Thalita ao lado da tia Katia Silene Ceregatto Venturoli e do primo Victor no hospital em São Paulo

Laura Tesseti

A vida do jovem Victor Ceregatto Venturoli, de 24 anos, começou a virar de ponta-cabeça em meados de 2012, quando viu suas mãos e pés inchados. “De início não dei muita importância, no dia seguinte minha pressão subiu muito e permaneceu alta por uma semana, caindo muito pouco com medicação. A partir desse momento eu e meus país começamos a investigar o que poderia ser todo esse quadro de sintomas”, conta.

Venturoli foi orientado a procurar um clínico-geral e a fazer exames relacionados ao rim e ao coração. “Nos exames cardiológicos não foi acusada nenhuma anormalidade. Nos exames referentes ao rim algumas alterações relevantes. Fiz uma biópsia e veio o laudo de nefrite crônica, GESF (glomérulo esclerose segmentada e focal), juntamente com uma função renal deficitária”, fala.

Doação

Victor conta que o médico que fez os exames para constatar a compatibilidade disse que a prima é como se fosse geneticamente sua irmã. “Thalita foi forte, companheira e irmã, mas acima de tudo um exemplo da máxima do ‘amor se dá, amor se recebe’”, finaliza.

Depois de muitos desdobramentos e de anos de tratamento, a família de Victor recebeu a notícia de que o transplante de rim seria a melhor opção para o jovem. A princípio sua mãe, Katia Silene Ceregatto Venturoli, seria a doadora, mas incompatibilidades não permitiram. E é nesse momento que Thalita Petenucci, prima de Victor, prontifica-se a fazer a doação. “Desde o começo a família toda estava engajada no tratamento do Victor e não pensei duas vezes antes de me oferecer. E com certeza faria novamente, doei com todo amor no coração que tenho por ele”, conta.

A cirurgia aconteceu no mês de maio, em um hospital na cidade de São Paulo, e os primos seguem em recuperação. “Eu não consigo colocar em palavras esse sentimento tão forte. É um gesto de absoluto carinho, cuidado e amor ao próximo. Hoje, as pessoas têm muita dificuldade de doar tempo aos outros, doar atenção, doar sentimentos bons, quanto mais um órgão. Por isso penso que palavras não conseguem carregar esse significado tão lindo que é a doação”, finaliza Victor.

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