Incêndio ocorrido na Floresta Estadual em maio do ano passado (Foto: Arquivo JC)

Ednéia Silva

Incêndio ocorrido na Floresta Estadual em maio do ano passado (Foto: Arquivo JC)
Incêndio ocorrido na Floresta Estadual em maio do ano passado (Foto: Arquivo JC)

Rio Claro está há alguns dias sem chuva e não existe previsão de precipitação pelo menos até o próximo dia 17. Por conta disso, o momento é de alerta contra incêndios, principalmente na Feena (Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade). A população também deve ficar atenta para o perigo de atear fogo ao mato nesta época porque existe grande risco de propagação das chamas, causando incêndios.

Neste período de estiagem existe grande preocupação em proteger a Feena. Todo ano a floresta registra vários incêndios, alguns de origem criminosa. Em setembro do ano passado foram registrados três incêndios em apenas quatro dias. As chamas consumiram mais de 15 hectares de mata. Na primeira quinzena de outubro foram registradas mais duas ocorrências.

Sem previsão de chuvas para os próximos dias, a situação preocupa. De acordo Vânia Bordotti, analista ambiental do Ceapla (Centro de Análise e Planejamento Ambiental) da Unesp, não há previsão de chuva para Rio Claro pelo menos até o dia 17 de agosto. A meteorologia prevê temperaturas elevadas e baixa umidade do ar.

De acordo com Vânia, nessa quarta-feira, a temperatura variou entre 9,4ºC e 30,2ºC, com índice de umidade atingindo 21% por volta das 16 horas. Para esta quinta-feira (6) está prevista máxima de 31ºC e mínima de 14ºC e umidade mínima de 20%. Até domingo (9), a temperatura máxima deve ficar entre 24ºC e 26ºC e a mínima de 12ºC a 14ºC.

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Com a vegetação seca devido à falta de chuva, os riscos de incêndios aumentam. Por isso, é importante tomar medidas preventivas. De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação Florestal, diversas ações vêm sendo realizadas para proteger a Feena no sentido de evitar focos de incêndio e prestar uma resposta rápida em caso de ocorrência.

A assessoria informa que a equipe de vigilância, responsável pela ronda constante no entorno da Feena, é treinada no combate a incêndio. “Além de promover o controle do acesso de pessoas a locais de manejo, intimidando a ação de estranhos, a equipe é treinada para fazer o primeiro combate ao fogo, quando o foco é pequeno, em estágio incipiente”, explica. Em caso de incêndios maiores, é acionado o Corpo Técnico da Feena, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.

Outra medida adotada é a construção de aceiros. “A área da Feena é dividida em talhões separados por aceiros, medindo de quatro a oito metros, o que previne a passagem de fogo de um talhão para o outro”, destaca. A assessoria informa ainda que a floresta é atendida pelo programa Corta Fogo, operação realizada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado durante o período de estiagem.

Fora isso, a Feena investe na capacitação dos técnicos, na realização de parcerias para desenvolver trabalhos preventivos, na divulgação e orientação dos munícipes sobre os riscos de despejo irregular de resíduos e sua incineração em locais próximos à mata.

“É preciso ressaltar ainda que, embora os fatores ambientais e climáticos como a baixa umidade do ar e baixo índice pluviométrico favoreçam a ocorrência de incêndios, a maioria dos incêndios registrados tem origem criminosa, sendo causados por balões, velas em cerimônias religiosas ou ateados propositalmente. Por esta razão, a colaboração dos munícipes é considerada fundamental para evitarmos novos incêndios na Feena”, conclui a fundação.

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