A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) emitiu um alerta aos serviços de saúde, autoridades portuárias e viajantes diante do aumento do risco de reintrodução do sarampo durante a temporada de cruzeiros no litoral paulista. A medida considera a circulação internacional do vírus e a intensa movimentação de passageiros e tripulantes de diferentes nacionalidades.
A temporada de cruzeiros segue até 19 de abril de 2026. De acordo com a CLIA Brasil, mais de 670 mil viajantes devem embarcar em roteiros pelo país.
Em 2024, o Brasil reconquistou a certificação de eliminação do sarampo. No entanto, em 2025, já foram registrados 38 casos importados ou relacionados à importação no país, incluindo dois casos confirmados no estado de São Paulo até dezembro. Atualmente, há surtos ativos da doença em diversas regiões do mundo, o que exige vigilância contínua e atenção à situação vacinal da população.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida pelo ar, especialmente em ambientes fechados e com grande circulação de pessoas, como navios de cruzeiro. Os principais sintomas incluem febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele, que geralmente surgem entre sete e 14 dias após a exposição.
A SES-SP orienta que pessoas que planejam viajar, inclusive em cruzeiros marítimos ou participar de eventos de grande porte, verifiquem a caderneta de vacinação e garantam o esquema completo da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), preferencialmente com pelo menos 15 dias de antecedência da viagem. A imunização é a principal forma de prevenção da doença.
A Pasta também reforça a adoção de medidas de higiene durante as viagens, entre elas:
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel;
– Não compartilhar copos, talheres e alimentos;
– Procurar não levar as mãos à boca ou aos olhos;
– Evitar contato próximo com pessoas doentes.