de meu pai que parentes da ‘velha guarda’ eram envolvidos com música e arte”, revela.

Gil conta que, ainda muito cedo, os irmãos foram estudar com o maestro Rebustini, na Banda dos Ferroviários. “E música em casa sempre teve, ensaios, e minha mãe cantava em casa”, comenta o percussionista.
Os três irmãos concordam em dizer que Rio Claro é uma cidade muito musical. Conheça um pouco da família Barreto:

Sindicato diz que prefeitura gastará R$ 96 mi com comissionados

Antonio Archangelo/Coluna Politika

Imagem do Informativo Sindmuni - Ação e Consciência, divulgado no final de semana para servidores em Rio Claro
Imagem do Informativo Sindmuni – Ação e Consciência, divulgado no final de semana para servidores em Rio Claro

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro (Sindmuni) abriu fogo contra os comissionados do governo Du Altimari. No informativo “Ação e Consciência”, o sindicato estimou que em quatro anos o governo municipal destine R$ 96,2 milhões para pagar “mais de 600 cargos políticos do governo”.

Na relação, o Sindmuni afirma que a prefeitura possui 443 cargos políticos, sendo 20 secretários, 312 comissionados e 111 em “função de confiança”. No Daae, a publicação revela que são 80 cargos políticos, sendo 1 superintendente, 24 comissionados e 55 em função de confiança. Na Fundação de Saúde são 90 cargos políticos, sendo 1 presidente, 45 comissionados e 44 em função de confiança. No Arquivo Público, o único cargo político é o da superintendente. Na Fundação Pública Municipal Ulysses Guimarães são 5 cargos políticos, sendo 1 presidente e 4 diretores. No Instituto de Previdência são 2 cargos políticos – o superintendente e um assessor. Na Câmara Municipal são 12 vereadores e 54 comissionados.

Nas contas do Sindmuni, só com secretários são gastos R$ 196 mil/mês; R$ 517 mil com diretores; R$ 253 mil com assessores; R$ 495 mil com gerentes; R$ 32,7 mil com assessores técnicos e R$ 355 mil com chefes de núcleo. No ano, a estimativa é de gasto de R$ 24,4 milhões; e R$ 96,2 milhões em quatro anos.

“Já que a intenção é reduzir despesas, a diretoria do Sindmuni fez o levantamento de alguns dados sobre salários e cargos em comissão na prefeitura. Será que a prefeitura pode explicar a necessidade de manter mais de 600 cargos em comissão em um momento em que corta gastos com insumos e energia elétrica?”, conclui.

A Coluna procurou a prefeitura para comentar os números, mas não se posicionou, por não ter conhecimento do conteúdo do informativo.

Tentativas de reocupação do prédio da Cesp não tiveram êxito

Ednéia Silva

A demolição do antigo prédio da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) foi lamentada por alguns e comemorada por outros. Construído no início do século XX pelo empresário Eloy Chaves (1875-1964) para abrigar a sede da S.A. Central Elétrica de Rio Claro (Sacerc), o imóvel foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928). O prédio estava desocupado desde 1996, apesar das várias tentativas de reocupação do imóvel.

Fechado há 19 anos, o imóvel foi cogitado para receber a Fundação Municipal de Saúde, a sede do 37º Batalhão da Polícia Militar (BPM/I) e a Câmara Municipal. Todas essas tentativas não tiveram êxito. A primeira tentativa de reocupação do prédio foi feita em 2006. Através do Decreto 51.085, o imóvel foi cedido para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) com a finalidade de abrigar o 37º BPM/I. O projeto não avançou.

Demolição do antigo prédio da concessionária Cesp teve início no último domingo (6)
Demolição do antigo prédio da concessionária Cesp teve início no último domingo (6)

Em 2008, na gestão do ex-prefeito Nevoeiro Junior, cogitou-se a utilização do imóvel para abrigar o setor administrativo da Fundação Municipal de Saúde. Por meio de decreto municipal, o prefeito pediu a desapropriação do prédio. Foi feita licitação para reformar o imóvel. A obra, orçada em pouco mais de R$ 239 mil, incluía reforma do telhado, restauração do forro, piso e revestimento das paredes, reforma dos sanitários, pintura do prédio, restauração da parte hidráulica e elétrica. Os serviços foram iniciados, mas não foram concluídos. Dessa forma, a ocupação do prédio pela Fundação de Saúde não se concretizou.

Em março de 2010, as negociações para reocupação do prédio foram retomadas em reunião entre o prefeito Du Altimari, o deputado Aldo Demarchi e o engenheiro Edson Onishi, representante da Cesp. A prefeitura enviou ofício à empresa confirmando o interesse no imóvel. Essa tentativa também não deu certo.

Em julho de 2011, a Câmara Municipal de Rio Claro começou a negociar a liberação do prédio para se tornar a sede do Legislativo Municipal. A tentativa foi feita pelo então presidente da Casa de Leis, Valdir Andreeta. Em setembro do mesmo ano, a Câmara Municipal recebeu autorização para ocupar o prédio por tempo indeterminado. A autorização foi entregue pelo engenheiro Edson Onishi, representante da Cesp, em solenidade realizada no dia 15 de setembro. No entanto, isso nunca aconteceu porque a legislação impede a cessão por tempo indeterminado. Pela lei, é preciso que se estabeleça um prazo com a possibilidade de prorrogá-lo de maneira sucessiva.

Em dezembro do mesmo ano, o Legislativo manifestou interesse em comprar o imóvel e recebeu prioridade de compra pela Cesp. Com a mudança da Mesa Diretora do Legislativo, o projeto não avançou. Em fevereiro de 2013, a Câmara anunciou a revogação do decreto que autorizava a assinatura de convênio com a Cesp para cessão do prédio em favor da aquisição de uma sede própria para o Legislativo.

Em 18 de novembro de 2014 o prédio foi colocado em leilão com lance inicial de R$ 2.645.000,00, podendo ser pago à vista ou com entrada de 20% e saldo em 24 vezes. O imóvel foi arrematado por R$ 6.520.000,00 pela empresa Dipasa Empreendimentos, dona da rede de lojas Textil Abril.

Prédio foi demolido no último domingo (6)

Depois de anos fechado, o antigo prédio da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), localizado na Rua 4 esquina com a Avenida 4, no Centro, foi demolido. A demolição começou na manhã de domingo (6) e ainda não foi concluída. No local, será construído um novo prédio que irá abrigar a loja Textil Abril, hoje instalada na Rua 3 esquina com a Avenida 4.

O prédio estava em estado de abandono desde a desocupação em 1996. Em novembro do ano passado ele foi leiloado e arrematado pela empresa Dipasa Empreendimentos por R$ 6.520.000,00. Na época, a Cesp informou que o imóvel não era tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), o que impediria sua demolição.

Os trabalhos de demolição estão sendo coordenados pelo engenheiro Ivan Falcão de Domênico. De acordo com ele, a demolição foi aprovada pelo Condephaat e pela Prefeitura de Rio Claro. A aprovação do Condephaat foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 15 de julho deste ano (Diário Oficial Poder Executivo – Seção I – São Paulo, 125 [128] – 43).

“O Egrégio Colegiado deliberou aprovar, por unanimidade, o projeto de construção de edifício comercial em imóvel situado à Rua 4, 1.252, esquina com a Avenida 4, no município de Rio Claro. Esta autorização não isenta o interessado de obter aprovação de seu projeto nos demais órgãos competentes”, diz o texto da publicação (Processo 74.510/2015).

Domênico afirma que o prédio em questão não era tombado e não integrava o patrimônio histórico do município. Segundo ele, depois de quase 20 anos fechado, o imóvel apresentava problemas na estrutura, estava infestado de pombos, além de ter focos de dengue, muitos insetos e mato. O engenheiro conta que no local será construído um edifício comercial que terá seis metros de jardim na avenida e na rua, com café e bancos para uso dos frequentadores.

A prefeitura destacou que o imóvel em questão é particular e antes pertencia ao governo estadual e ficou por vários anos abandonados. Por ter penhoras trabalhistas relativas à Cesp, não pôde ser comprado pelo município. “A Diretoria Municipal de Patrimônio procurou os proprietários do imóvel para manifestar seu interesse na manutenção do prédio ou, pelo menos, de suas características arquitetônicas. Infelizmente, sem sucesso”, disse a administração municipal.

A prefeitura ressalta ainda que vem tomando várias medidas para preservar imóveis históricos do município. Como exemplo, citou as ações desenvolvidas no estádio Benitão, na Estação Ferroviária, no museu, nos monumentos do Jardim Público, prédio da antiga Unesp no Santana e da Escola Chanceler, entre outros. Procurada pela reportagem, a empresa Textil Abril não se manifestou sobre o assunto.

JC 81 ANOS: A imprensa dos anos 30 nas eleições

Wagner Gonçalves

Em 1934, o Cidade acompanhou a eleição e duas personalidades foram destaque: Armando de Salles de Oliveira (à esquerda) e Irineu Penteado (à direita). Fotos: Arquivo Público de Rio Claro
Em 1934, o Cidade acompanhou a eleição e duas personalidades foram destaque, dentre elas: Armando de Salles de Oliveira. Fotos: Arquivo Público de Rio Claro

O contexto histórico e cultural dos acontecimentos na década de trinta motivou mudanças em diversos setores do Brasil, em especial no campo político. A Constituição de 1934, consequência da Revolução Constitucionalista de 1932, tinha como objetivo propor melhorias nas condições de vida dos brasileiros, a criação do Tribunal do Trabalho, além de trazer avanços no processo eleitoral, como a inclusão do voto feminino. A imprensa rio-clarense acompanhou esse período de transição, coincidindo com a inauguração do Jornal Cidade.

O Cidade iniciou suas atividades no dia 9 de setembro de 1934, fundado por iniciativa de Humberto Cartolano, um dos cidadãos que lutaram pelo desenvolvimento local, sendo responsável, além do empreendimento jornalístico, pela criação da entidade que precedeu a Associação Industrial e Comercial de Rio Claro (Acirc). Com o final da Revolução, a mudança no panorama político nacional fomentou a reestruturação dos municípios e dos estados, tendo a imprensa importante papel na efetivação da democracia.

Nos meses que antecederam o pleito de 14 de outubro de 1934, as manchetes diziam respeito aos embates políticos dos partidos mais influentes da época. Duas personalidades muito evidentes ganharam notoriedade nas matérias que os jornais publicavam: Armando de Salles de Oliveira e Irineu Penteado. O doutor Ruy Fina, que nasceu no ano de 1933, tomou conhecimento anos mais tarde sobre o importante papel que tais disputas repercutiram no município e no Estado de São Paulo.

Ele comenta que Irineu Penteado, rio-clarense e de família tradicional local, com posicionamento de centro moderado político, tinha grande preocupação com o campo da educação, em especial dos munícipes. “Teve grande influência na criação do grupo escolar que hoje, em homenagem às memórias, leva seu nome”, comenta Fina, ao declamar um poema de Castro Alves que destaca bem a importância do conhecimento e dos livros.

“Oh! Bendito o que semeia/ Livros à mão cheia/ E manda o povo pensar!/ O livro, caindo n’alma/ É germe – que faz a palma,/ É chuva – que faz o mar!”, Castro Alves.

“Ainda chegaremos lá, estamos caminhando para isso”, comenta, dizendo que os passos tomados por Irineu rendem frutos até os dias de hoje.

A personalidade política retratada no impresso da época, Armando de Salles Oliveira, político de direita, também foi destacada, dadas as contribuições para o estado. Um dos grandes méritos de Armando de Salles, dito por ele, foi a fundação da Universidade de São Paulo (USP), visto que na época de criação só havia a universidade do Rio de Janeiro de Olinda, no Pernambuco.

PAT: carpinteiro, encanador e outras vagas disponíveis

Divulgação

O PAT Rio Claro – Posto de Atendimento ao Trabalhador está oferecendo oportunidades de emprego para carpinteiro, encanador e outras vagas disponíveis. O levantamento é do dia 9 de setembro e está sujeito a alteração.

Para mais informações destas e demais vagas, comparecer ao PAT (Av. 3, 536, Centro) com carteira de trabalho, RG, CPF e número do PIS Ativo. O atendimento acontece do meio-dia às 17h. Essas são algumas vagas que constam no sistema ‘mais emprego’:

  • Ajudante de motorista
  • Auxiliar de enfermagem
  • Carpinteiro
  • Cozinheiro geral
  • Eletricista de instalaçõesindustriais
  • Encanador
  • Enfermeiro
  • Engenheiro elétrico
  • Fisioterapeuta geral
  • Fonoaudiólogo geral
  • Instalador de equipamentos decomunicação
  • Mãe social
  • Manicure
  • Mecânico de manutenção de automóveis
  • Motorista de caminhão
  • Nutricionista
  • Professor de inglês
  • Representante comercial autônomo
  • Servente (construção civil)
  • Supervisor de operações na área decontrole de produção
  • Técnico de enfermagem
  • Torneiro cnc
  • Torneiro mecânico
  • Vendedor interno

Sesi apresenta nesta sexta-feira o espetáculo Gergelim

Divulgação

Espetáculo conta um momento da infância de Gergelim narrado pelo protagonista adulto
Espetáculo conta um momento da infância de Gergelim narrado pelo protagonista adulto

O Sesi Rio Claro recebe nesta sexta-feira (11), às 14h30, o espetáculo Gergelim, com direção de Rafael Curci, com entrada gratuita. O Sesi fica na Avenida M-29, 441 – Jd. Floridiana. Informações: 3522-5652.

“Gergelim” é uma narração oral encenada com as técnicas de bonecos de manipulação, teatro de sombras e transparências, adaptada e dirigida por Rafael Curci. O espetáculo, baseado no livro escrito pelo mesmo diretor, conta um momento da infância de Gergelim narrado pelo protagonista quando adulto. Assim, através de lembranças e recordações, Gergelim vai expondo os distintos fatos e acontecimentos do passado que marcaram seu destino para sempre. Tanto a adaptação do texto literário como sua posterior encenação, a confecção de bonecos, adereços e cenografias foram concretizadas pelo próprio autor do livro. Gergelim é um espetáculo para toda família, que tenta favorecer o diálogo entre a literatura infantil e o teatro, com a finalidade de estimular a leitura e promover ao mesmo tempo a formação de plateia de todas as idades.

INGRESSOS

Os ingressos podem ser adquiridos na secretaria única do Sesi, portão 1. No dia do espetáculo, será distribuída uma cota de ingressos 1 hora antes na bilheteria, portão 2. Interessados podem realizar as reservas pela internet no site do Sesi.

Jornal Cidade: credibilidade na cobertura política

Antonio Archangelo

Algumas notícias políticas que marcaram Rio Claro e região estampadas na capa do Jornal Cidade. Destaque fica por conta do anúncio da nova Constituição Federal, no canto superior direito
Algumas notícias políticas que marcaram Rio Claro e região estampadas na capa do Jornal Cidade

O Jornal Cidade sempre foi conhecido, nestes 81 anos, por sua ousadia e posicionamento político definido. Em rápida consulta ao Arquivo Histórico de Rio Claro, pode-se observar que no início de sua fundação, na década de 30, o Cidade foi um dos poucos jornais que deram voz aos varguistas e aos partidos que davam sustentação ao presidente que havia acabado de enfrentar dissidentes na conhecida Revolução de 32, além de instituir na imprensa rio-clarense a campanha de apoio a candidaturas locais para o Congresso e para a Assembleia Legislativa.

Naquele tempo, o primeiro êxito, estampado pelo JC, foi a nomeação, pelo governo federal, de Humberto Cartolano como prefeito. Aproximando-se de autoridades, reportagens inéditas com ministros e membros do alto escalão varguista eram frequentes nas páginas do jornal.

O jornalista Paulo David Jodate lembra que o Cidade foi conhecido por ser um jornal de esquerda, no início. “O Jornal Cidade sempre foi voltado à política. E sempre teve uma participação muito grande na esquerda, através do saudoso jornalista Ribeiro Mancuso”, citou. Durante estas oito décadas, a postura do Jornal Cidade não poderia ser diferente. Sempre atento à política rio-clarense, migrou da confusão na apuração eleitoral no Ginásio Municipal, com dezenas de papeletas, para o voto eletrônico e apuração praticamente instantânea. Esta diferença pode ser constatada no resultado eleitoral de 1934, ano de fundação do JC, cujo resultado só foi realmente confirmado no primeiro trimestre do ano seguinte. No último pleito, o resultado foi conhecido poucas horas após o término da votação. José Roberto Sant’Ana – ex-diretor do JC, lembra a inovação advinda com a edição de segunda-feira, que trazia, em primeira mão, os resultados eleitorais para a comunidade rio-clarense. “Era uma correria só, me lembro de uma vez que ficamos num domingo até as 17h30 para fechar a edição de segunda e no mesmo dia caiu um avião sobre umas casas na cidade”, comentou à reportagem.

Atualmente, consolidado como agente primordial para o debate político, o JC investe em pesquisas eleitorais registradas e com metodologia reconhecida, que tradicionalmente são aguardadas por candidatos, partidos e, principalmente, por eleitores. Além de carregar em sua essência o espírito democrático de dar espaço a todos os pré-candidatos e agentes do jogo político, como no caso recente, em que o Jornal Cidade entrevistou dez pré-candidatos a prefeito para a eleição de 2016. Jodate cita que “estamos vendo que a política está exercendo papel preponderante dentro do jornal. Tentando dar cobertura a todos os acontecimentos políticos que cercam nossa cidade”, comenta. As opiniões e a consolidação do Jornal Cidade como um dos maiores veículos regionais do país são fruto de um trabalho sério e árduo. “Nos dias de hoje, o ponto alto da cobertura das eleições fica pela edição de segunda-feira, que aborda todo o resultado das urnas e envolve todas as plataformas do Grupo JC de Comunicação”. O leitor recebe a informação em primeira mão”, comenta o editor-chefe Ludmar Gonzalez.

Família Braunger: quatro gerações dedicadas à música

Vivian Guilherme

Bruno e Aidê Braunger repassam aos filhos o que aprenderam com os avós: “toda criança deveria aprender música”
Bruno e Aidê Braunger repassam aos filhos o que aprenderam com os avós: “toda criança deveria aprender música”

Muitos instrumentos musicais, por todos os lados. É como pode ser descrita a casa da família Braunger. E não é para menos, são quatro gerações da família dedicadas à música. Bruno Braunger conta que tudo começou com o seu avô, que veio da Alemanha trazendo na bagagem uma cítara inglesa. O pai também não negou o sangue e aprendeu violino e violoncelo.

A tradição encontrou continuidade com Bruno que, logo aos 17 anos, já era professor de música. Questionado sobre quais instrumentos toca, ele olha para esposa Aidê, sorri e começa a contar: violino, violoncelo, flauta, violão, teclado, trombone, viola, tuba, saxofone e talvez alguns mais que tenha esquecido na hora.

A esposa Aidê apareceu em sua vida de uma forma até óbvia: pela música. “Eu trabalhava em uma loja que começou a vender flautas, eu achei tão bonita dentro do estojinho e quis aprender a tocar. Perguntei sobre um professor e me indicaram o Bruno”, conta Aidê lembrando que de aluna à namorada o percurso foi longo, mas de namorada à esposa apenas alguns meses.

Desses 31 anos de casados, surgiram três filhos, ou melhor, três músicos. Maria Luisa, de 29 anos, toca flauta doce, piano e violoncelo. Matias, de 21 anos, toca flauta doce e violino. Helena, de 18 anos, toca piano, flauta, violino e trompete.

Além de incentivar os próprios filhos, o casal Bruno-Aidê também trabalha no intuito de incentivar muitas pessoas a gostarem de música. Há cerca de 12 anos dão aulas de música no Colégio Puríssimo e, antes disso, davam aulas no Colégio Integrado, Escola Pimentinha, Escola Armando Grisi, entre outras. Sem contar, é claro, as aulas ministradas em casa.

“A música é excelente. Ajuda na disciplina, na concentração, é boa para os alunos e para a escola”, comenta Bruno, que ressalta a vocação musical de Rio Claro. “O que contribuiu para formar e influenciar foi a Banda dos Ferroviários, a Orquestra de Câmara Koelle, a Orquestra Sinfônica e a fábrica da JOG.”

Jornal Cidade RC
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.