Jornal Cidade

Antonio Archangelo

A aprovação pelos vereadores, em primeira discussão, do projeto de lei 146/2015, ontem (16), reanima debate iniciado em 2008, quando o então prefeito Nevoeiro Júnior sancionou lei que impedia a nomeação de pessoas estranhas ao serviço público para a função de diretor na administração pública municipal.

Na época, a decisão foi alvo de críticas tanto do novo governo, quanto do próprio secretário de Administração, Sérgio Ferreira, que dizia que a regra iria causar grau de dificuldade “terrível” para a composição do próximo governo.

O governo Nevoeiro tentou mudar a decisão, mas o projeto foi derrubado no legislativo, já que o projeto incluía, “na mesma proposta, um item, através do qual todo funcionário público nomeado para ocupar cargo de secretário, diretor e assessor iria manter o salário quando retornasse a seu local de origem de trabalho”, pontuava no dia 23 de novembro de 2008 o oposicionista Du Altimari (PMDB).

Logo quando assumiu a prefeitura, Altimari passou então a criticar a “barreira” criada, conseguindo derruba parte da Lei Complementar 17, de 16 de fevereiro de 2007, que reservava a função de diretor aos servidores de carreira. Com apoio da base governista, o prefeito recém-eleito conseguiu aprovar, num “pacotão”, a Lei Complementar 034/2009, que retirou a restrição e regulamentou o percentual mínimo de 20% destinado aos servidores de carreira.

De lá para cá, houve algumas mudanças, como a Reforma Administrativa, aprovada no final do ano passado, trazendo a figura do gerente para os serviços públicos.

ADIN

O tema considerado superado voltou a ser discutido quando o Tribunal de Justiça detectou omissão do município em definir um percentual mínimo de cargos em comissão a serem preenchidos por servidores de carreira, julgando procedente uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, em julho deste ano, dando prazo de 180 dias para aprovação da legislação.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador João Zaine (PMDB), “a informação que me foi repassada era que o Ministério Público pediu pelo menos 30% dos cargos em comissão para os servidores de carreira”. O entendimento da procuradoria da Câmara aponta para o fato de que o Tribunal entendeu que na legislação municipal vigente não existia a abrangência do percentual mínimo de maneira geral para todos os cargos de confiança, não só para diretores ou gerentes.

SESSÃO

Os vereadores também aprovaram cinco projetos: 179/2013 – que dispõe da obrigatoriedade de disponibilização anual da planilha de custos da concessionária de transporte coletivo; 089/2015 – que instituiu no calendário municipal a “Olimpíada Ambiental”; 184/2014 – que institui o Dia Municipal em atenção às famílias da Chácara dos Pretos; entre outros. Outros cinco pedidos de vistas foram aprovados para projetos elencados na Ordem do Dia.

Carine Corrêa

“Como os jovens imaginam o planeta daqui a 50 anos?” Para debater sobre essa pergunta, o Jornal Cidade convidou nesta sexta-feira (13) um grupo de alunos do Ensino Médio das escolas Joaquim Ribeiro, Etec Bayeux e colégios Koelle e Puríssimo, bem como graduandos da Unesp. A atividade, mediada pelo escritor Lucas Puntel Carrasco, faz parte de uma matéria especial que está inclusa na próxima edição da revista JC Magazine.

Acompanhados da professora Rafaela Locali (Koelle) e Airton Moreira Jr. (Puríssimo), os alunos primeiro registraram suas expectativas de como estará o planeta dentro de meio século. Depois, os professores contaram como estará o mundo daqui a 50 anos. Os alunos também ouviram as projeções enviadas pelo professor doutor em Geografia pela Unesp Thiago Sanna Freire Silva e, com bastante interesse no tema, ampliaram o debate para além do meio ambiente, trazendo pontos de vista de economia e sociologia sobre o futuro.

Os jovens rio-clarenses mostraram-se articulados no assunto e conscientes de seu papel questionador como cidadãos participativos do mundo. O tema foi colocado em pauta principalmente em virtude da exploração dos recursos naturais, em especial o de combustíveis fósseis. Jovens dos Estados Unidos bloquearam as escadarias de uma universidade para protestar contra as pesquisas voltadas à exploração de combustíveis fósseis. Dos EUA para Rio Claro, os alunos da rede de ensino pública e particular também se colocam frente as exploração dos recursos naturais.

A equipe do JC agradece a todos os alunos pelo empenho e participação nesta matéria que será um dos destaques da JC Magazine, a qual será lançada em dezembro deste ano.

Lucas Calore

No início da tarde desta segunda-feira (16) a reportagem do Jornal Cidade flagrou um cadeirante tendo problemas para se locomover pela Rua 3, no Centro, um dos trechos de maior movimento na região central de Rio Claro.

Uma mulher que auxiliava o homem empurrando a sua cadeira, teve que levá-lo até quase no meio do quarteirão entre as avenidas 1 e 2 para que pudessem subir na calçada, já que na esquina da Avenida 1 não há rampa de acessibilidade.

Ainda assim, a maneira encontrada para subir na calçada foi usar uma rampa de estacionamento existe ali por conta de uma agência bancária da Caixa Econômica Federal.

PREFEITURA

No mês de setembro a Prefeitura de Rio Claro foi questionada sobre as melhorias voltadas à acessibilidade de cadeirantes e destacou que implantou em junho deste ano rampas de acessibilidade ao longo da Avenida 29. “Em 2014, a administração municipal construiu 90 rampas na região central da cidade, na área compreendida entre as avenidas 7 e 14, e da Rua 1 até a Rua 14.”

O governo municipal afirmou ainda que tem investido, também, na construção de faixas elevadas para travessia de pedestres. “Mais de quinze delas já foram implantadas em alguns dos principais cruzamentos do município. Os novos projetos habitacionais só são aprovados pelo município se cumprem as exigências de acessibilidade. Foi iniciado o debate, com amplo espaço para a comunidade, sobre a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana, que agregará mudanças no setor de acessibilidade”, afirmou a prefeitura em nota.

Lucas Calore

O aplicativo para smartphones SnapChat, considerado por muitos a principal ferramenta de 2015, lançou nos últimos dias filtros para a cidade de Rio Claro. Cidades do mundo todo, inclusive bairros famosos, já contam com filtros especiais para quando os usuários estiverem nesses locais.

Os filtros exclusivos para Rio Claro são dois: uma ilustração da famosa Torre Eiffel, na rotatória da Avenida Visconde do Rio Claro com a Avenida 32, e outra com a ilustração de um balão, que representa os tradicionais campeonatos de balonismo da Cidade Azul.

Para usá-los basta tirar alguma foto ou gravar vídeo com o aplicativo, selecionar as opções dos filtros e publicar para os amigos e seguidores.  O aplicativo rastreia a origem do conteúdo a partir do GPS do aparelho celular. Limeira, Piracicaba e Araras são municípios da região que também contam com filtros especiais.

SnapChat

O aplicativo de mensagens é o mais popular deste ano. Nele, as pessoas podem publicar fotos, vídeos de até 10 segundos e textos curtos para os seguidores acompanharem as rotinas dos amigos. Muitos famosos são adeptos do SnapChat e fazem diário de viagem para os fãs.

O diferencial desta ferramenta é a autodestruição dos conteúdos publicados. Os usuários podem ver as publicações por pouco tempo, pois elas desaparecem depois e não ficam registradas para sempre, como no Instagram, Facebook ou Twitter. A ideia é ter dinamismo e interatividade em tempo real.

O SnapChat foi fundado em 2011 pelo americano Evan Spiegel, hoje em dia com apenas 25 anos. No mês de março o aplicativo foi avaliado em R$ 45,8 bilhões.

Divulgação

O PAT Rio Claro – Posto de Atendimento ao Trabalhador está oferecendo oportunidades de emprego para balconista, jardineiro, porteiro e outras vagas disponíveis. O levantamento é do dia 16 de novembro e está sujeito a alteração.

Para mais informações destas e demais vagas, comparecer ao PAT (Av. 3, 536, Centro) com carteira de trabalho, RG, CPF e número do PIS Ativo. Essas são algumas vagas que constam no sistema ‘mais emprego’:

• Auxiliar de limpeza
• Auxiliar de linha de produção (vagaexclusiva para deficiente físico)
• Balconista
• Carpinteiro
• Eletricista de manutenção industrial
• Empregado doméstico nos serviços gerais
• Fresador (fresadora universal)
• Fresador cnc
• Funileiro de automóveis (reparação)
• Inspetor de qualidade
• Jardineiro
• Mãe Substituta
• Mecânico de suspensão
• Porteiro
• Torneiro cnc
• Vendedor porta a porta

Adriel Arvolea

Como proteger nossas crianças e adolescentes contra as drogas? Na avaliação do advogado Adriano Marchi, presidente da Comissão de Segurança da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Rio Claro), a sociedade deve tratar o problema dos menores de idade e das drogas com mais responsabilidade e o poder público enfrentar, diretamente, a causa, a fim de minimizar os efeitos.

“Atualmente, há investimentos exorbitantes nos efeitos e ínfimos para fazer frente à causa. Com a estrutura familiar degradada, a crise socioeconômica, a ausência de autoridade estatal, a banalização da vida e a inércia social, no que lhes compete, as crianças estão crescendo sem regras, sem controle e sem obrigações, somente ‘direitos’, ‘direitos’ e ‘direitos’”, avalia Marchi.

Nesta ‘avalanche de hipocrisia’ – como ele define – de teorias ‘humanistas’ às avessas que faz do sistema uma balbúrdia, os pais, quando existem, estão amordaçados, a escola proibida e as crianças sujeitas ao ‘tudo pode’. “Os menores estão à mercê, precocemente, do ‘sexo, das drogas e do Rock in Roll’”, observa.

Como alternativa para a resolução do problema, é preciso retomar o controle, ou seja, a autoridade do Estado, da escola e da família, limitar os direitos e gerar obrigações às crianças, bem como o acesso além do ensino obrigatório e eficaz, oferecer opções para ocupá-las, em tempo integral, no esporte, no lazer e na cultura, para formar pessoas e gerar verdadeiros cidadãos. “No espaço ocupado pelo bem, o mal se afasta, vamos ocupar o nosso espaço”, conclui Marchi.

Ednéia Silva

O fechamento da empresa DNP Estamparia, que encerrará atividades em Rio Claro no dia 30 de novembro, evidenciou um problema que vem ocorrendo no Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região. A diretoria da entidade se dividiu em dois grupos, um ligado à Intersindical e outro ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores). O caso foi parar na Justiça, com decisão preliminar favorável ao grupo vinculado à CUT.

O sindicalista Francisco Paulo Costa Silva, o Paulinho, explica que o sindicato sempre foi ligado à CUT desde sua fundação em 1986. Porém, no dia 25 de abril de 2014, a diretoria fez uma assembleia para votar sua desvinculação da central e ligação com a Intersindical. Segundo ele, os trabalhadores rejeitaram a alteração que, mesmo assim, foi feita. Desde então existem dois grupos dentro da entidade ligados a centrais diferentes.

Paulinho conta que o grupo ligado à CUT, que vem sendo chamado de Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região, é menor. Como o grupo majoritário não respeitou a decisão da assembleia, eles entraram com ação na Justiça e tiveram decisão favorável no último dia 10. De acordo com Paulinho, o juiz Pablo Souza Rocha, da 2ª Vara do Trabalho de Limeira, determinou que o sindicato não use a marca Intersindical.

“O Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e Região deverá retirar das redes sociais, site e de propagandas, panfletos e coisas similares, qualquer referência à Intersindical, incluindo o logotipo”, diz texto de comunicado publicado pelo grupo. Paulinho comenta que a decisão judicial garante o cumprimento do que foi decidido em assembleia. O juiz estabelece multa diária de R$ 1.000,00 em caso de descumprimento.

Em relação à nota publicada sobre o caso da DNP, que acusa a diretoria do sindicato de ter abandonado os trabalhadores, Paulinho comenta que lá atrás a entidade poderia ter dialogado para buscar alternativas e evitar o fechamento da empresa.

O Sindicato dos Metalúrgicos, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que existe um grupo minoritário dentro da diretoria da entidade que é contra as ações da maioria. A diretoria é composta por 23 membros e apenas sete fazem parte desse grupo divergente.

“A direção deste sindicato nega esta informação que vem sendo veiculada no Facebook por um grupo de oposição, de que a Intersindical fechou a DNP. Não existem dois sindicatos. Existe apenas um e é o que representa oficialmente a categoria metalúrgica de Limeira Rio Claro e Região há 28 anos”, disse em nota enviada à redação do JC.

Em comunicado anterior, o sindicato lamentou o fechamento da DNP Estamparia e disse que o sindicato ofereceu apoio e resistência aos trabalhadores. No entanto, os funcionários, por acreditarem ser inviável, optaram pela rescisão contratual com os benefícios propostos pela empresa.